VIANA,
Agripino Abranches
*pres. CVRD 1987-1990.
Agripino Abranches Viana
nasceu em Pedra do Anta (MG), antigo distrito de Viçosa, em 9 de junho de 1934,
filho de Agripino da Silva Viana e de Maria de Barros Abranches Viana,
agricultores da Zona da Mata mineira.
Iniciou
seus estudos primários em Teixeiras (MG), no Grupo Escolar Antônio Carlos. O
curso secundário foi concluído em 1954, no Colégio de Viçosa (MG). Em 1959,
formou-se engenheiro agrônomo pela Escola Superior de Agricultura da
Universidade Rural do Estado de Minas Gerais, em Viçosa (atual Universidade
Federal de Viçosa). No ano seguinte tornou-se supervisor do escritório da
Associação de Crédito e Assistência Rural, em Barbacena (MG), onde permaneceu
até fevereiro de 1961, ano em que ingressou como professor de olericultura da
universidade pela qual se diplomou.
Em
1962 especializou-se em fitotecnia, também na Escola Superior da Agricultura.
Nesse mesmo ano, foi nomeado para a chefia da seção de horticultura do
Instituto Agronômico do Oeste (hoje Instituto de Pesquisas e Experimentação
Agropecuária do Centro-Oeste), em Sete Lagoas (MG). Em 1965, foi admitido como
gerente-geral da Companhia Progresso do Amapá, com a função de orientar a
implantação de projetos agroindustriais e administrar fazendas e granjas. Como
base para a produção agrícola e pecuária, desenvolveu um amplo programa de
experimentação agrícola, visando a um melhor conhecimento das condições daquela
região.
Em novembro de 1967 tornou-se responsável pela execução do
Projeto de Desenvolvimento da Produção Agropecuária-USAID (Aliança para o
Progresso-Governo do Território do Amapá). Nesse projeto, colaborou no planejamento
da montagem de misturadores de rações e comercialização de rações e produtos
animais. Aí permaneceu até março de 1968, quando se desligou do projeto e da
Companhia Progresso do Amapá. Um mês depois, foi nomeado diretor técnico da
Óleos do Pará S.A., ficando encarregado de planejar a implantação da indústria
de óleos no Pará, projeto aprovado pela Superintendência do Desenvolvimento da
Amazônia (Sudam). Respondeu também pela supervisão geral da operação da
fazenda-modelo da empresa. Permaneceu até novembro de 1969, quando regressou a
Minas Gerais.
Em
março de 1970, foi admitido como técnico do setor de agroindústria do Instituto
de Desenvolvimento Industrial de Minas Gerais, onde elaborou estudos de
viabilidade. Atuou também na promoção de oportunidades de investimento e na
assistência a investidores nacionais e estrangeiros interessados em atividades
empresariais em Minas. Em maio do ano seguinte, assumiu a presidência da
Companhia de Armazéns e Silos do Estado de Minas Gerais, onde ficou até dezembro
de 1973.
Em
janeiro do ano seguinte, foi eleito presidente do instituto, cargo no qual
permaneceu até março de 1975. Ainda em março, assumiu a Secretaria de
Agricultura de Minas Gerais, a convite do governador Aureliano Chaves,
recém-empossado. No início de 1976, fundou, com dois sócios, a Buritis
Agropecuária.
Permaneceu
na secretaria até o fim da administração de Aureliano, em 1979. Por força do
cargo, ocupou a presidência dos conselhos de administração da Companhia de
Armazéns e Silos, dos Frigoríficos de Minas Gerais S.A., da Companhia Agrícola,
da Fundação Rural Mineira — Colonização e Desenvolvimento, das Centrais de
Abastecimento, do Instituto de Saúde Animal, da Empresa de Pesquisas
Agropecuárias e da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural, criados em
sua gestão.
A
partir de abril de 1979, tornou-se assessor especial da presidência da
Companhia Vale do Rio Doce (CVRD), convidado por Eliezer Batista, então
presidente. Suas atividades principais relacionavam-se à coordenação do
Programa do Corredor de Exportação Goiás-Minas-Espírito Santos, do Projeto
Cerrados, do Projeto Corredor de Exportação da Estrada de Ferro Carajás e dos
projetos florestais e de desenvolvimento regional nas áreas onde a CVRD
operava. Ocuparia esse cargo até maio de 1985. De 1981 a 1982 ocupou
cumulativamente o cargo de diretor da Florestas Rio Doce S.A., empresa
subsidiária da CVRD.
Em
maio de 1985, foi designado diretor de Madeira, Celulose e Meio Ambiente,
incluindo em suas atribuições a área de proteção ambiental da Reserva de
Desenvolvimento do Vale do Rio Doce. Atuou também como secretário executivo do
Grupo de Estudos e Assessoramento sobre o Meio Ambiente. Foi nomeado
vice-presidente e membro do conselho de administração em abril do ano seguinte,
durante a gestão de Raimundo Mascarenhas. Dois meses depois, foi eleito diretor
do Instituto Brasileiro de Mineração. Em setembro de 1987, com a morte de
Mascarenhas, foi empossado presidente, acumulando as funções de presidente do
Conselho de Administração da Vale do Rio Doce Navegação S.A. (Docenave).
Permaneceu no cargo até abril de 1990, sendo substituído por
Wilson Brumer, indicado pelo presidente Fernando Collor. Aposentado pela CVRD,
dedicou-se à sua firma de consultoria técnica na área de mineração.
Faleceu em Belo Horizonte no dia 6 de agosto de 1995.
Era casado com Valéria Dorofeeff Viana, com quem teve três
filhos.
Alexandra
Toste
FONTES: CURRIC.
BIOG.; Mineração e Metalurgia (6/89).