VETTORAZZO, Adail
*dep.
fed. SP 1983-1987.
Adail Vettorazzo nasceu em Engenheiro Schmidt (SP) no dia 10 de março de 1932, filho de João Batista Vettorazzo e de
Adalgisa de Morais Vettorazzo.
Em 1950 formou-se professor no Instituto de Educação Valentim
Gentil de Itápolis (SP) e no mesmo ano ingressou na Faculdade de Odontologia de
Araraquara (SP), pela qual graduou-se em 1953.
Iniciou
sua carreira política em novembro de 1963, eleito vereador em São José do Rio Preto (SP) na legenda do Partido Social Democrático (PSD). Tomou posse no
Legislativo municipal no início do ano seguinte e com a extinção dos partidos
políticos pelo Ato Institucional nº 2 (27/10/1965) e a posterior instauração do
bipartidarismo, filiou-se à Aliança Renovadora Nacional (Arena), partido de
apoio ao regime militar instaurado no país em abril de 1964. Foi líder da
bancada governista, passando à oposição após assumir a presidência da Câmara
Municipal em 1967. Completando o mandato de vereador em janeiro de 1968, em
novembro do mesmo ano elegeu-se prefeito de São José do Rio Preto, na legenda
da Arena, assumindo sua cadeira na prefeitura em março de 1969.
Após
a experiência como prefeito, encerrada em março de 1973, Vettorazzo foi
assessor técnico da Secretaria de Agricultura do Estado de São Paulo,
permanecendo na função até o ano seguinte. Em novembro de 1974 elegeu-se
deputado estadual, mas atuou por pouco tempo na nova legislatura: em novembro
de 1976 foi mais uma vez eleito para a prefeitura de São José do Rio Preto, o
que o obrigou a renunciar ao mandato de deputado estadual no início de 1977,
passando a exercer as funções de prefeito em março do mesmo ano.
Com
a extinção do bipartidarismo em novembro de 1979 e a conseqüente reformulação
partidária, filiou-se ao Partido Democrático Social (PDS), agremiação que deu
continuidade à Arena. Em setembro de 1980, em decorrência da aprovação da
emenda do deputado Anísio de Sousa pelo Congresso Nacional, teve, como todos os
outros ocupantes de cargos municipais, o mandato de prefeito prorrogado até
1982, quando desincompatibilizou-se da função para disputar uma cadeira de
deputado federal em novembro. Eleito pelo PDS, foi empossado no cargo em
fevereiro de 1983, logo assumindo como titular uma vaga na Comissão de Ciência
e Tecnologia.
Em
25 de abril de 1984 ausentou-se da votação da emenda Dante de Oliveira, que,
apresentada na Câmara dos Deputados, propôs o restabelecimento das eleições
diretas para presidente da República em novembro daquele ano. Como a emenda não
obteve o número de votos indispensáveis à sua aprovação — faltaram 22 para que
o projeto pudesse ser encaminhado à apreciação pelo Senado Federal —, no
Colégio Eleitoral, reunido em 15 de janeiro de 1985, Vettorazzo votou no
candidato do regime militar, Paulo Maluf, que acabou derrotado pelo candidato
oposicionista Tancredo Neves, eleito presidente da República pela Aliança
Democrática, uma união do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB)
com a dissidência do PDS abrigada na Frente Liberal. Contudo, por motivo de
doença, Tancredo Neves não chegou a ser empossado na presidência, vindo a
falecer em 21 de abril de 1985. Seu substituto foi o vice José Sarney, que já
vinha exercendo interinamente o cargo desde 15 de março desse ano.
Em novembro de 1986 Vettorazzo candidatou-se a uma cadeira de
deputado federal constituinte, mas obteve apenas uma suplência. Com isso,
deixou a Câmara Federal em janeiro de 1987, ao final da legislatura. No pleito
de novembro de 1990, sempre pelo PDS, tentou mais uma indicação à Câmara, sendo
novamente derrotado.
Filiando-se
ao Partido Progressista Reformador (PPR), agremiação criada em abril de 1993
como resultado da fusão do PDS com o Partido Democrata Cristão (PDC), em 1994
assumiu a Secretaria da Família e do Bem-Estar Social do Município de São Paulo,
no governo de Paulo Maluf (1992-1996). Já no Partido Progressista Brasileiro
(PPB), criado em agosto de 1995 como resultado da fusão do PPR com o Partido
Progressista (PP), permaneceu na pasta da Família e do Bem-Estar Social
indicado pelo prefeito eleito Celso Pitta, também do PPB, empossado na
prefeitura paulistana em 1º de janeiro de 1997. Vettorazzo deixou a secretaria
em junho desse ano, passando a integrar a assessoria de Paulo Maluf, candidato
do PPB ao governo estadual no pleito de outubro de 1998, vencido no segundo
turno pelo governador e candidato à reeleição pelo Partido da Social Democracia
Brasileira (PSDB), Mário Covas.
Vettorazzo foi também assistente de educação da Prefeitura de
São José do Rio Preto.
Casou-se com Carmem Nelita Anselmo Vettorazzo, com quem teve
seis filhas.
Em 2008 foi publicado A vida e as obras de Adail
Vettorazzo, escrito por José Eduardo Furlanetto.
FONTES: CÂM. DEP. Deputados
brasileiros. Repertório (1983-1987); Estado de S. Paulo (25/11/84 e
6/9/96); Folha de S. Paulo (6/6/97); Globo (26/4/84 e 16/1/85);
INF. BIOG.