ROMANO, Paulo
*dep. fed. MG
1991-1994.
Paulo Afonso Romano nasceu
em Oliveira (MG) no dia 19 de outubro de 1942, filho de De-móstenes Romano e de
Valdete Viana Romano.
Em 1963, ingressou na Escola Superior de Agricultura da
Universidade Federal de Viçosa (UFV), em Minas Gerais. Eleito segundo-secretário do diretório acadêmico de seu curso, no ano seguinte
foi indicado para participar do conselho deliberativo da entidade. Ainda em
1964, foi admitido como professor no Ginásio Raul de Leoni de Viçosa e, um ano
depois, realizou estágio na Companhia Paulista de Adubos, em São Paulo.
Presidente
do Diretório Acadêmico Artur Bernardes entre 1965 e 1966, neste último ano
formou-se em agronomia, empregando-se em seguida como professor da UFV. Ainda
em 1966, viajou aos Estados Unidos para participar de um curso sobre programas
ligados à agricultura daquele país e, de volta ao Brasil, no ano seguinte
tornou-se técnico do Instituto Nacional de Desenvolvimento Agrário (INDA), em Minas Gerais. Em 1968, ingressou como técnico na Divisão de Controle e Assistência Técnica do
Departamento Rural do Banco de Desenvolvimento do Estado de Minas Gerais S.A.
(BDMG), chefiando-a entre 1969 e 1971. Neste ano, durante o governo de Rondon
Pacheco (1971-1975), tornou-se chefe da Assessoria de Planejamento e
Coordenação da Secretaria de Agricultura de Minas Gerais pelo secretário
Alysson Paulinelli. No ano seguinte, fez um curso em Washington sobre política
de investimento e projetos, promovido pelo Banco Internacional de Reconstrução
e Desenvolvimento (BIRD).
Com
a ida de Paulinelli para o Ministério da Agricultura em 15 de março de 1974 —
data da posse do presidente Ernesto Geisel —, Romano foi indicado para a
Secretaria Geral da pasta. No exercício da função, realizou diversas missões ao
exterior, além de ter ocupado interinamente a chefia do ministério em nove
oportunidades. Após o encerramento da gestão de Paulinelli (15/3/1979), foi
nomeado presidente da Companhia de Promoção Agrícola (Campo), órgão do
Ministério da Agricultura ao qual estaria ligado por dois anos.
Entre 1979 e 1985, foi membro de missões brasileiras ao Japão
para assinatura de acordos e contratos relativos a questões agrícolas. Em 1987,
tornou-se vice-presidente da Casa de Minas em Brasília e, dois anos depois,
iniciou sua atuação partidária filiando-se ao Partido da Frente Liberal (PFL).
Por essa legenda candidatou-se a uma cadeira na Câmara dos Deputados por Minas
Gerais em outubro de 1990, mas obteve apenas uma suplência.
O falecimento do deputado Cristovam Chiaradia, em 11 de
setembro de 1994, provocou a efetivação do suplente Camilo Machado — no
exercício do mandato em substituição ao titular Mário Assad, que se licenciara
para chefiar a secretaria de Justiça do governador mineiro Hélio Garcia
(1991-1995) —, abrindo uma vaga na Câmara, ocupada por Paulo Romano em 18 de
setembro de 1991.
No exercício do mandato, Romano foi membro titular das
comissões de Viação e Transportes, Desenvolvimento Urbano e Interior (1991-1992)
e suplente da Comissão de Educação, Cultura e Desporto, à qual estaria
vinculado até 1994.
Na
sessão da Câmara dos Deputados de 29 de setembro de 1992, votou a favor do
pedido de abertura do impeachment contra o presidente Fernando Collor de
Melo, acusado de crime de responsabilidade por ter-se envolvido numa ampla rede
de corrupção, liderada por Paulo César Farias, que lhe servira como tesoureiro
durante a campanha eleitoral. Em 2 de outubro, o vice Itamar Franco assumiu
interinamente a presidência da República, após a Câmara aprovar o afastamento
de Collor. Com o processo ainda em andamento no Senado Federal, e vislumbrando
escassas possibilidades de recuperar o cargo, Collor renunciou ao mandato, em
29 de dezembro, esperando livrar-se de uma pena de oito anos de
inelegibilidade, manobra afinal frustrada. Acolhida a renúncia, Itamar foi
efetivado na chefia do Executivo.
Ainda em 1992, Paulo Romano integrou, como membro titular, a
Comissão de Agricultura e Política Rural da Câmara, em cujo posto permaneceu
até 1994.
Em
31 de março de 1994, Paulo Romano retornou à suplência, após o titular Mário
Assad deixar o secretariado do governador Hélio Garcia e reassumir o mandato de
deputado federal.
Candidato
a deputado federal pelo PFL mineiro em outubro de 1994, não obteve votação
suficiente para garantir-lhe um mandato. Em 1995, tornou-se secretário de
Recursos Hídricos do Ministério do Meio Ambiente. Nas eleições de outubro de
1998, Paulo Romano voltou a pleitear, sem êxito, uma cadeira na Câmara dos
Deputados pela legenda do PFL mineiro.
Foi
consultor da Organização dos Estados Americanos (OEA) e secretário adjunto de
Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais. Foi ainda integrante do
Conselho Técnico da Bioplanta Tecnologia de Plantas S.A., de Campinas (SP).
Casou-se com Sônia Pereira Romano, com quem teve três filhos.
FONTES: Almanaque Abril
(1990); CÂM. DEP. Deputados brasileiros. Repertório (1991-1995);
CÂM. DEP. Listagem de suplentes (1991-1995); Folha do Meio Ambiente
(21/3/07); Portal da ALMG – Revista do Legislativo; Portal do Governo de
Minas.