VIANA,
Hélio
*jornalista; mov. Integralista
Hélio Viana nasceu
em Belo Horizonte no dia 5 de novembro de 1908, filho do comendador Artur
Viana e de Querubina Martins Viana.
Aluno da Faculdade de Direito do Rio de Janeiro, na capital
da República, participou, em 1931, da reunião convocada por Plínio Salgado para
organizar uma corrente em defesa das idéias integralistas. Por essa época,
tornou-se redator, juntamente com Lourival Fontes e Francisco San Tiago Dantas,
da revista Hierarquia, de tendência radical de direita. Em 1932 concluiu o
curso universitário e consolidou suas relações intelectuais com Plínio Salgado,
que fundou nesse ano a Ação Integralista Brasileira (AIB), organização de
inspiração fascista. Em junho de 1934, passou a lecionar história do Brasil nos
cursos promovidos pelo Departamento de Doutrina da Província da Guanabara da
AIB. No mês seguinte, assumiu a secretaria do jornal do movimento, A Ofensiva,
onde manteve a coluna “Notas internacionais” e publicou uma história política e
social do Brasil. Em outubro, candidatou-se a um mandato parlamentar na legenda
da AIB, não obtendo êxito, e em novembro deixou as funções de secretário do
jornal. Logo após a implantação do Estado Novo em novembro de 1937, a AIB, como
as demais organizações políticas, foi dissolvida.
Hélio
Viana tornou-se em 1939 o primeiro catedrático de história do Brasil da
Faculdade Nacional de Filosofia da Universidade do Brasil (UB). Em 1941 assumiu
a cátedra de história da América na Pontifícia Universidade Católica (PUC) do
Rio de Janeiro. Foi, também, professor catedrático de história moderna e
contemporânea da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras do Instituto Santa
Úrsula no Rio de Janeiro, membro da Comissão de Estudos dos Textos de História
do Brasil do Ministério das Relações Exteriores e da comissão diretora de
publicações da Biblioteca do Exército, subordinada ao Ministério da Guerra.
Pertenceu à Academia Portuguesa de História, à Sociedade
Capistrano de Abreu, ao Instituto de Coimbra, em Portugal, à Academy of
American Franciscan History, de Washington, ao Instituto Histórico e Geográfico
Brasileiro, ao Instituto Histórico de Petrópolis (RJ), ao Instituto
Arqueológico, Histórico e Geográfico de Pernambuco e ao Instituto Histórico de
Alagoas. Foi ainda sócio-honorário do Instituto Histórico e Geográfico de
Sergipe e sócio-correspondente dos institutos históricos e geográficos do
Amazonas, Pará, Rio Grande do Norte, Bahia, Minas Gerais, São Paulo, Santa
Catarina, Rio Grande do Sul e Goiás.
Como jornalista, escreveu também no Jornal do Comércio, do
Rio de Janeiro.
Faleceu na cidade do Rio de Janeiro no dia 6 de janeiro de
1972.
Era casado com Edite Travassos Viana, com quem teve um filho.
Publicou
Formação brasileira (1935), A contribuição de Portugal à formação americana
(1938), A educação no Brasil colonial (1938), Brasil social 1500/1640 (1940),
Visconde de Sepetiba (1943), Matias de Albuquerque (1944), Da maioridade à
conciliação (1945), Contribuição à história da imprensa brasileira (1945), A
malagueta, 1822 (1945), História do Brasil colonial (1945), História do Brasil
1822/1937 (1945), História do Brasil (1946), História das fronteiras do Brasil
(1948), Estudos de história colonial (1948), História da viação brasileira
(1949), Estudos de história imperial (1950), História administrativa e
econômica do Brasil (1951), História da América (1952), História do Brasil
independente (1953), Capistrano de Abreu (1955), História diplomática do Brasil
(1958) e Vultos do Império (1968).
FONTES: BROXSON, E.
Plínio; COUTINHO, A. Brasil; Grande encic. Delta; LEVINE, R. Vargas; MENESES,
R. Dic.; Novo dic. de história; Ofensiva; OLIVEIRA, M. História; SILVA, H.
1935; SILVA, H. 1938; SOC. BRAS. EXPANSÃO COMERCIAL. Quem; TAVARES, J.
Radicalização; TODARO, M. Pastors.