CAMPOS, RONALDO
CAMPOS, Ronaldo
*dep. fed. PA 1983-1987.
José Ronaldo Campos de Sousa nasceu em Santarém (PA) no dia 21 de fevereiro de 1942,
filho de Inácio Ubirajara Bentes de Sousa e de Ana Maria Campos de Sousa.
Comerciante, foi representante do Serviço Nacional dos Municípios
(Senam) no Baixo Amazonas em 1961. Em outubro de 1962 foi eleito vereador em
Santarém, tomando posse em janeiro do ano seguinte. Com a extinção dos partidos
políticos pelo Ato Institucional nº 2 (27/10/1965) e a posterior instauração do
bipartidarismo, filiou-se ao Movimento Democrático Brasileiro (MDB), partido de
oposição ao regime militar instaurado em abril de 1964. Em 1967, quando
terminou seu mandato de vereador, foi nomeado secretário de Obras da Prefeitura
de Santarém. Foi novamente eleito vereador em novembro de 1970, na legenda do
MDB, assumindo sua cadeira em janeiro do ano seguinte. Reelegeu-se vereador no
pleito de novembro de 1972.
Em novembro de 1974 foi eleito deputado estadual. Encerrou
seu mandato de vereador em janeiro, tomando posse na Assembléia Legislativa do
Pará em fevereiro de 1975. Foi reeleito deputado estadual no pleito de novembro
de 1978. Com a extinção do bipartidarismo em novembro de 1979 e a conseqüente
reformulação partidária, filiou-se ao Partido do Movimento Democrático
Brasileiro (PMDB), sucessor do MDB. Foi líder do partido na Assembléia e membro
da Comissão de Orçamento.
Em novembro de 1982 conseguiu sua eleição para deputado
federal pelo Pará na legenda do PMDB. Encerrou seu mandato no Legislativo
estadual em janeiro de 1983 e, no mês seguinte, foi empossado na Câmara dos
Deputados. Em 25 de abril de 1984 votou a favor da emenda Dante de Oliveira,
que propunha o restabelecimento de eleições diretas para presidente da
República em novembro daquele ano. Como a emenda não obteve o número de votos
indispensáveis à sua aprovação — faltaram 22 para que o projeto pudesse ser
encaminhado à apreciação pelo Senado —, no Colégio Eleitoral, reunido em 15 de
janeiro de 1985, Ronaldo Campos votou no candidato oposicionista Tancredo
Neves, eleito presidente da República pela Aliança Democrática, uma união do
PMDB com a dissidência do Partido Democrático Social (PDS) abrigada na Frente
Liberal. Contudo, Tancredo Neves não chegou a ser empossado na presidência,
vindo a falecer, por motivo de doença, em 21 de abril de 1985. Seu substituto
no cargo foi o vice José Sarney, que já vinha exercendo interinamente o cargo
desde 15 de março. Ainda durante essa legislatura, Ronaldo Campos foi membro da
Comissão do Interior e suplente da Comissão de Defesa do Consumidor.
No pleito de novembro de 1985, foi eleito prefeito de
Santarém na legenda do PMDB. Empossado em janeiro do ano seguinte, deixou a
Câmara, sendo substituído pelo suplente Benedito Monteiro. Terminou seu mandato
na prefeitura em 31 de dezembro de 1988.
Em 1989, tornou-se diretor-presidente da Empresa de Navegação
da Amazônia, que posteriormente passou a chamar-se Companhia Docas do Pará,
cargo que ocupou até 1990. De 1991 a 1994, foi assessor especial do governador
Jáder Barbalho (PMDB) e, nos dois anos seguintes, assessor do prefeito de
Belém, Hélio Gueiros (PFL).
Em janeiro de 1997, tornou-se assessor do prefeito de
Santarém, Joaquim de Lira Maia, do PFL.
Casou-se com Rosilda Campos de Sousa, com quem teve quatro
filhos.
FONTES: CÂM. DEP. Deputados
brasileiros. Repertório (1983-1987); INF.
BIOG.; Jornal do Brasil (20/6/85); TRIB.
REG. ELEIT. PA. Dados.