FONTANA,
Atílio
*dep. fed. SC 1955-1961 e 1962-1963; sen. SC 1963-1971.
Atílio Francisco Xavier Fontana nasceu em Santa Maria (RS) no dia 10 de agosto de 1900,
filho de Romano Fontana e de Teresa Dalle Rive Fontana.
Fez os primeiros estudos em sua cidade natal e em 1912
começou a trabalhar na agricultura, passando depois pelas empresas Casimiro
Tizian e C. Fuganti e Cia., em Santa Catarina. Em 1943 fundou a Indústria e Comércio Concórdia, na cidade catarinense do mesmo nome, tornando-se seu
diretor-presidente em 1944. Proprietário agrícola e pecuarista, foi responsável
pela criação de várias indústrias que posteriormente viriam a constituir o
grupo Sadia.
Com
a redemocratização do país em 1945 e a conseqüente reorganização dos partidos
políticos, filiou-se ao Partido Social Democrata (PSD), cujo diretório muncipal
de Joaçaba (SC) presidiu entre 1945 e 1947. Nas eleições de outubro de 1947
conquistou seu primeiro mandato, elegendo-se vereador pelo Partido Social
Democrático (PSD) à Câmara Municipal de Concórdia. Durante o mandato, encerrado
em 1951, foi presidente da Câmara local. De 1951 a 1954, ocupou a prefeitura do município. No pleito de outubro de 1954 foi eleito deputado
federal por Santa Catarina com o apoio da Aliança Social Trabalhista, coligação
do (PSD) com o Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), assumindo o mandato em
fevereiro do ano seguinte.
Reconduzido à Câmara Federal em outubro de 1958, na legenda
do PSD, licenciou-se em fevereiro de 1961 para assumir a Secretaria de
Agricultura de Santa Catarina, durante o governo Celso Ramos (1961-1966). Em
maio de 1962, retornou à Câmara e no pleito de outubro seguinte concorreu ao
Senado por Santa Catarina, novamente pela legenda do PSD. Eleito, assumiu sua
cadeira na Câmara Alta em fevereiro de 1963, logo após encerrar o mandato de
deputado. Nesse mesmo ano deixou a direção da Sadia Concórdia.
Com
a extinção dos partidos políticos pelo Ato Institucional nº 2 (27/10/1965) e a
posterior instauração do bipartidarismo, filiou-se à Aliança Renovadora
Nacional (Arena), agremiação de apoio ao regime instalado no país em abril de
1964. Em outubro de 1970 foi eleito vice-governador de Santa Catarina pela
Assembléia Legislativa, compondo a chapa oficial com Colombo Machado Sales,
eleito governador. Deixou o Senado em janeiro de 1971, ao final da legislatura,
exercendo seu novo cargo de março desse ano a março de 1975.
Foi
correspondente consular da Itália em Concórdia e dirigiu as empresas Moinho da
Lapa, Moinho Marcelinense, Frigobrás — Cia. Brasileira de Frigoríficos —, Sadia
Avícola, Frigorífico Pioneira, Sadia Oeste Indústria e Comércio e Sadia
Comercial e Agrícola, todas do grupo Sadia. Tornou-se também acionista da Sadia
Transportes Aéreos, atual Transbrasil.
Faleceu na cidade de São Paulo, em 15 de março de 1989.
Era casado com Diva Fontana, com quem teve cinco filhos, e,
em segundas núpcias, com Rute Carvalho Fontana, com quem teve uma filha. Um de
seus filhos, o empresário Omar Fontana, tornou-se presidente da Transbrasil.
Seu sobrinho Vítor Fontana foi deputado federal por Santa Catarina entre 1979 e
1983 e entre 1987 e 1991, além de constituinte em 1987 e 1988.
FONTES: CABRAL, O. Era;
CABRAL, O. História; CÂM. DEP. Deputados; CÂM. DEP. Relação
dos deputados; Estado de S. Paulo (16/3/89); Folha de S. Paulo (16/3/89);
Globo (16/3/89); Jornal do Brasil (18/12/73 e 16/3/89); SENADO.
Dados; SENADO. Relação; SOC. BRAS. EXPANSÃO COMERCIAL. Quem;
Súmulas; TRIB. SUP. ELEIT. Dados (3, 4, 6 e 9); Who’s who in
Brazil.