PASSOS,
Darci
*
dep. fed. SP 1979-1987.
Darci Paulillo dos Passos
nasceu na cidade de São Paulo no dia 12 de novembro de 1929, filho de Gaspar
Eugênio dos Passos e de Rosa Paulillo dos Passos.
Bacharelou-se em ciências jurídicas e sociais pela
Universidade de São Paulo (USP) em 1953 e três anos depois foi trabalhar como
oficial de gabinete do secretário de Justiça Queirós Filho. Em 1957 tornou-se
promotor de justiça do estado de São Paulo. Em 1963 trabalhou como secretário
do gabinete do ministro do Trabalho Almino Afonso, participando, ainda naquele
ano, da Conferência Interamericana de Ministros do Trabalho, realizada em
Bogotá, na Colômbia.
Com a vitória do movimento político-militar de 31 de
março de 1964, que derrubou o presidente João Goulart, Darci Passos teve seus
direitos políticos suspensos pelo Ato Institucional nº 1, baixado no início de
abril, o que ocasionou seu afastamento do cargo de promotor de justiça. Em
1965, tornou-se oficial de gabinete do presidente da Assembléia Legislativa
Franco Montoro. Em 1967 concluiu o curso de economia da USP.
A partir de então,
dedicou-se ao exercício da advocacia e, no ano de 1968 lecionou economia e
estudos sociais no Colégio Estadual Vocacional Osvaldo Aranha, e história
econômica do Brasil, na Faculdade de Economia da Pontifícia Universidade
Católica de Campinas (SP). Em 1968 e 1969, lecionou desenvolvimento econômico
no Instituto de Medicina Preventiva, da Escola Paulista de Medicina.
Em novembro de 1978,
candidatou-se a uma cadeira na Câmara dos Deputados, na legenda da Movimento
Democrático Brasileiro (MDB), partido de oposição ao regime militar. Eleito,
assumiu o mandato no início do ano seguinte participando dos trabalhos
legislativos como membro titular da Comissão de Economia, Indústria e Comércio.
Com o fim do bipartidarismo em novembro de 1979 e a conseqüente reformulação
partidária, filiou-se ao Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB),
agremiação sucessora do MDB.
Em novembro de 1982, foi reeleito deputado federal.
Assumindo o mandato em fevereiro seguinte, participou dos trabalhos
legislativos como membro titular da Comissão de Economia, Indústria e Comércio
e membro suplente da Comissão de Trabalho e Legislação Social.
Em 25 de abril de 1984 votou a favor da
emenda Dante de Oliveira, que, apresentada na Câmara dos Deputados, propunha o
restabelecimento das eleições diretas para presidente da República em novembro
daquele ano. Como a emenda não obteve o número de votos indispensáveis à sua
aprovação — faltaram 22 para que o projeto pudesse ser encaminhado à apreciação
pelo Senado Federal —, no Colégio Eleitoral, reunido em 15 de janeiro de 1985,
Darci Passos votou no candidato oposicionista Tancredo Neves, da Aliança
Democrática, uma união do PMDB com a dissidência do Partido Democrático Social
(PDS) abrigada na Frente Liberal. Tancredo foi eleito, mas por motivo de doença
não chegou a ser empossado na presidência, vindo a falecer em 21 de abril de
1985. Seu substituto foi o vice José Sarney, que já vinha exercendo
interinamente o cargo desde 15 de março.
Em novembro de 1986 Darci
Passos candidatou-se à reeleição, na legenda do PMDB, mas não logrou êxito,
deixando a Câmara em janeiro do ano seguinte, ao final da legislatura. Mais
tarde, deixou o PMDB e filiou-se ao Partido dos Trabalhadores (PT). Não mais
disputando nenhum cargo eletivo, passou a dedicar-se exclusivamente à
advocacia.
Casou-se com Maria Silvia
de Camargo Passos, com quem teve cinco filhos.
Publicou Problemas de
desenvolvimento: necessidades e possibilidades do Estado de São Paulo
(1954).
FONTES:
ASSEMB. NAC. CONST. Repertório (1987-1988); CÂM. DEP. Deputados
brasileiros. Repertório (1979-1983); CÂM. DEP. Deputados brasileiros.
Repertório (1983-1987); Globo (26/4/84, 16/1/85).