FORTES, DIOGO BORGES
FORTES,
Diogo Borges
*militar; comte.-em-ch. Esquadra 1958-1959; min. STM
1960-1967.
Diogo Borges Fortes nasceu em Porto Alegre no dia 10 de março de 1897, filho do general João Borges Fortes e de Maria
Manuela Ferraz Borges Fortes. Descendente de tradicional família da cidade, seu
pai foi também historiador. Seu irmão, Breno Borges Fortes, foi comandante do
III Exército entre 1969 e 1972 e chefe do Estado-Maior do Exército de 1972 a 1973.
Fez os estudos primários e secundários em escolas públicas e
ginásios de padres maristas nas cidades gaúchas de São Gabriel e Santa Maria.
Em abril de 1913, matriculou-se na Escola Naval no Rio de Janeiro, então
Distrito Federal, sendo declarado guarda-marinha em 1916. No ano seguinte foi
promovido a segundo-tenente e em 1918 a primeiro-tenente, realizando em 1923 o
curso de especialização em radiotelegrafia para oficiais. Promovido a
capitão-tenente em abril de 1925, formou-se em engenharia civil pela Escola
Politécnica do Rio de Janeiro no ano seguinte.
Promovido
sucessivamente a capitão-de-corveta em dezembro de 1935, a capitão-de fragata em abril de 1943, a capitão-de-mar-e-guerra em setembro de 1946 e a
contra-almirante em março de 1953, exerceu a função de comandante do II
Distrito Naval (DN), sediado em Salvador, de janeiro de 1954 a março do ano seguinte. Em 1957 dirigiu a Escola de Guerra Naval, no Rio de Janeiro, sendo
promovido em agosto desse ano a vice-almirante.
Nomeado comandante-em-chefe da Esquadra em julho de 1958 em
substituição ao vice-almirante Jorge do Paço Matoso Maia, exerceu
cumulativamente a chefia do Estado-Maior da Armada, em caráter interino.
Promovido a almirante-de-esquadra em março de 1959, deixou o comando da
Esquadra em março do ano seguinte, sendo substituído pelo vice-almirante Heitor
Doyle Maia. Ainda em março de 1960 foi nomeado pelo presidente da República,
Juscelino Kubitschek (1956-1961), para o cargo de ministro do Superior Tribunal
Militar (STM), tomando posse no dia 27 de abril seguinte. Assumiu a presidência
do STM em 11 de agosto de 1965 para completar o biênio 1964-1965. Na sessão do
dia 21 de dezembro de 1965 foi eleito presidente do STM para o biênio
1966-1967. Neste último ano aposentou-se como ministro do STM.
Em sua carreira militar exerceu ainda as funções de instrutor
na Escola Naval, na Escola de Aviação Naval, na Escola de Guerra Naval e na
Escola de Estado-Maior do Exército, e de comandante do navio hidrográfico
Jaceguai, do contratorpedeiro Maranhão e do navio transporte Duque de Caxias.
Comandante da base naval de Recife e diretor militar do Arsenal de Marinha do
Rio de Janeiro foi também chefe do Departamento de Ensino e vice-diretor da
Escola de Guerra Naval, adido naval da embaixada brasileira em Londres,
comandante do 1º Esquadrão de Contratorpedeiros, subchefe para operações do
Estado-Maior da Armada, subchefe para operações do Estado-Maior das Forças
Armadas e vice-chefe do Estado-Maior da Armada. Realizou também o curso de
comando e superior de comando da Escola de Guerra Naval.
Faleceu em 23 de outubro de 1981.
Era casado com Amélia de Carvalho Borges Fortes.
Além de trabalhos técnicos aprovados e adotados pelo
Ministério da Marinha e artigos em jornais e revistas técnicas, como a Revista
Marítima Brasileira e o Boletim do Clube Naval, publicou Passo da pátria
e Operação anfíbia.
FONTES: CORRESP.
SERV. DOC. GER. MAR.; CORRESP. SUP. TRIB. MILITAR; CORTÉS, C. Homens;
COUTINHO, A. Brasil; FICHÁRIO PESQ. M. AMORIM; MIN. MAR. Almanaque
(1960); VELHO SOBRINHO, J. Dic.