FONTES, AMANDO
FONTES,
Amando
*dep. fed. SE 1935-1937; const. 1946; dep. fed. SE
1946-1955.
Amando Fontes nasceu
em Santos (SP) no dia 15 de maio de 1899, filho do farmacêutico Turíbio da
Silveira Fontes e da professora Rosa do Nascimento Fontes.
Com a morte do pai, quando contava apenas cinco meses, sua
família mudou-se para Aracaju, de onde era oriunda. Nessa cidade fez os
primeiros estudos numa escola particular, ingressando em 1909 no Ateneu
Sergipense. Em 1914 tornou-se revisor do Diário da Manhã, também em
Aracaju, e, em 1919, entrou para a Escola de Medicina no Rio de Janeiro, no
então Distrito Federal, abandonando-a mais tarde. Em 1922, através de concurso
público, tornou-se agente fiscal do imposto de consumo do Ministério da
Fazenda, em Salvador. Bacharelou-se em 1928 pela Faculdade de Direito da Bahia.
Após a vitória da Revolução de 1930, transferiu-se mais uma
vez para o Rio de Janeiro, onde dedicou-se à advocacia e passou a freqüentar o
círculo do pensador católico Jackson de Figueiredo, de quem era amigo.
Retornando à capital sergipana, elegeu-se deputado federal por Sergipe no
pleito de outubro de 1934. Empossado em maio do ano seguinte, permaneceu na
Câmara até o dia 10 de novembro de 1937, quando, com o advento do Estado Novo
(1937-1945), os órgãos legislativos do país foram suprimidos.
Com a reconstitucionalização do país, elegeu-se, em dezembro
de 1945, deputado por Sergipe à Assembléia Nacional Constituinte na legenda da
coligação formada pela União Democrática Nacional (UDN) e o Partido Republicano
(PR). Assumindo sua cadeira em fevereiro de 1946, participou dos trabalhos
constituintes e, com a promulgação da nova Carta (18/9/1946) e a transformação
da Constituinte em Congresso ordinário, permaneceu no exercício do mandato na
legislatura que se seguiu. No pleito de outubro de 1950 reelegeu-se na legenda
do PR, exercendo o mandato até janeiro de 1955, quando deixou definitivamente a
Câmara dos Deputados.
Foi professor de escolas técnicas secundárias no Distrito
Federal e pertenceu à Academia Petropolitana de Letras.
Faleceu no Rio de Janeiro no dia 1º de dezembro de 1967.
Era casado com Corália Teixeira Fontes, com quem teve seis
filhos.
Publicou Os corumbás (romance, 8ª ed., 1933) e Rua
do Siriri (romance, 1937).
FONTES: COUTINHO,
A. Brasil; Grande encic. Delta; MENESES,
R. Dic.; TRIB. SUP. ELEIT. Dados (1 e 2); VELHO
SOBRINHO, J. Dic.