FRANCO,
Adolfo
*gov. PR 1955-1956; sen. PR 1963-1971.
Adolfo de Oliveira Franco
nasceu em Ponta Grossa (PR) no dia 12 de novembro de 1915, filho de João
Oliveira Franco, advogado, e de Hilda Faro de Oliveira Franco. Seu irmão Manuel
de Oliveira Franco Sobrinho foi deputado federal pelo Paraná em 1955, de 1956 a 1963 e em 1966.
Cursou
o primário no grupo escolar anexo à Escola Normal de Curitiba e o secundário no
Instituto Santa Maria e no Ginásio Paranaense, concluindo-o em 1930. Em 1935
bacharelou-se em ciências jurídicas e sociais pela Faculdade de Direito da
Universidade do Rio de Janeiro.
Iniciou sua carreira em 1938 como consultor jurídico e
procurador-geral da Caixa Econômica Federal do Paraná, funções que exerceria
durante 30 anos. Presidente do conselho regional da Ordem dos Advogados do
Brasil (OAB) por três períodos consecutivos, paralelamente foi
diretor-presidente do Banco Comercial do Paraná. Renunciou a essas funções em
agosto de 1954, ao ser convocado pelo presidente João Café Filho — empossado em
virtude da morte de Getúlio Vargas — para dirigir a Carteira de Crédito
Agrícola e Industrial do Banco do Brasil, onde permaneceu até abril do ano
seguinte.
Em
maio de 1955 foi eleito governador do Paraná por votação da Assembleia
Legislativa do estado em substituição a Bento Munhoz da Rocha, que se afastou para assumir o Ministério da Agricultura. Terminado o mandato em janeiro de 1956, retornou às
suas atividades profissionais e empresariais, sendo reconduzido à presidência
do Banco Comercial do Paraná. Ainda em 1956, foi designado membro da comissão
consultiva bancária da Superintendência da Moeda e do Crédito (Sumoc). Em 1961
foi nomeado membro do conselho de administração do Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico (BNDE) por indicação do presidente Jânio Quadros e do
brigadeiro José Vicente de Faria Lima, presidente do órgão, tendo ocupado o
cargo até a renúncia de Jânio, ocorrida em agosto do mesmo ano.
No
pleito de outubro de 1962 elegeu-se senador pelo Paraná na legenda da União
Democrática Nacional (UDN). Assumindo o mandato em fevereiro do ano seguinte,
foi logo em seguida escolhido representante do Senado no Congresso Nacional dos
Municípios, realizado em Curitiba, e vice-líder de seu partido, função que
exerceu até 1965. Nesse período chegou a ocupar a presidência do diretório
regional da UDN. Com a extinção dos partidos políticos pelo Ato Institucional
nº 2 (27/10/1965) e a posterior instauração do bipartidarismo, filiou-se à
Aliança Renovadora Nacional (Arena). Em agosto de 1967 compareceu à Conferência
Internacional do Café, em Londres, e em outubro seguinte participou no Rio de
Janeiro na XXII Reunião Anual da Junta de Governadores do Banco Internacional
de Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD), mais conhecido como Banco Mundial, a
principal agência financeira da Organização das Nações Unidas (ONU). Membro
efetivo das comissões de Finanças e de Indústria e Comércio do Senado, foi ainda
suplente das comissões de Economia, do Distrito Federal, de Projeto do
Executivo, de Segurança Nacional, de Agricultura, de Ajustes Internacionais, de
Legislação sobre Energia Atômica, de Constituição e Justiça, de Relações
Exteriores e de Legislação Social, exercendo em 1970 a presidência desta última. Em janeiro de 1971 encerrou seu mandato de senador, retornando a seu
estado natal.
A
partir dessa data, não mais se candidatou a cargos eletivos, deixando também a
militância político-partidária. Com isso, passou a dedicar-se à advocacia,
profissão na qual atuou por dez anos, ao fim dos quais se aposentou por motivo
de doença. No transcurso de sua vida pública, foi ainda presidente da
Associação dos Funcionários da Caixa Econômica do Paraná, membro do Instituto
dos Advogados do Paraná, representante do governo do estado na junta
administrativa do Instituto Brasileiro do Café, membro do conselho da Fundação
de Assistência ao Trabalhador Rural, presidente de Finasa Paraná-Santa Catarina
Crédito e Investimento, diretor da Companhia Comercial de Seguros e do Grupo
Segurança Comercial.
Faleceu em Curitiba no dia 9 de março de 2008.
Casado com Rosa Macedo de Oliveira Franco, teve cinco filhos.
Um deles, Adolfo Franco de Oliveira Júnior, também conhecido como Adolfo
Franco, foi deputado federal pelo Paraná de 1979 a 1983.
Escreveu diversos trabalhos técnicos sobre direito e
economia, tendo publicado A desapropriação do edifício Azulay (em
colaboração, 1952) e Plano de desenvolvimento econômico do estado do Paraná.
FONTES: COSTA,
M. Cronologia; COUTINHO, A. Brasil; INF. BIOG.; Estado
do Paraná (online), 10 mar. 2008. Disponível em:
<http://parana-online.com.br>; MOREIRA, J. Dic.; SENADO. Dados;
SENADO. Relação; SENADO. Relação dos líderes;
Súmulas; Who’s who in Brazil (1972).