NOGUEIRA, Brás
NOGUEIRA,
Brás
* dep. fed. SP 1967-1975.
Brás
de Assis Nogueira nasceu em Botucatu (SP) no dia 29 de março
de 1928, filho de Agenor Nogueira e de Isolina Pais Nogueira.
Fez seus estudos básicos na cidade natal, concluindo-os
em 1947. Iniciou sua carreira política elegendo-se vereador, pelo Partido
Social Democrático (PSD), em Botucatu no ano de 1956, cumprindo o mandato até
1959. Suas atividades como cafeicultor e a proposta, como homem público, de
atuar no setor, o projetaram no cenário da cafeicultura paulista. Em 1964
formou-se pela Escola de Administração de Empresas da Fundação Getúlio Vargas,
em São Paulo. Viajou aos EUA em 1965 e à Europa em 1966 como observador dos mercados
consumidores de café, tornando-se membro, nesse último ano, da Junta Consultiva
do Instituto Brasileiro de Café (IBC), atuando como relator dos seus “Planos de
safra”, “Orçamentos” e “Balanços”.
No
pleito de novembro de 1966 elegeu-se deputado federal por São Paulo na legenda
da Aliança Renovadora Nacional (Arena), partido de apoio ao regime militar
instaurado no país em abril de 1964, tomando assento na Câmara Federal em fevereiro
do ano seguinte. Foi relator da comissão parlamentar de inquérito sobre
atividades do Instituto Brasileiro de Reforma Agrária (Ibra) e do Instituto
Nacional de Desenvolvimento Agrário (Inda), tendo representado a Câmara dos
Deputados na reunião da Organização Internacional do Café (OIC), realizada em
1968 em Londres. Durante o mandato empenhou-se em transferir para a Faculdade
de Ciências Médicas e Biológicas de Botucatu, o uso e posse da fazenda Lageado
- próprio do IBC -, onde passaram a funcionar os cursos de agronomia,
veterinária e a Faculdade de Zootecnia.
Em
1970 desligou-se da Junta Consultiva do IBC e no mês de novembro reelegeu-se deputado
federal na mesma legenda, tornando-se no ano seguinte membro da Comissão de
Economia e suplente da Comissão de Finanças. Ainda em 1971 cursou a Escola
Superior de Guerra. Deixou a Câmara em janeiro de 1975, ao término da
legislatura. Ainda neste ano, chegou a ser cotado como possível suplente do
ex-governador Carlos Alberto Carvalho Pinto (1959-1963) no Senado, mas decidiu
retirar-se da cena política, passando a se dedicar às suas atividades
anteriores: a administração de fazendas e a pecuária. No final da década de
1970 ensaiou um retorno à vida pública, como um dos fundadores do Diretório
paulista do Partido Popular (PP), agremiação liderada nacionalmente por
Tancredo Neves, do qual afastou-se por discordar da fusão desta legenda com o
Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB).
Industrial, publicitário, pecuarista e cafeicultor,
dirigiu fazendas em São Paulo e no Mato Grosso do Sul, sendo um dos primeiros a
ocupar a frente de expansão no Pará. Tornou-se diretor da Empresa Teatral
Peduti e da Associação Cristã de Moços, vice-presidente da Proex Produtores e
Exportadores e membro da Associação Rural Brasileira e da Associação dos
Criadores de Nelore do Brasil.
Em janeiro de 2000, suas
atividades profissionais estavam concentradas na pecuária.
Casou-se
com Maria Rosa Peduti Nogueira, com quem teve duas filhas. Uma delas, Isolina
do Carmo Nogueira de Sales, casou-se com Antônio Luís Barros de Sales, filho de
Antônio Carlos de Sales Filho, deputado federal por São Paulo entre 1955 e
1957, em 1958, e entre 1971 e 1975.
Publicou
Café: análise do presente e advertência ao futuro (1966), Os
axiomas e a realidade: a estrutura da Organização Internacional
do Café (1968) e O alvo e a realidade (1968).
FONTES:
CÂM. DEP. Deputados; CÂM. DEP. Deputados brasileiros. Repertório
(1967-1971 e 1971-1975); INF. BIOG.; Perfil (1972); Who's who
in Brazil (5).