GERHARDT, ARTUR
GERHARDT,
Artur
*gov.
ES 1971-1975.
Artur Carlos Gerhardt Santos nasceu em Vitória no dia 6 de outubro de 1928, filho de
Otaviano Santos e de Elsa Gerhardt Santos. Seu pai foi, por diversas vezes,
deputado estadual pelo Espírito Santo, líder do governo e prefeito de Domingos
Martins (ES).
Estudou
no Colégio Americano e na Escola Politécnica do Rio de Janeiro, antigo Distrito
Federal, pela qual se formou em engenharia civil. Fez ainda um curso de
administração para projetos em Pittsburg, nos Estados Unidos.
Professor de mecânica de fluidos e chefe do Departamento de
Hidráulica da Escola Politécnica do Espírito Santo em 1954, foi diretor da
Divisão de Construção e Reconstrução do Departamento de Estradas de Rodagem
(DER) de julho de 1961 a julho de 1962.
Secretário
sem pasta para o Planejamento de Viação e Obras Públicas no Espírito Santo de
fevereiro de 1966 a janeiro de 1967, durante os governos de Francisco Lacerda
de Aguiar (1963-1966) e de Rubens Rangel (1966-1967), ao longo deste último ano
desempenhou a função de diretor-presidente da Companhia de Desenvolvimento
Econômico do Espírito Santo (Codes), atual Banco de Desenvolvimento Econômico
do Espírito Santo (Bandes). Durante o ano de 1969 exerceu o cargo de
diretor-presidente da Associação Brasileira de Bancos de Desenvolvimento
(ABDE).
Indicado
pelo senador da Aliança Renovadora Nacional (Arena) Carlos Lindemberg para o
cargo de governador do Espírito Santo nas eleições indiretas de outubro de
1970, foi eleito pela Assembléia Legislativa, assumindo o governo em março do
ano seguinte. Em sua administração deu grande ênfase ao processo de
desenvolvimento do estado através da implantação de complexos industriais, como
a área 1 do Centro Industrial da Grande Vitória e parte do conjunto de
empreendimentos de infra-estrutura, realizando ainda a construção de um
estaleiro de reparos navais em Camburi, o complexo siderúrgico de Time e a
rodovia do Sol. Lutou pela fixação dos profissionais da saúde na zona rural,
implantou 30 escolas técnicas e eletrificou grande parte do interior capixaba.
Para um maior desenvolvimento industrial e agrícola, procurou também atrair
maiores investimentos nacionais e estrangeiros.
Em 1974, a Arena no Espírito Santo estava dividida entre seu
grupo e o do ex-governador Cristiano Dias Lopes. A indicação dos nomes dos
candidatos ao governo para o quadriênio seguinte não ocorreu de forma
tranqüila. Os dois grupos apresentaram seus candidatos ao cargo, sendo que
entre os nomes apresentados por Gerhardt constavam os quatro indicados por Dias
Lopes. Élcio Álvares foi o escolhido, com o apoio de Gerhardt, o qual, após
deixar o governo do estado em março de 1975, tornou-se presidente da Aracruz
Celulose, cargo que exerceu até o final deste ano.
A partir de 1976 passou a dedicar-se a atividades particulares,
afastando-se da política partidária. Em janeiro de 1993 tornou-se
diretor-presidente da Companhia de Desenvolvimento de Vitória (CDV),
permanecendo na função até setembro de 1994.
Casou-se com Maria Clementina Veloso Santos, com quem teve
quatro filhos.
FONTES: Grande
encic. Delta; INF. BIOG.; Jornal do Brasil (29/8/75
e 9/5/77); NÉRI, S. 16; Perfil (1972); Súmulas.