RIBEIRO, Álvaro
*dep. fed. PE 1991-1995, 1997-1998.
Álvaro Silva Ribeiro nasceu em Recife no dia 6 de dezembro de 1956, filho de
Fernando Bion Ribeiro e de Dalva Silva Ribeiro.
Em
novembro de 1976 foi eleito vereador à Câmara Municipal de Olinda, na legenda
do Movimento Democrático Brasileiro (MDB), partido de oposição ao regime
militar instaurado no país em abril de 1964. Assumiu seu mandato no início do
ano seguinte, quando atuou como segundo-secretário da mesa diretora. Em 1979,
ocupou o cargo de segundo- vice-presidente da mesa diretora da Câmara. Neste
mesmo ano, iniciou o curso de direito, que concluiria em 1983.
Com
a extinção do bipartidarismo em novembro de 1979 e a conseqüente reorganização
partidária, filiou-se ao Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB),
legenda que deu continuidade à política oposicionista do MDB. Em 1981, ainda no
exercício desta legislatura, tornou-se líder do seu partido na Câmara Municipal
de Olinda e presidente da Comissão de Legislação e Justiça.
Em
novembro de 1982 foi reeleito vereador, sendo empossado no início do ano
seguinte. Presidente da mesa diretora da Câmara em 1985, disputou uma vaga na
Assembléia Legislativa de Pernambuco em novembro desse ano. Eleito deputado
estadual constituinte, tomou posse em fevereiro de 1987. Durante os trabalhos
constituintes, foi presidente da Comissão de Constituição, Legislação e Justiça
e membro da Comissão de Ciência, Tecnologia e Informática. Em 1989, ocupou a
função de primeiro-secretário da mesa diretora da Assembléia.
Transferiu-se
para o Partido Socialista Brasileiro (PSB) e, nas eleições de outubro de 1990,
candidatou-se a deputado federal. Eleito, iniciou o mandato em fevereiro de
1991. No mesmo ano, foi membro titular da Comissão de Agricultura e Política
Rural e suplente da Comissão de Defesa do Consumidor, Meio Ambiente e Minorias.
Na sessão da Câmara de 29 de setembro de 1992, votou a favor
da abertura do processo de impeachment de Fernando Collor de Melo, acusado de crime de
responsabilidade por ligações com um amplo esquema de corrupção liderado pelo
ex-tesoureiro de sua campanha presidencial, Paulo César Farias. Afastado da
presidência após a votação na Câmara, Fernando Collor renunciou ao mandato em
29 de dezembro de 1992, pouco antes da conclusão do processo pelo Senado
Federal, sendo efetivado na presidência da República o vice Itamar Franco, que
já vinha exercendo interinamente o cargo desde 2 de outubro.
Ainda
nesta legislatura, Álvaro Ribeiro votou a favor da criação do Imposto
Provisório sobre Movimentação Financeira (IPMF), tributo de 0,25% sobre
transações bancárias criado como fonte complementar de recursos para a área da
saúde. Faltou às votações referentes ao Fundo Social de Emergência (FSE), que
após ter sido aprovado permitiu que o governo gastasse 20% da arrecadação de
impostos sem que estas verbas ficassem vinculadas aos setores de saúde e
educação. Esteve ausente da votação do projeto de lei que possibilitava o fim
do voto obrigatório.
Candidatou-se à reeleição no pleito de outubro de 1994, na
legenda do PSB, obtendo apenas a terceira suplência. Deixou a Câmara dos
Deputados ao fim da legislatura em janeiro do ano seguinte.
Com
a licença do deputado Sérgio Guerra, que assumiu o cargo de secretário de
Indústria, Comércio e Turismo de Pernambuco, retornou à Câmara dos Deputados em
10 de setembro de 1997. De acordo com a orientação dos partidos de oposição,
votou a favor da manutenção da estabilidade dos servidores públicos e contra a
exigência de idade mínima e tempo de contribuição para as aposentadorias no
setor privado. Deixou o Congresso Nacional em abril de 1998, por força da volta
de diversos titulares que se desincompatibilizaram de cargos de secretariado
para poderem se candidatar à reeleição no pleito de outubro daquele ano.
Casou-se com Maria Carolina Malta, com quem teve três filhos.
FONTES:
CÂM. DEP. Deputados brasileiros.
Repertório (1991-1995,
1995-1999); INF. BIOG.; Perfil
parlamentar/IstoÉ.