REIS, COELHO DOS
REIS, Coelho dos
*militar; dir. DIP
1942-1943.
Antônio José Coelho dos Reis nasceu no dia 29 de abril de 1898.
Sentou praça em maio de 1918, ingressando na Escola Militar
do Realengo, no Rio de Janeiro, então Distrito Federal, de onde saiu
aspirante-a-oficial da arma de cavalaria em janeiro de 1921. Foi promovido a
segundo-tenente em maio desse ano e a primeiro-tenente em outubro de 1922. Em
1929 fez o curso de aperfeiçoamento de oficiais, tornou-se capitão em maio de
1932 e em 1934 fez o curso de estado-maior. Chegou ao posto de major em
dezembro de 1937, um mês após a implantação do Estado Novo (10/11/1937).
Em
agosto de 1942 foi nomeado diretor do Departamento de Imprensa e Propaganda
(DIP), em substituição a Lourival Fontes, o primeiro diretor do órgão, criado
em dezembro de 1939. O DIP, apelidado pelo povo de “o fala sozinho”, era o
porta-voz do governo encarregado da propaganda oficial. Com esse fim criou o
programa de rádio A hora do Brasil, de transmissão obrigatória
por todas as emissoras, diariamente à mesma hora. Responsável também pela
censura prévia à imprensa escrita e radiofônica, às publicações, ao teatro e ao
cinema, o DIP era encarregado de distribuir as cotas de papel aos jornais,
premiar com contribuições financeiras os periódicos que publicavam elogios ao
governo e obrigar a publicação de matérias favoráveis ao regime a pretexto de
“esclarecimento da opinião pública”. Cabia-lhe ainda aconselhar o governo a
respeito da isenção de impostos e taxas sobre os filmes “educativos e de
propaganda” e a responsabilidade sobre a educação nacional em virtude da perda
da autonomia dos estados.
Promovido a tenente-coronel em abril de 1943, Coelho dos Reis
permaneceu à frente do DIP até junho do mesmo ano, quando foi substituído pelo
capitão Amílcar Dutra de Meneses. O órgão continuaria atuando até maio de 1945,
quando foi extinto. Coronel em março de 1946, foi promovido em setembro de 1952 a general-de-brigada. Em dezembro de 1958 foi promovido a general-de-divisão e, em dezembro de
1962, passou para a reserva na patente de general-de-exército.
FONTES: CARONE, E. Estado;
Encic. Mirador; MIN. GUERRA. Almanaque (1934 e 1961).