CURIATI,
Salim
*
pref. SP 1982-1983; const. 1987-1988; dep. fed. SP 1987-1991.
Antônio
Salim Curiati nasceu em 13 de fevereiro de 1928, em
Avaré (SP), filho de Salim Antônio Curiati e de Asma Ghabi Curiati. Sua irmã
Maria Curiati casou-se com Ademar de Barros Filho, deputado federal por São
Paulo de 1967 a 1983, de 1987 a 1991, constituinte de 1988 e novamente deputado
federal entre 1995 e 1999.
De
1948 a 1953, Salim Curiati cursou medicina na Escola Paulista de Medicina de
São Paulo.
Em
novembro de 1965, foi eleito deputado estadual por São Paulo na legenda da
Aliança Renovadora Nacional (Arena), partido de apoio ao regime militar
instaurado no país em abril de 1964, mandato que exerceu por quatro vezes
consecutivas. Foi presidente da Comissão de Serviços e Obras Públicas, titular
das comissões especial de Inquérito, de Assistência Social, de Educação e
Cultura, de Saúde e Higiene, Economia e Planejamento, presidente da Comissão da
Medalha da Constituição (1971), 2o secretário (1970), 1o
secretário (1971) e 3o secretário (1973-1974) da Assembléia
Legislativa de São Paulo. Em 1979, com o fim do bipartidarismo e a
reorganização partidária, filiou-se ao Partido Democrático Social (PDS), que
deu continuidade à antiga Arena.
De
1980 a 1982 foi secretário da Promoção Social do governo de Paulo Maluf, em São
Paulo. Foi nomeado prefeito de São Paulo, por Maluf, em maio de 1982, quando
Reinaldo de Barros se afastou da prefeitura para disputar a eleição para
governador. Ainda em maio, o Partido do Movimento Democrático Brasileiro
(PMDB), o Partido dos Trabalhadores (PT) e o Partido Democrático Trabalhista
(PDT) impetraram mandado de segurança contra sua nomeação, alegando que houvera
“vício de
formação no ato de aprovação impugnado”. O mandado foi logo depois cassado pelo
tribunal. Salim Curiati permaneceu à frente da Prefeitura até março de 1983,
sendo sucedido interinamente pelo presidente da Câmara Municipal, Altino Lima,
que em maio passou o cargo para Mário Covas, nomeado pelo governador Franco
Montoro (1983-1987).
Em
novembro de 1986, conquistou uma vaga na Assembléia Nacional Constituinte, na
legenda do PDS, e tomou posse em fevereiro de 1987.
Participou
dos trabalhos da Constituinte como segundo vice-presidente da subcomissão da
Família, do Menor e do Idoso, da Comissão da Família, da Educação, Cultura e
Esportes, da Ciência e Tecnologia e da Comunicação e membro suplente da
subcomissão dos Direitos dos Trabalhadores e Servidores Públicos, da Comissão
da Ordem Social. Nas votações mais importantes da Constituinte, foi contra a
limitação do direito de propriedade privada, o mandado de segurança coletivo, a
estabilidade no emprego, a estatização do sistema financeiro, a proibição do
comércio de sangue e o limite de 12% ao ano para os juros reais. Votou a favor da
pena de morte, da pluralidade sindical, da soberania popular, do voto aos 16
anos, do presidencialismo, do mandato de cinco anos para o presidente José
Sarney e pela legalização do jogo do bicho. Esteve ausente nas votações da
remuneração 50% superior para o trabalho extra, da jornada de 40 horas
semanais, do turno ininterrupto de seis horas e do aviso prévio proporcional.
Faltou a 69% das votações, motivo que poderia provocar cassação de mandato.
Após a promulgação da Constituição em 5 de outubro de 1988), passou a exercer
apenas o mandato ordinário.
Não
se candidatou à reeleição em outubro de 1990, e deixou a Câmara em janeiro, ao
final da legislatura.
Foi
secretário-executivo de Assuntos Comunitários da prefeitura de São Paulo, na
gestão de Paulo Maluf (1992-1996), e em junho de 1993 foi acusado pelo vereador
Arselino Tato, do PT, de ser responsável pela compra superfaturada de 33,5 mil
fraldas para creches municipais. Segundo Curiati, o processo foi feito através
de licitação, da qual participaram 15 empresas, não ocorrendo nenhuma
irregularidade.
Nas
eleições de outubro de 1998, conquistou uma vaga na Assembléia Legislativa de
São Paulo, na legenda do PPB, e assumiu o mandato em fevereiro de 1999.
Casou-se
com Jeanete Curiati, com quem teve cinco filhos. Um dos seus filhos, Salim
Curiati Jr., elegeu-se vereador em São Paulo, em outubro de 1996, na legenda do
Partido Progressista Brasileiro (PPB).
FONTES:
ASSEMB. NAC. CONST. Repertório (1987); COELHO, J. & OLIVEIRA, A. Nova;
Estado de São Paulo (5/5 e 4/6/82, 17/6/93, 5/1/97, 8/10/98); Folha de
São Paulo (2/5/82); TRIB.SUP.ELEIT. Dados (1998).