FONSECA,
Joaquim Abreu
*
militar; ch. EME 1985.
Joaquim
Abreu Fonseca nasceu em Pouso Alegre (MG) no dia 26 de
agosto de 1922, filho de Olinto Guimarães Fonseca e de Sílvia Ribeiro de Abreu
Fonseca.
Fez
o curso secundário no Ginásio Três Corações (MG). Iniciou sua carreira militar
em abril de 1940, na Escola Preparatória de Cadetes de Porto Alegre (RS), e
foi matriculado em janeiro de 1942 na Escola Militar de Realengo (RJ), sendo
declarado aspirante a oficial da arma de artilharia em novembro de 1944. Promovido
a 2º tenente em março de 1945 e a 1º tenente em março de 1947, foi nomeado
instrutor do Centro de Preparação de Oficiais da Reserva (CPOR), em São Paulo,
onde serviu como auxiliar do curso de artilharia. Em novembro de 1949, deixou o
CPOR, por ter sido transferido para o 1º Grupo do 2º Regimento de Obuses 105
(SP). Permaneceu nesse grupo até fevereiro de 1950, quando foi matriculado na
Escola de Moto Mecanização, em Deodoro (RJ). Em abril foi promovido a capitão
e em outubro, concluiu o curso de moto mecanização.
Em
fevereiro de 1952, ingressou no curso de artilharia da Escola de
Aperfeiçoamento para Oficiais (EAO), encerrando-o no ano seguinte. foi
desligado dessa unidade a fim de seguir para o CPOR de São Paulo, onde assumiu
as funções de instrutor. Foi promovido a major em janeiro de 1955 e nomeado
oficial de operações do 5º Grupo de Canhões 90 Anti-Aéreo.
Matriculou-se
em fevereiro de 1961 na Escola de Comando e Estado-Maior do Exército (ECEME),
para o curso de Comando e Estado Maior. Concluindo o curso em dezembro de 1963,
foi designado para o corpo de instrutores dessa escola, assumindo em fevereiro
de 1964 as suas funções na Seção de Logística. Em agosto recebeu a patente de
tenente-coronel. Ainda na ECEME e sob o comando do general Jurandir de Bizarria
Mamede, participou do movimento político-militar de 31 de março de 1964, que
depôs o presidente João Goulart (1961-1964).
Em junho de 1968,
foi promovido a coronel e nomeado comandante do 8º Grupo de Artilharia
Anti-Aérea, em Brasília (DF). Exerceu esse comando até fevereiro de 1971,
quando matriculou-se no curso de Estado-Maior e Comando das Forças Armadas, da
Escola Superior de Guerra (ESG), encerando-o em dezembro de 1972. Nessa
ocasião, passou a integrar o corpo permanente da ESG. De julho a dezembro de
1973 estagiou no Curso Superior de Guerra, cumulativamente com as funções que
vinha exercendo no corpo permanente daquela escola. Em julho de 1974, foi
designado para o cargo de assessor do Brasil na Junta Interamericana de Defesa
e do Departamento de Estudos do Colégio Interamericano de Defesa, com sede em
Washington, EUA, durante dois anos. Após esse período retornou ao Brasil, sendo
promovido em março de 1977 a general-de-brigada, e em abril nomeado comandante
da 4ª Divisão de Cavalaria. Em janeiro de 1979 deixou a 4ª Divisão de Cavalaria
para chefiar o Estado-Maior do II Exército. Em julho seguinte, foi exonerado da
chefia do II Exército pelo ministro do Exército Válter Pires e nomeado
assistente do comandante da ESG.
Permaneceu
nesse cargo até julho de 1981, quando foi nomeado diretor de Formação e
Aperfeiçoamento. Nesse mesmo mês recebeu a patente de general-de-divisão.
Deixou o cargo de diretor em dezembro de 1983, para assumir a vice-chefia do
Estado-Maior do Exército (EME), permanecendo nesse cargo até fevereiro de 1985,
quando assumiu interinamente a chefia desse órgão, mantendo-se até abril,
quando foi substituído pelo general-de-exército Jorge Sá Freire Pinto. Joaquim
Abreu Fonseca foi, em seguida, nomeado vice-chefe do Estado-Maior das Forças
Armadas (EMFA).
Em
abril de 1986 foi para a reserva remunerada. Ainda esse mês assumiu o cargo de
diretor-presidente da Verolme Equipamentos Pesados Ltda., empresa subsidiária
da Verolme Estaleiros Reunidos do Brasil S.A. Em janeiro de 1989, foi
habilitado pelo Conselho Federal de Administração para exercer a profissão de
administrador. Em março de 1994 deixou as funções de diretor-presidente que
vinha exercendo na Verolme.
Em
1998 tornou-se vice-presidente da Associação dos Diplomados da Escola Superior
de Guerra (Adesg), permanecendo neste cargo até o ano seguinte. Em setembro de
1999 passou a integrar o conselho diretor nacional da Cruz Vermelha Brasileira,
com mandato de três anos.
Entre
outros cargos e funções, Joaquim Abreu Fonseca participou de várias
administrações do Clube Militar, tendo exercido as funções de diretor cultural,
diretor de revistas, vice-presidente e membro do conselho deliberativo.
Casou-se
com Léa Sílvia Cavalcanti Fonseca, com quem teve três filhos.
FONTES:
ARQ. MIN. EXERC.; Globo (24/2/85); INF. BIOG.