ROCHA, PAULO MUNHOZ DA
ROCHA,
Paulo Munhoz da
*dep. fed. PR 1991-1995.
Paulo Munhoz da Rocha nasceu
em Curitiba no dia 2 de outubro de 1937, filho de Caetano Munhoz da Rocha,
governador do Paraná entre 1920 e 1928, e de Sílvia Braga Munhoz da Rocha. Seu
irmão Bento Munhoz da Rocha foi constituinte (1946), deputado federal pelo
Paraná (1946-1951), governador do Paraná (1951-1955 e 1959-1963), e ministro da
Agricultura no governo Café Filho (1954-1955).
Estudou na Faculdade de Engenharia Civil da atual
Universidade Federal do Paraná, na qual concluiu seus estudos em 1963.
Paulo
Munhoz da Rocha foi funcionário da Rede Ferroviária Federal, tendo representado
a empresa em várias missões no exterior: na França (1969), junto à SNCF —
ferrovia francesa, na Suíça (1976), na Espanha (1981) e no Japão (1987). No ano
de 1980 foi indicado para a superintendência regional da rede em Curitiba, onde
permaneceu até 1987 quando foi indicado para a presidência nacional da empresa,
cargo que exerceu por apenas um ano, renunciando por discordar da política
ferroviária do governo José Sarney (1985-1990).
No pleito de outubro de 1990 foi eleito deputado federal na
legenda do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB). Empossado em
fevereiro de 1991, atuou nos trabalhos legislativos como membro titular da
Comissão de Viação e Transportes, Desenvolvimento Urbano e Interior.
Na sessão da Câmara dos Deputados de 29 de setembro de 1992,
votou a favor da abertura do processo de impeachment do presidente
Fernando Collor de Melo, acusado de crime de responsabilidade por ligações com
esquema de corrupção chefiado pelo ex-tesoureiro de sua campanha presidencial
Paulo César Farias. Afastado da presidência logo após a votação na Câmara,
Collor renunciou ao mandato em 29 de dezembro de 1992, horas antes da conclusão
do processo pelo Senado, que decidiu pelo seu impedimento. Foi então efetivado
na presidência da República o vice Itamar Franco, que já vinha exercendo o
cargo interinamente desde 2 de outubro.
Ainda
nesse mandato, votou a favor da criação do Imposto Provisório sobre
Movimentação Financeira (IPMF), do Fundo Social de Emergência (FSE) e do fim do
voto obrigatório.
Concorreu
à reeleição no pleito de outubro de 1994, mas obteve apenas uma suplência.
Deixou a Câmara dos Deputados ao final da legislatura em janeiro do ano
seguinte. Após o término de seu mandato, dedicou-se às atividades profissionais
não ocupando mais cargos públicos nem se candidatando a mandatos eletivos.
Foi ainda presidente da Associação dos Engenheiros da Rede
Viária Paraná-Santa Catarina por dois mandatos e vice-presidente do Instituto
de Engenharia do Paraná.
Casou-se com Beverly Antunes Munhoz da Rocha, com quem teve
três filhas.
FONTES: CÂM.DEP. Deputados
brasileiros, (1991-1995); Folha de S. Paulo (18/9/94); IstoÉ/Senhor/Perfil
parlamentar.