MURAD, Emílio
MURAD,
Emílio
*
dep. fed. MA 1967-1971.
Emílio
Biló Murad nasceu em Codó (MA) no dia 2 de março de 1926, filho
de Ananias Murad e de Amélia Lazar Murad. Em sua família, original do Líbano,
destacou-se José Murad, que foi vice-governador do Maranhão de 1975 a 1979.
Diplomado
em administração de empresas, foi diretor-geral, superintendente e,
posteriormente, sócio-gerente das empresas Ananias Murad e Companhia e Cerâmica
Ananias, ambas sediadas em sua cidade natal.
Iniciou sua carreira política ingressando no
Partido Social Democrático (PSD), em cuja legenda foi eleito em 1950 vereador à
Câmara Municipal de Codó, reelegendo-se nos pleitos de 1954 e de 1958.
Transferindo-se para o Partido Social Progressista (PSP), em outubro de 1962
elegeu-se deputado estadual no Maranhão. Concluindo o mandato de vereador,
assumiu sua cadeira na Assembléia Legislativa em fevereiro de 1963. Após a
vitória do movimento político-militar de 31 de março de 1964 que depôs o
presidente João Goulart (1961-1964), a extinção dos partidos políticos pelo Ato
Institucional nº 2 (27/10/1965) e a posterior instauração do bipartidarismo,
filiou-se ao partido do governo, a Aliança Renovadora Nacional (Arena), da qual
tornou-se líder na Assembléia. Ainda durante seu mandato, presidiu essa casa e
integrou as comissões de Constituição e Justiça e de Orçamento.
Em novembro de 1966, foi eleito deputado
federal por seu estado em sua nova legenda. Concluindo seu mandato no
Legislativo estadual, assumiu sua cadeira na Câmara dos Deputados em fevereiro
do ano seguinte e tornou-se membro titular das comissões de Minas e Energia e
de Valorização da Amazônia, bem como da Comissão Especial de Estudos da
Indústria do Petróleo na Região Nordeste, da qual foi vice-presidente, e da
Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Grandes Lagos da Amazônia. No
pleito de novembro de 1970, voltou a concorrer a uma cadeira na Assembléia
maranhense, mas obteve apenas uma suplência. Permaneceu na Câmara dos Deputados
até o fim de janeiro do ano seguinte, quando se encerraram o seu mandato e a
legislatura.
Com a assunção de Pedro Neiva de Santana ao
governo do estado em março de 1971, Emílio Murad foi nomeado presidente da
Companhia Habitacional do Maranhão (Cohab/MA), função que exerceu até março de
1975, quando se encerrou o mandato do governador e assumiu o novo chefe do
Executivo maranhense Osvaldo da Costa Nunes Freire. Quando o governador João
Castelo assumiu em março de 1979 Murad foi nomeado presidente da Loteria
Estadual do Maranhão (Lotema), cargo em que foi mantido mesmo com a saída de
Castelo e a assunção de Ivar Saldanha ao governo do Estado, permanecendo nessa
função até março de 1983, quando Luís Rocha assumiu a chefia do Executivo
estadual. Três anos depois foi nomeado por esse governador para a Secretaria de
Desportos e Lazer e, nessa condição, tornou-se presidente do Conselho Regional
de Desportos. Exerceu essas funções até março de 1987, quando assumiu o
governador Epitácio Cafeteira. Em 1999, ocupava o cargo de assessor parlamentar
da presidência da Assembléia Legislativa maranhense.
Ao longo de sua carreira política, foi
presidente do diretório municipal da Arena em sua cidade e delegado junto ao
diretório regional do partido, além de representante da Arena do Maranhão no
diretório nacional.
Foi
ainda filiado ao novo Partido Social Democrático (PSD), sócio-fundador
da Aeronorte do Brasil e presidente da Associação Comercial de Codó e da
companhia telefônica dessa cidade. Participou do I e II seminários nacionais da
Cohab e do XII Congresso Mundial de Entidades Internacionais de Poupança e
Empréstimos.
Casou-se com Maria Antonieta Nunes Murad,
com quem teve seis filhos. Seu sobrinho Ricardo Murad foi deputado federal pelo
Maranhão de 1991 a 1995. Outro sobrinho, Jorge Murad, foi assessor especial do
presidente José Sarney (1985-1990) e marido de Roseana Sarney, deputada federal
pelo Maranhão entre 1991 e 1995 e governadora do estado desde 1995.
FONTES:
CÂM. DEP. Deputados; CÂM. DEP. Deputados brasileiros;
Repertório (1967-1971); INF. BIOG; Súmulas; TRIB. SUP. ELEIT.
Dados (6, 8 e 9); Who's who in Brazil.