Antônio Augusto Brandão de Aras nasceu em Salvador (BA), no dia 4 de dezembro de 1958, filho de Roque Aras e Zenaide de Freitas Aras. Seu pai destacou-se na linha de oposição ao regime militar, tendo integrado o Movimento Democrático Brasileiro (MDB) na época e, após a redemocratização, atuado nos quadros do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) e do Partido dos Trabalhadores (PT).
Cresceu na cidade de Feira de Santana (BA), onde estudou no colégio Santo Antônio. Concluiu no ano de 1981 a graduação em direito na Universidade Católica de Salvador (UCSAL). Em 1987, ingressou no Ministério Público Federal (MPF) e, justamente por seu ingresso na carreira ter ocorrido antes da promulgação da Constituição Federal de 1988, pôde conciliar o cargo no MPF com o exercício da advocacia. Dentro da instituição, de 1991 a 1993, foi procurador regional eleitoral na Bahia e atuou na Câmara de Direitos Sociais e Fiscalização de Atos Administrativos em Geral. Em 2000, obteve o título de mestre em direito na Universidade Federal da Bahia (UFBA) e a partir de 2002, passou a lecionar na Escola Superior do Ministério Público da União (ESMPU). Defendeu o doutorado em direito constitucional pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) em 2005 com a tese Fidelidade partidária: a perda do mandato parlamentar.
A partir de 2007, assumiu a posição de professor adjunto da Universidade de Brasília (UnB), onde ministrou as cadeiras de direito comercial e direito eleitoral. Passou a atuar na Câmara do Consumidor e da Ordem Econômica do MPF a partir de 2008 e, entre 2008 e 2010, também foi o representante da instituição no Conselho Administrativo de Defesa Econômica. Em 2011, assumiu a vaga de subprocurador-geral da República e atuou também na Câmara Criminal do MPF até 2012. A partir do mesmo ano, tornou-se membro titular do Conselho Superior do MPF e, em 2013, ocupou o cargo de ouvidor-geral da instituição.
Em abril de 2019, lançou abertamente a sua candidatura para a vaga de procurador-geral da República, em substituição a Raquel Dodge. Desde 2003, uma lista tríplice de indicados para ocupar a posição era enviada ao presidente da República arrolando três nomes eleitos internamente pela Associação Nacional de Procuradores da República (ANPR). Teve êxito com a candidatura e em setembro de 2019 foi indicado pelo presidente Jair Messias Bolsonaro para a procuradoria-geral da República.
Publicou os livros Fidelidade Partidária: A Perda do Mandato Parlamentar (2006), Fidelidade e Ditadura (Intra) Partidárias (2011), Fidelidade Partidária. Efetividade e Aplicabilidade (2016) e As candidaturas avulsas à luz da Carta de 88 (2018). Também escreveu o artigo acadêmico Considerações Gerais das Ações da Fidelidade Partidária, publicado pela revista Populus, em 2015.
Casado com a subprocuradora da República, Maria das Mercês de Castro Gordilho Aras, com quem tem dois filhos biológicos e criou mais três enteadas.
Ninna de Araujo Carneiro Lima