VALADARES,
Pedro
*dep.
fed. SE 1991-1995, 1995-2003,
2008.
Pedro Almeida Valadares Neto nasceu em Simão Dias (SE), no dia 4 de setembro de 1965,
filho de Antônio Nunes de Santana e Laura Matos Valadares de Santana.
Concluído o segundo grau no Ateneu Sergipense, em 1983,
ingressou, no ano seguinte, no curso de direito das Faculdades Integradas
Tiradentes, em Aracaju, onde se formou em 1989 e também fez pós-graduação.
Cursou administração municipal na Fundação Alemã para o Desenvolvimento
Internacional, em Berlim, Alemanha.
Em
1984, filiou-se ao Partido Democrático Social (PDS), transferindo-se para o
Partido da Frente Liberal (PFL) em 1985. Assessor parlamentar da Assembléia
Legislativa de Sergipe, e consultor técnico-administrativo do governo do
estado, entre 1985 e 1987, um ano depois passou a integrar o conselho de
administração da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) e da
Empresa Sergipana de Turismo.
Em 1989, tornou-se secretário-geral da prefeitura de Simão
Dias e conselheiro fiscal da Empresa Distribuidora de Energia Elétrica de
Sergipe, onde coordenou o Projeto Luz no Campo. Em outubro de 1990, aos 25
anos, disputou com êxito uma cadeira na Câmara dos Deputados, concorrendo na
legenda do PFL. Empossado em fevereiro do ano seguinte, integrou a Comissão de
Constituição e Justiça (1991-1992) e a Comissão Especial de Legislação
Eleitoral e Partidária (1992). Ainda em 1992, filiou-se ao Partido Social
Trabalhista (PST).
Na sessão da Câmara dos Deputados de 29 de setembro de 1992,
votou a favor do impeachment do presidente Fernando Collor de Melo, acusado de crime de
responsabilidade por ligações com um esquema de corrupção liderado pelo
ex-tesoureiro de sua campanha presidencial, Paulo César Farias. Afastado da
presidência logo após a votação na Câmara, Collor renunciou ao mandato em 29 de
dezembro de 1992, pouco antes da conclusão do processo pelo Senado Federal,
sendo efetivado na presidência da República o vice Itamar Franco, que já vinha
exercendo o cargo interinamente desde o dia 2 de outubro.
Participou dos trabalhos legislativos como titular das
comissões de Minas e Energia, de Seguridade Social e Família, e de Relações
Exteriores, além de fazer parte da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI)
sobre o Programa Nacional de Desestatização.
Em 1993, ingressou no Partido Progressista (PP), fruto da
fusão do Partido Social Trabalhista (PST) com o Partido Trabalhista Renovador
(PTR). No ano seguinte, atuou na Comissão de Viação e Transportes. Votou a
favor da criação do Fundo Social de Emergência (FSE) e pelo fim do voto
obrigatório.
Candidato à reeleição pelo PP no pleito de outubro de 1994,
obteve uma suplência. Assumiu o mandato em julho de 1995, na vaga do deputado
Jerônimo Reis e, no mês seguinte — com a fusão do PP com o Partido Progressista
Reformador (PPR), que deu origem ao Partido Progressista Brasileiro (PPB) —,
filiou-se à nova agremiação.
Em
novembro, votou contra a prorrogação do FSE, rebatizado de Fundo de
Estabilização Fiscal (FEF), que permitia ao governo gastar até 20% dos recursos
vinculados às áreas de saúde e de educação.
Em
junho de 1996 votou a favor da Contribuição Provisória sobre Movimentação
Financeira (CPMF), que substituiu o Imposto Provisório sobre Movimentação
Financeira (IPMF), fonte complementar de recursos destinados à saúde.
Nesse mesmo ano, filiou-se ao Partido Socialista Brasileiro
(PSB), representando a legenda na Comissão de Viação e Transportes no biênio
1996-1997. Em janeiro de 1997, depois que o deputado federal Jerônimo Reis foi
empossado na prefeitura de Lagarto, teve o seu mandato na Câmara efetivado e
foi indicado vice-líder do partido. Nos anos de 1997 e 1998 participou da
Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional.
Em fevereiro de 1997 votou a favor da emenda constitucional
que previa a reeleição de presidente da República, governadores e prefeitos, e
em novembro, contra a quebra da estabilidade do servidor público.
Reeleito
em outubro de 1998 pela legenda do PSB, votou contra o teto de 1.200 reais para
aposentadorias no setor público, e o estabelecimento de idade mínima e tempo de
contribuição, para o setor privado, itens fundamentais para a definição da
reforma da previdência. Votou
a favor da criação da Lei de Responsabilidade Fiscal.
Em
2001 foi eleito primeiro-suplente
da Mesa Diretora da
Câmara dos Deputados. Em
2002 votou
contra a prorrogação da cobrança da Contribuição Provisória sobre Movimentação
Financeira (CPMF) até o final de 2004. Ainda nesse ano candidatou-se
novamente a
deputado federal pelo estado
de Sergipe na legenda do PSB,
mas não obteve êxito.
Deixou a Câmara dos Deputados em janeiro de 2003, ao final da legislatura.
Em 2003
desligou-se do PSB-SE e
filiou-se ao Partido da Frente Liberal (PFL). Nesse mesmo ano foi
nomeado pelo governador
João Alves (PFL), secretário
de Turismo do Estado do Sergipe, onde permaneceu até abril
de 2006.
Em outubro desse mesmo ano, voltou
a disputar uma
vaga para a Câmara dos Deputados e obteve
uma suplência. Em
2007, ingressou no Democratas
(DEM), criado a partir da
refundação do PFL. Com
o afastamento do titular
da vaga na Câmara dos Deputados
Jerônimo Reis exerceu
o mandato de deputado federal de
15 de julho de 2008 a 6
de dezembro de 2008.
Nesse período integrou
a Comissão de Relações
Exteriores e de Defesa Nacional.
Nas eleições municipais de 2008 disputou uma vaga ao cargo de vice-prefeito de Aracaju na chapa encabeçada por José de Araújo Mendonça Sobrinho (DEM), que não foi vitoriosa.
Em agosto de 2010, foi efetivado no cargo de deputado federal, devido a perda do mandato do deputado Jerônimo Reis. Nas eleições de 2010 candidatou-se a deputado federal, porém, com 17.182 votos obteve apenas uma suplência.
Casado com Simone Cristine Santana Valadares, teve dois
filhos.
FONTES:
CÂM. DEP. Deputados brasileiros.
Repertório
(1995-2009);
Estado de S. Paulo
(28/11/97); Folha
de S. Paulo
(6/11/98, 01/06/2003);
Globo (29/1/97);
Jornal do Brasil (4/6/96);
Olho no Congresso/Folha de
S. Paulo
(31/1/95, 14/1/96, 30/1/97 e 5/2/98); Olho
no voto/Folha de S. Paulo
(18/9/94 e 29/9/98); TRIB. SUP. ELEIT. Relação
(1998, 2002,
2006).
Folha OnLine (10/03/2002,
eleições 2008). Portal da Câmara dos Deputados. Disponível em <http://www2.camara.leg.br>. Acesso em 19/06/2014; Portal do Estado de S. Paulo. Disponível em <http://www.estadao.com.br>; Portal da Folha de S. Paulo. Disponível em <http://www.folha.uol.com.br>; Portal O Globo. Disponível em <http://g1.globo.com>; Portal do Jornal do Brasil. Disponível em <http://www.jb.com.br>; Portal do TSE. Disponível em <http://www.tse.jus.br>. Acesso em 19/06/2014.