Ricardo Vélez Rodriguez nasceu em Bogotá, na Colômbia, no dia 15 de novembro de 1943.
Cursou duas graduações em seu país de origem. Primeiro, concluiu o curso de filosofia em 1964 pela Universidade Pontifícia Javeriana. Depois, no ano de 1967, se formou em teologia pelo Seminário Conciliar de Bogotá.
Dedicou a maior parte da sua vida e carreira à academia e à docência, privilegiando os estudos filosóficos e políticos. Em 1968, tornou-se professor da Universidade Pontifícia Bolivariana.
Na década de 1970, mudou-se para o Brasil com o propósito de realizar a sua pós-graduação. Com o auxílio de uma bolsa de estudos da Organização dos Estados Americanos (OEA), obteve em 1974 o título de mestre em filosofia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ) ao defender uma dissertação intitulada A filosofia política de inspiração positivista no Brasil.
Depois do mestrado, retornou à Colômbia, onde atuou, entre 1975 e 1978, como pró-reitor de pós-graduação e pesquisa na Universidade de Medellin. Em 1979, retornou ao Brasil para iniciar o doutorado. Com a defesa da tese Oliveira Viana e o papel modernizador do estado brasileiro, obteve em 1982 o título de doutor em filosofia pela Universidade Gama Filho (UGF). Seguiu para a França com o objetivo de conduzir seu pós-doutorado no Centre de Recherches Politiques Raymond Aron, concluído em 1996.
Retornou ao Brasil em 1997 e naturalizou-se brasileiro.
Tornou-se professor emérito da Escola de Comando e Estado Maior do Exército em 2003.
Foi nomeado ministro da Educação pelo presidente da República Jair Messias Bolsonaro, sob indicação de Olavo de Carvalho. Tomou posse em 1º de janeiro de 2019.
No exercício da pasta, divulgou o edital do Programa Nacional do Livro Didático para 2020 alterando as exigências para a compra de livros didáticos, dispensados de reportar referências bibliográficas e de cobrir temas ligados à defesa da diversidade étnica, cultural e no combate à violência de gênero. A medida foi posteriormente anulada, assim como outra, que também repercutiu negativamente, em que determinava que todas as escolas do país filmassem os estudantes no momento do hino nacional. Por ocasião de uma sessão da Comissão de Educação na Câmara dos Deputados, foi sabatinado e contestado também diante da ausência de projetos, sobretudo quanto ao desenho de uma proposta para o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica, o FUNDEB, que venceria em 2020. Foi confrontado por parlamentares, entre as quais a deputada federal Tabata Amaral, do Partido Democrático Trabalhista (PDT), que teve suas críticas amplamente repercutidas em redes sociais. Depois de cerca de 90 dias ocupando a cadeira, foi demitido da pasta.
Publicou dezenas de obras, entre livros e artigos. Em um de seus trabalhos mais conhecidos, Da Guerra à Pacificação, publicado em 2010, supõe que a formação das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) redunda dos incentivos criados pelo patrimonialismo em conjunto com o mercado ilegal de entorpecentes. Outro título que ganhou destaque dentro da sua produção bibliográfica foi A Grande Mentira – Lula e o Patrimonialismo Petista, de 2015, onde revisita a trajetória do líder do Partidos dos Trabalhadores (PT).
Foi casado com Paula Prux, com quem teve o filho Pedro. De casamento anterior, teve outra filha, Maria Vitória.
Carolina Cancio Pavaneli Moura