BASSUMA, Luís
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dep. fed. BA 2003-2007, 2007-2010
Luís
Carlos Bassuma nasceu em Curitiba no dia 8 de agosto de
1956, filho de João Bassuma e de Iracema Bassuma.
Formou-se em engenheira mecânica pela
Universidade Federal do Paraná (UFPR) em 1979 e ainda nesse ano foi aprovado em
concurso público para a Petrobras, passando a trabalhar como engenheiro de
produção nos campos de exploração de petróleo da empresa no Recôncavo Baiano. Em
1992, foi escolhido para assumir a coordenação do Sindicato do Ramo Químico e
Petroleiro da Bahia.
Em 1995 filiou-se ao Partido dos Trabalhadores
(PT) e no ano seguinte foi eleito vereador em Salvador. Durante o mandato,
assumiu a presidência da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Municipal. Em
1998 foi eleito deputado estadual na Bahia. Assumindo mandato em 1999, foi vice-presidente
da Comissão de Minas e Energia e membro da Comissão dos Direitos do Consumidor.
Em 2001, assumiu a liderança do PT na Assembleia baiana.
Em 2002 foi eleito deputado federal pela
Bahia. Em seu primeiro mandato no Congresso Nacional, iniciado em fevereiro de
2003, foi membro titular da Comissão de Minas e Energia entre março de 2005 e
março de 2006, e denunciou a existência de grupos que atuavam adulterando
combustíveis, principalmente na Bahia. Em 2005 tornou-se membro da Frente
Parlamentar Em Defesa
da Vida – Contra o Aborto, criada em 25 de agosto daquele ano
com o objetivo de mobilizar os diversos setores da sociedade brasileira na luta
contra a legalização e institucionalização do aborto. Propôs e liderou um
movimento no interior do Congresso para a instalação de uma comissão
parlamentar de inquérito (CPI) para investigar as clínicas clandestinas, o
contrabando e o comércio ilegal de remédios para estimular o aborto nas
mulheres, mas a CPI não foi instalada por falta de membros. O único partido que
se posicionou abertamente contra a CPI foi o próprio PT, que publicou uma resolução
reafirmando o teor das teses aprovadas no seu III Congresso Nacional, entre as
quais se incluíam a “defesa da autodeterminação das mulheres”, a “descriminalização
do aborto” e a “regulamentação do atendimento em todos os casos no serviço
público, evitando assim a gravidez indesejada”. Na discussão em torno da
legalidade ou criminalização do aborto, Bassuma entrou assim em conflito com
instâncias de seu partido.
De março de 2006 a janeiro de 2007
participou da Comissão de Seguridade Social e Família. Também em 2006, foi
membro titular da CPI do setor de combustíveis, que investigou as quadrilhas
responsáveis pela venda de gasolina adulterada para postos e revendedores de
combustíveis. Em outubro foi reeleito deputado federal. Na legislatura iniciada
em fevereiro de 2007, foi indicado membro titular da Comissão de Defesa do
Consumidor.
Integrante das Frentes Parlamentares Contra o
aborto e Em defesa da vida, foi um dos autores do PL 478/2007, conhecido como
Estatuto do Nascituro, causa esta pela qual consolidou seu desacordo com a
posição pública petista pela descriminalização do aborto, levantada em
congresso partidário realizado em 2007. Explicitadas as desavenças, foi
suspenso pela Comissão de Ética do Partido dos Trabalhadores, tendo em seguida solicitado
a desfiliação do partido. Em Setembro de 2009, ingressou no Partido Verde (PV).
Pela nova legenda, foi lançado como pré-candidato
ao Governo do Estado da Bahia para as eleições de Outubro de 2010. Naquele ano,
o partido tinha como objetivo, além de apresentar uma candidatura alternativa
no estado, ter um palanque para sua própria postulante à Presidência da
República, Marina Silva. Em Julho, teve protocolada contra si e contra o PV uma
representação da Procuradoria Regional Eleitoral (PRE/BA) referente à veiculação irregular de
propaganda, cujo recolhimento foi
determinado imediatamente. Confirmado candidato do partido nas eleições
estaduais, adotou postura combativa, tendo criticado duramente o candidato à
reeleição Jacques Wagner, do PT, em debates e propagandas. No pleito, porém, não
logrou êxito, tendo sido somente o quarto mais votado com cerca de 250 mil
votos no pleito que reelegeu o então governador em primeiro turno. No plano
nacional, a candidata Marina Silva obteve votação considerada expressiva, com
quase 20 milhões de votos, tendo sido a terceira colocada na disputa. Na
ocasião do segundo turno entre Dilma Rousseff, do PT, e José Serra, do PSDB, apesar
do PV ter se declarado independente, Bassuma anunciou que apoiaria o tucano,
que, porém, não obteve sucesso.
Em Fevereiro de 2011, deixou o PV e pouco
tempo depois, migrou para o PMDB, pelo qual foi candidato a vereador nas
eleições municipais de Outubro de 2012, mas ficou apenas com a suplência. No
ano seguinte, mudou novamente de partido, tendo deixado o PMDB para se filiar,
em Outubro de 2013, ao recém-fundado Partido Ecológico Nacional (PEN).
Casou-se com Rose Marie Bassuma, com quem teve
três filhos.
FONTES: ENT. BIOG.; ENT. Layse Moriére; Portal
da Câmara dos Deputados. Disponível em: <http://www2.camara.gov.br/>.
Acesso em 30/08/2008, 20/08/2009 e 27/08/2014; Portal Estado de S. Paulo (08/02/2009). Disponível em:
<http://www.estadao.com.br>. Acesso em 13/09/2009 e 05/09/2014; Portal do
Ministério Público Federal. Disponível em: <http://www.prba.mpf.mp.br/>.
Acesso em 27/08/2014; Portal pessoal de Luis Bassuma. Disponível em:
<http://www.bassuma.com.br>. Acesso em 07/01/2009; Portal do PT.
Disponível em: <http://www.pt.org.br>. Acesso em 13/09/2009; Portal do
Tribunal Superior Eleitoral. Disponível em: <http://www.tse.jus.br>.
Acesso em 27/08/2014.