MUÑIZ,
Carlos Manuel
*diplomata
argentino; emb. Argentina no Brasil 1959-1962.
Carlos Manuel Muñiz nasceu em Buenos Aires no dia 2 de fevereiro de 1922, filho de Manuel Muñiz e de Eva Clara Firpo.
Fez seus estudos na Faculdade de Direito e Ciências Sociais
da Universidade de Buenos Aires, tendo sido delegado estudantil junto ao
conselho da faculdade, presidente de seu centro acadêmico e diretor da Gazeta
Universitária. Bacharelando-se em 1946, tornou-se professor de direito
constitucional no mesmo estabelecimento e de direito político e história na Faculdade
de Ciências Jurídicas e Sociais da Universidade do Prata.
Foi subsecretário do Interior no Ministério do Interior e
Justiça da Argentina entre setembro e novembro de 1955 e, ainda nesse ano,
tornou-se subsecretário do mesmo ministério, cargo que ocupou até 1956. Neste
último ano presidiu o I Congresso Nacional, Policial e de Segurança, realizado
na Câmara Nacional dos Deputados, e tornou-se embaixador extraordinário e
plenipotenciário na Bolívia, onde permaneceu até 1959. Transferido para o
Brasil, ocupou o cargo de embaixador argentino entre outubro de 1959 e maio de
1962 sucedendo a Felipe Espil e sendo substituído por Carlos Alberto Fernandez.
Em outubro deste último ano foi nomeado ministro das Relações Exteriores,
função que ocupou até maio de 1963.
Dedicando-se
ao magistério superior, foi professor titular de direito internacional e
relações internacionais da Universidade Católica de La Plata (até 1969), professor titular de direito internacional público na Faculdade de Ciências
Jurídicas e Sociais da Universidade Nacional de La Plata e diretor do Instituto de Direito Internacional Público e Relações Internacionais dessa
mesma universidade (até 1973). Na carreira diplomática, foi embaixador da
Argentina nos Estados Unidos entre 1971 e 1973.
Em junho de 1978,
foi um dos fundadores e o principal idealizador do Conselho Argentino para as
Relações Internacionais (CARI), instituição que reunia representantes do âmbito
diplomático e de outras esferas da vida cultural argentina e da qual viria a
ser presidente.
Professor
titular de direito público (até 1982), no curso de doutorado, e de direito
constitucional na Faculdade de Direito e Ciências Sociais da Universidade
Nacional de Buenos Aires (até 1987), foi representante permanente da Argentina
na Organização das Nações Unidas (ONU), entre 1982 e 1986, acumulando esse
cargo com o de embaixador do seu país em Bahamas e Barbados (1983-1986).
Carlos Manuel Muñiz
faleceu em Buenos Aires, no dia 31 de outubro de 2007.
Ao longo de sua carreira, tornou-se membro do Instituto
Argentino de Direito Penal, do Instituto de Direito Comercial e da Comissão de
Difusão Jurídica do Colégio de Advogados de Buenos Aires, além de membro
titular da Sociedade Argentina de Criminologia, da Associação Argentina de
Ciência Política e da Associação Argentina de Direito Comparado.
Secretário-geral do Instituto Argentino de Investigações Jurídicas e Sociais,
participou do Seminário de Estudos da Democracia Cristã e da História
Argentina, como também da fundação do Comitê Argentino do Congresso pela
Liberdade e Cultura. Foi ainda colaborador junto ao Instituto de História do
Direito Argentino e na Comissão de Liberdade de Expressão. Dirigiu a revista de
literatura e sociologia Ciudad e tomou parte, ao lado de Jorge Eduardo
Coll, na defesa dos primeiros processos contra o diário La Prensa, da capital.
Publicou Desde esta tierra (1956), Esa que llaman
vida (1958), Las relaciones exteriores en el derecho constitucional
argentino (1964), La Declaración Universal de los Derechos
Humanos y el principio de igualdad (1968), Bases nacionales para una
política internacional (1969), Los funcionarios del Servicio Exterior de
la Nación, condiciones de idoneidad y permanencia en sus cargos (1977), Las
relaciones entre Argentina y Brasil (1979), Diplomacia e diplomáticos
(1979), La conducción de las relaciones exteriores, El rol del ministro:
atribuciones constitucionales y legales (1990), Nuevo rol de las
Naciones Unidas en la consolidación del orden jurídico internacional
(1991), além de diversos trabalhos sobre literatura, sociologia e política e de
artigos em periódicos argentinos.
FONTES: CORRESP.
EMB. ARGENTINA.