*dep. fed SP 2015-2017; pref. SP
2018-.
Bruno Covas Lopes nasceu
em Santos no dia 7 de abril de 1980, filho de Pedro Mauro Lopes e de Renata
Covas. Seu avô materno, Mario Covas, foi governador de São Paulo entre 1995 e
2001, além de ter sido prefeito da capital, deputado e senador.
Em 2002, formou-se em Direito, pela Universidade de São
Paulo (USP). E concluiu ainda uma segunda graduação, em Economia, tendo
formado-se em 2006 pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP).
Atuou profissionalmente na área tributária e lecionou em universidade
particular de sua cidade natal.
Já em 1998, filiou-se ao Partido da Social Democracia
Brasileira (PSDB), do qual seu avô havia sido fundador alguns anos antes e no
qual Bruno Covas viria a presidir a juventude tucana nos níveis estadual, entre
2004 e 2007, e nacional, entre 2007 e
2011.
Para além da militância, disputou seu primeiro cargo eletivo
ainda em 2004, quando foi candidato a vice-prefeito de Santos em chapa liderada
pelo também tucano Raul Christiano. Os postulantes não obtiveram êxito naquela
ocasião, alcançando apenas uma quarta colocação. Nos anos seguintes, Bruno
Covas atuou como assessor na Assembleia Legislativa de São Paulo (ALESP), para
a qual veio a concorrer a uma vaga de deputado estadual nas eleições de 2006. Recebeu
122 mil votos, que lhe renderam seu primeiro mandato eletivo. Ao fim da
legislatura, concorreu à reeleição e obteve novo êxito, desta vez como o mais votado,
com 239 mil votos.
No início de seu segundo mandato, no entanto, foi convidado
pelo então governador Geraldo Alckmin, também do PSDB, para ocupar o cargo de
secretário estadual de meio ambiente, tendo licenciado-se da assembleia
legislativa para assumir o posto. No período como secretário, chegou a
publicar, em 2013, um artigo no jornal Folha de S. Paulo no qual tecia críticas
à perda de receitas do governo federal para o setor - em específico aquelas
provenientes da exploração de petróleo - e também à ausência de parâmetros
convergentes no que diz respeito a leis climáticas.
Deixou a secretaria em abril
de 2014, a fim de desincompatibilizar-se e lançar-se candidato a
deputado federal nas eleições daquele ano. Concorreu, pelo PSDB, a uma vaga na
Câmara dos Deputados. Recebeu 352 mil votos e obteve êxito, assumindo o cargo
de deputado na legislatura iniciada em 2015.
Na Câmara, foi vice-líder do partido e integrou, na condição
de titular, a Comissão de Constituição e Justiça. Apresentou, neste período, o
projeto de lei (PL 4727/2016) que propunha a obrigatoriedade do porte de
diploma de ensino superior como requisito para ocupar postos de ministro de
estado. O projeto, entretanto, foi arquivado. Foi membro também das comissões
especiais que discutiram o PL 6299/02, referente à regulamentação de
agrotóxicos, denominados defensivos fitossanitários, e o PL 3636/15, que dizia
respeito aos requisitos para fechamento de acordos de leniência, instrumento
que ganhou destaque em meio às investigações da força-tarefa da Operação Lava
Jato. Por fim, integrou, em março de 2016, a comissão especial formada para
analisar a denúncia da então presidente Dilma Rousseff por crime de
responsabilidade. Com o voto favorável de Bruno Covas, tanto na comissão quanto
em plenário, a denúncia foi aceita e ocasionou a aprovação do processo de
impeachment da presidente, que viria então a ser substituída pelo
vice-presidente Michel Temer, do PMDB.
Em 2016, chegou a lançar-se, como pré-candidato a prefeito
de São Paulo, mas não disputou as prévias que indicaram o empresário e
publicitário João Dória como candidato do PSDB. Bruno Covas apoiou o
postulante, que vinha sendo criticado pela ausência de vínculos com o partido e
com a política, e por fim, compôs, como candidato a vice-prefeito, uma chapa
pura do PSDB, a qual contou com outros sete partidos na coligação denominada
"Acelera SP". Com mais de 3 milhões de votos, correspondentes 53,29% do total, foram eleitos em primeiro
turno, de modo Bruno Covas renunciou a seu mandato de deputado para então ser
empossado vice-prefeito de São Paulo em janeiro de 2017.
No primeiro ano como vice-prefeito, repercutiu na imprensa o
fato de que por conta das constantes viagens do titular João Dória, Bruno Covas
assumiu interinamente o posto de prefeito por diversas vezes. Tal condição foi
destacada como um possível fato eminente já no fim de 2017, quando veiculou-se
sobre o afastamento do prefeito para concorrer ao Governo do Estado, o que
viria a se consumou em março de 2018. Com a saída de João Dória, Bruno Covas
assumiu, em caráter efetivo, o cargo de prefeito da capital paulista.
Em 2019, foi diagnosticado com um câncer no aparelho
digestivo, tendo iniciado um tratamento quimioterápico que não chegou, porém, a
afastá-lo do cargo, tampouco impedi-lo de concorrer à reeleição em 2020, quando
lançou-se candidato e o PSDB receberam o apoio de outras oito legendas.
Foi casado com Karen Ichiba, com quem teve um filhos.
Jean Spritzer
FONTES:
Portal da Câmara dos Deputados. Disponível em:
<http://www.camara.leg.br/>. Acesso em 17/8/2020. Portal da Revista Época. Disponível em: <https://epoca.globo.com/politica/noticia/2018/03/bruno-covas-como-o-proximo-prefeito-de-sao-paulo-mudou-de-cara-e-corpo.html>.
Acesso em 17/9/2020. Portal do Partido da Social Democracia Brasileira - SP.
Disponível em: <https://tucano.org.br/bruno-covas-3/>. Acesso em
17/9/2020. Portal do jornal Folha de S.
Paulo. Disponível em: <
https://m.folha.uol.com.br/opiniao/2013/04/1262585-bruno-covas-politica-ambiental-em-risco.shtml>.
Acesso em 17/9/2020. Portal do jornal O
Globo. Disponível em: <
https://oglobo.globo.com/brasil/soco-na-cara-diz-bruno-covas-sobre-diagnostico-de-cancer-24059658>.
Acesso em 17/9/2020. Portal G1.
Disponível em: < http://g1.globo.com/sao-paulo/eleicoes/2016/noticia/2016/07/joao-doria-tera-bruno-covas-como-vice-em-disputa-pela-prefeitura-de-sp.html>.
Acesso em 17/9/2020. Portal G1.
Disponível em: <http://g1.globo.com/sao-paulo/eleicoes/2016/noticia/2016/07/psdb-confirma-candidatura-de-joao-doria-prefeitura-de-sp.html>.
Acesso em 17/9/2020. Portal do Tribunal Superior Eleitoral. Disponível
em:<http://www.tse.jus.br/> Acesso em 17/9/2020.