VAL,
Costa
*dep. fed. MG 1968-1969.
Rui da Costa Val nasceu
em Viçosa (MG) no dia 6 de setembro de 1924, filho de João Brás da Costa Val,
que fora prefeito de Viçosa, e de Vicentina Martino Val.
Iniciou
os estudos secundários em Viçosa, transferindo-se mais tarde para o Colégio
Leopoldinense, em Leopoldina (MG). Em 1949, obteve o grau de bacharel da
Faculdade de Direito da Universidade de Minas Gerais (UFMG).
Advogado e professor em Belo Horizonte, lecionou no Instituto Municipal de Administração e Ciências Contábeis e nos
colégios Anchieta, Arquidiocesano, Municipal, cuja secretaria exerceu, e Santo
Antônio.
Funcionário
da Prefeitura de Belo Horizonte, ocupou em 1951 o cargo de diretor do
Departamento de Assistência e Saúde e, no decorrer de sua trajetória na
municipalidade da capital mineira, foi ainda assistente (1954-1956) do
Departamento de Assistência e Saúde, procurador (1957-1963), consultor jurídico
(1963) e diretor do Departamento Municipal de Educação e Cultura (1967) e
secretário municipal de Educação e Cultura (1968-1970).
Iniciou sua carreira política em 1954 elegendo-se vereador na
capital mineira na legenda do Partido Republicano (PR), tendo sido presidente
da Câmara Municipal em três legislaturas consecutivas.
Com a extinção dos partidos políticos pelo Ato Institucional
nº 2 (27/10/1965) e a conseqüente instauração do bipartidarismo, filiou-se à
Aliança Renovadora Nacional (Arena), partido de sustentação política ao regime
militar instalado no país em abril de 1964.
No pleito de novembro de 1966 concorreu a uma cadeira na Câmara
dos Deputados, conseguindo apenas a quinta suplência. Porém, chegou a exercer o
mandato de outubro de 1968 a outubro do ano seguinte. Foi membro da Comissão de
Economia da Câmara dos Deputados durante o período em que permaneceu na
instituição.
No pleito de novembro de 1970 foi eleito deputado estadual,
assumindo uma cadeira na Assembléia Legislativa mineira em fevereiro de 1971.
Presidiu a Comissão de Constituição, Legislação e Justiça (1971-1973) e
integrou as comissões de Serviço Público Civil (1971-1972) e de Redação (1973).
Convidado pelo governador Rondon Pacheco (1971-1975) para um
cargo no governo, licenciou-se de seu mandato em maio de 1974 para assumir a
Secretaria de Trabalho e Ação Social do estado. Permaneceu nessa função até
maio do ano seguinte.
Diretor da Carteira Agrícola da Caixa Econômica do Estado de
Minas Gerais (1975-1978), voltou a disputar uma cadeira na Assembléia
Legislativa mineira no pleito de novembro de 1978. Eleito, sempre na legenda
governista, assumiu seu mandato em fevereiro de 1979. Desempenhou, entre 1979 e
1981, o cargo de segundo-vice-presidente da Comissão Executiva da Assembléia.
Com
a extinção do bipartidarismo em novembro de 1979 e a conseqüente reformulação
partidária, filiou-se ao Partido Democrático Social (PDS), que sucedeu a Arena
no apoio ao governo. Em maio de 1982, o governador Francelino Pereira dos
Santos nomeou-o secretário de Trabalho e Ação Social, o que o obrigou a
licenciar-se do mandato de deputado estadual. Chefiou a secretaria até março de
1983, por ocasião da posse do novo governador, Tancredo Neves.
Desportista, foi presidente do América Futebol Clube na
capital mineira e juiz do Tribunal de Justiça Desportiva da Federação Mineira
de Futebol. Pertenceu, ainda, aos quadros do Conselho da Administração do
Estádio Minas Gerais (Ademg).
Faleceu em Belo Horizonte no dia 22 de agosto de 1991.
Era casado com Olga Maria Ferreira da Costa Val, com quem
teve cinco filhos.
Teve editados os livros O direito inglês e os direitos
ocidentais, Métodos de pesquisa filosófica, Pareceres e votos
e O problema da gratuidade do mandato de vereador.
FONTES: ASSEMB.
LEGISL. MG. Dicionário biográfico; Jornal do Brasil (23/8/91);
TRIB. SUP. ELEIT. Dados (8).