VERGUEIRO, CÉSAR LACERDA DE
VERGUEIRO,
César Lacerda de
*dep. fed. SP 1914-1930; sen.
SP 1951-1957.
César
Lacerda de Vergueiro nasceu em Santos (SP) no dia 11 de junho
de 1886, filho de Afonso de Vergueiro e de Manuela Lacerda de Vergueiro. Seus
avós foram o comendador Luís Vergueiro e o barão de Araras. Era bisneto do
senador Vergueiro, regente do Império e iniciador da imigração no Brasil, do
barão de Antonina, grande sertanista, e do alferes Franco, fundador de várias
cidades paulistas.
Fez seus primeiros estudos no Ginásio Anchieta, em Nova Friburgo (RJ), bacharelando-se mais tarde, em 1907, pela Faculdade de Direito de São
Paulo. Como estudante, foi presidente interino do Centro Acadêmico 11 de Agosto
em 1906 e seu presidente eleito no ano seguinte.
Advogado,
foi nomeado representante do estado de São Paulo na Exposição Nacional do Rio
de Janeiro em 1908. Participou depois da Campanha Civilista, movimento que
promoveu em 1909 e 1910 a candidatura de Rui Barbosa à presidência da
República, em oposição à do marechal Hermes da Fonseca, afinal eleito em março
de 1910. Na época, a campanha assumiu um nítido caráter antimilitarista.
Elegeu-se
deputado federal por São Paulo em março de 1914, na vaga de Elói Chaves, tendo
seu mandato renovado no ano seguinte. Reelegeu-se sucessivamente até 1930,
quando perdeu o mandato em decorrência da vitória da revolução. No Parlamento,
debateu problemas relacionados com o escotismo e com a instalação de silos e
outras medidas de economia agrícola. Apresentou projetos para a estrada de
rodagem Rio-São Paulo, para a instalação de asilos, sobre o cooperativismo
ferroviário, para a construção do edifício dos Correios e Telégrafos da capital
e dos prédios da Alfândega, dos Correios e Telégrafos e da Base Aeronaval em
Santos.
Após
1930 exerceu atividades políticas como membro da comissão executiva do Partido
Republicano Paulista (PRP). Em maio de 1937, foi delegado desse partido à
convenção de lançamento da candidatura de José Américo de Almeida à presidência
da República. De 1938 a 1940 foi secretário de Justiça e Interior no governo de
Ademar de Barros (1938-1941). Um dos fundadores do Partido Social Democrático
(PSD) em 1945, foi eleito presidente de sua seção paulista. Entre 1947 e 1950
exerceu novamente o cargo de secretário de Justiça e Interior no segundo governo
Ademar de Barros (1947-1951). Liderou uma ala do PSD que apoiou Ademar à
sucessão presidencial de outubro de 1950. Nesse pleito elegeu-se senador por
São Paulo na legenda do Partido Social Progressista (PSP), sendo na ocasião o
senador mais votado do país. Assumiu o mandato em março de 1951, permanecendo
no cargo até janeiro de 1957, quando faleceu.
FONTES: ABRANCHES,
J. Governo; ARAÚJO, A. Chefes; ARQ. GETÚLIO VARGAS; CISNEIROS, A.
Parlamentares; Diário de Notícias, Rio (26/5/37); Grande encic. Delta;
LEITE, A. História; SENADO. Relação; SOC. BRAS. EXPANSÃO
COMERCIAL. Quem; TRIB. SUP. ELEIT. Dados (2).