FLORES, CARLOS MARTINS THOMPSON
FLORES,
Carlos Martins Thompson
*diplomata; emb. Bras. Itália 1968-1973.
Carlos Martins Thompson Flores nasceu em Porto Alegre no dia 5 de setembro de 1908, filho
de Francisco Thompson Flores e de Célia Martins Thompson Flores. Seu primo,
Carlos Thompson Flores Neto, foi deputado federal classista de 1935 a 1937.
Em agosto de 1927 ingressou na carreira diplomática, sendo
promovido em setembro de 1931 a cônsul de terceira classe. Ainda em 1931
bacharelou-se em ciências jurídicas e sociais pela Faculdade de Direito da
Universidade do Rio de Janeiro. No ano seguinte foi designado membro da
Comissão de Censura Telegráfica, instituída pelo Ministério das Relações
Exteriores junto ao Ministério da Fazenda. Promovido a cônsul de segunda classe
em fevereiro de 1934, em junho desse mesmo ano foi designado para o posto de
segundo-secretário da legação brasileira em Havana, Cuba, onde exerceu ainda as
funções de encarregado de negócios.
Depois de permanecer em Havana até dezembro de 1935, em abril
do ano seguinte tornou-se segundo-secretário da embaixada brasileira em
Bruxelas, na Bélgica, onde exerceu as funções de encarregado de negócios até
outubro de 1937. Transferido então para Portugal, atuou na embaixada em Lisboa
como segundo-secretário até março de 1941, ocasião em que retornou ao Brasil.
Nomeado segundo-secretário da embaixada brasileira em Buenos Aires em maio de 1943, ainda nesse ano passou a primeiro-secretário. Permaneceu na
Argentina até 1945, quando foi promovido a cônsul de primeira classe e nomeado
segundo introdutor diplomático junto ao Ministério das Relações Exteriores.
Promovido
a ministro de segunda classe em dezembro de 1945, foi nomeado introdutor
diplomático em 1947, participando nesse ano de diversas delegações especiais.
Em 1948 foi nomeado ministro plenipotenciário na embaixada brasileira em
Beirute, no Líbano. Promovido a ministro de primeira classe em novembro de
1953, deixou o Líbano em abril do ano seguinte para assumir a direção da embaixada
brasileira na cidade do México dois meses depois. Em 1955 chefiou as delegações
brasileiras à VI Assembléia Geral do Instituto Pan-Americano de Consulta sobre
Cartografia e à III Reunião Pan-Americana de Consulta sobre História,
realizadas na capital mexicana.
Em setembro de 1959 tornou-se embaixador brasileiro no Cairo,
Egito, onde esteve até dezembro de 1963. Em março do ano seguinte foi nomeado
embaixador em Copenhague, Dinamarca, cargo que exerceu até fins de 1967 e que
deixou para substituir o embaixador Francisco D’Álamo Lousada à frente da
embaixada brasileira em Roma, na Itália. Tendo assumido essa embaixada em
janeiro de 1968, deixou a legação brasileira em Roma em abril de 1973, quando
foi substituído por Jorge de Carvalho e Silva. Em sua carreira diplomática foi
ainda encarregado de negócios em Luxemburgo e embaixador em Joannesburgo,
África do Sul.
Faleceu no Rio de Janeiro no dia 24 de julho de 1984.
Era casado com Rita Martins Thompson Flores, com quem teve
dois filhos. Um deles, Francisco Thompson Flores Neto, também seguiu a carreira
diplomática, tendo sido embaixador do Brasil na Argentina (1988-1992) e na
Alemanha (1992-1995).
FONTES: COUTINHO,
A. Brasil; Grande encic. portuguesa; HIRSCHOWICZ, E. Contemporâneos;
Jornal do Brasil (29/7/84); MIN. REL. EXT. Anuário (1971 e 1973).