FRANCO, CREPORI
FRANCO,
Crepori
*const. 1946; dep. fed. MA 1946-1951 e 1952-1953.
Romualdo Crepori Barroso Franco nasceu em Aveiro (PA) no dia 20 de novembro de 1895, filho
de Torquato José da Silva Franco e de Joana Barroso Franco.
Completou
seus estudos primários e parte do curso secundário em Belém, transferindo-se em
seguida para Roma, onde se diplomou em filosofia, ciências naturais e
matemática pela Universidade Gregoriana. Retornando ao Brasil, em 1919
bacharelou-se em ciências jurídicas e sociais pela Faculdade de Direito do
Pará.
De
1919 a 1921 foi promotor público no interior de seu estado. Em 1922 exerceu a
advocacia no Pará, e em 1923 no Maranhão. Entre 1924 e 1926 foi juiz substituto
em São Luís, assumindo também o cargo de procurador-geral do estado do
Maranhão. A partir de 1926 passou a lecionar filosofia no Liceu Maranhense. Foi
procurador da República de 1927 a 1930, e consultor jurídico da agência do
Banco do Brasil no Maranhão de 1929 a 1937. No ano seguinte passou a responder
pela chefia do Contencioso do Departamento Nacional do Café.
Em dezembro de 1945 foi eleito deputado à Assembléia Nacional
Constituinte (ANC) pelo Maranhão na legenda do Partido Social Democrático
(PSD), ocupando a cadeira em fevereiro do ano seguinte. Participou dos
trabalhos constituintes e, com a promulgação da nova Carta, em setembro de
1946, passou a exercer o mandato ordinário. Nessa legislatura foi membro da
Comissão Permanente de Diplomacia e da comissão de inquérito sobre o
Departamento Nacional do Café. Defendeu a liberação de bens nacionais dos
países do Eixo, pronunciando críticas severas à Comissão de Reparação de
Guerra, que considerou uma “herança da ditadura”.
Em
outubro de 1950 foi eleito primeiro suplente de deputado federal pelo Maranhão
na legenda Oposições Coligadas, composta pelo PSD, o Partido Republicano (PR),
o Partido Libertador (PL), o Partido Social Progressista (PSP), o Partido
Trabalhista Brasileiro (PTB) e a União Democrática Nacional (UDN). Deixando a
Câmara em janeiro de 1951, voltou a assumir temporariamente a cadeira de
deputado entre novembro de 1952 e dezembro de 1953.
Achava-se no exercício das funções de tabelião do 23º Ofício
de Notas da capital federal quando faleceu.
Foi membro da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), do Instituto
dos Advogados e do Tribunal Regional Eleitoral do Maranhão.
Foi casado com Elzuila Morais Rego Araújo Franco.
Escreveu A política econômica do café.
FONTES: CÂM. DEP. Deputados;
CÂM. DEP. Relação dos dep.; CISNEIROS, A. Parlamentares;
Congresso (1948); CONSULT. MAGALHÃES, B.; Diário do Congresso
Nacional; HIRSCHOWICZ, E. Contemporâneos; SILVA, G. Constituinte;
TRIB. SUP. ELEIT. Dados (1e 2).