FRANÇA, Márcio
*dep. fed. SP 2007-2011, 2011-2014
Márcio
Luiz França Gomes nasceu em Santos (SP) no dia 23 de junho de
1963, filho de Luís Gonzaga de Oliveira Gomes e de Myrtes Giani França Gomes.
Ingressou na Faculdade de
Direito na Universidade Católica de Santos em 1982 e concluiu o curso em 1986.
Quando estudante, foi presidente do diretório acadêmico da universidade. Ainda
durante a graduação, em 1983, começou a trabalhar como oficial de justiça em
São Vicente (SP), função que exerceria até 1992. Depois de formado, cursou
pós-graduação em direito administrativo e constitucional.
Em 1988, filiou-se ao Partido
Socialista Brasileiro (PSB) e foi eleito vereador em São Vicente. Reeleito em
1992, deixou a Câmara Municipal em 1996, ano em que foi eleito prefeito da
cidade, sempre na legenda do PSB. Nas eleições seguintes, realizadas em 2000,
foi reeleito prefeito de São Vicente, e permaneceu no cargo até o fim do
mandato, em 2004.
No pleito de 2006, foi eleito
deputado federal pelo estado de São Paulo na legenda do PSB. Tomou posse em
fevereiro de 2007. Durante a legislatura, foi líder de seu partido e do bloco
que, além do PSB, incluía o Partido Democrático Trabalhista (PDT), o Partido
Comunista do Brasil (PCdoB), o Partido da Mobilização Nacional (PMN), o Partido
Humanista da Solidariedade (PHS) e o Partido Republicano Brasileiro (PRB).
Participou como titular da Comissão Representativa do Congresso Nacional, da
Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC), e da Comissão Mista
de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização (CMO).
Reelegeu-se deputado federal
nas eleições realizadas em Outubro de 2010, com 172.005 votos. Empossado na
nova legislatura em Fevereiro de 2011, licenciou-se em seguida para assumir a
secretaria de turismo do Estado de São Paulo, a convite do então governador Geraldo
Alckmin, do PSDB.
No ano seguinte, porém, a
direção nacional do PSB decidiu pelo apoio à candidatura de Fernando Haddad, do
PT - partido ao qual, em plano federal, os socialistas seguiam alinhados – à
prefeitura da capital, levando França a deixar o cargo de secretário a fim de
“evitar conflitos durante o processo eleitoral”.
De volta à Câmara, retomou o
posto de titular na CCJC e assumiu temporariamente a vice-liderança do PSB na
Casa. Em seguida, França passou a atuar na Comissão de Fiscalização Financeira
e Controle (CFFC) e também na Comissão Especial que discutiu a Proposta de
Emenda à Constituição 358/2013, conhecida pela alcunha de PEC do Orçamento
Impositivo, que, à época, era tida como uma forma dos parlamentares angariarem
maior autonomia, tendo sido aprovada no ano seguinte.
Ainda em Setembro de 2013, o
PSB deixou a base aliada ao governo federal, confirmando a possibilidade de
lançar candidatura própria à Presidência da República nas eleições de Outubro
de 2014. Em Maio, o fato consolidou-se, com o lançamento da coligação “Unidos pelo Brasil”, que contava com
Eduardo Campos e Marina Silva como candidatos à Presidência e Vice-Presidência,
respectivamente. Para o mesmo pleito, Marcio França foi confirmado, em Junho,
como candidato a vice-governador de São Paulo na coligação encabeçada por
Geraldo Alckmin, do PSDB, que pleitearia novo mandato. Com a confirmação da
coligação “Aqui é São Paulo”, que
além dos tucanos e do PSB, contava com outras doze legendas, França abria
também a possiblidade de um palanque para a campanha presidencial do PSB no
maior colégio eleitoral do país.
Em 13 de Agosto, entretanto,
um acidente aéreo ocorrido no litoral de São Paulo vitimou o pernambucano Eduardo
Campos, que se encaminhava para um compromisso de campanha justamente com Marcio
França. Com isso, o PSB optou por realocar Marina Silva ao posto de candidata à
Presidência pelo partido, com o gaúcho Beto Albuquerque como vice. Na nova
composição da chapa, França conciliou a disputa pelo executivo estadual com a
coordenação financeira da campanha presidencial.
Em Outubro, a aliança
estadual com o PSDB logrou êxito, tendo França sido eleito vice-governador de
São Paulo ainda em primeiro turno, com mais de 12 milhões de votos,
correspondentes a 57% dos votos válidos. No plano nacional, por sua vez,
diferentemente do que as pesquisas de intenção de voto estimavam a semanas do
pleito, a candidatura do PSB não obteve o mesmo sucesso, tendo sido apenas a
terceira mais votada, com 21% dos votos válidos.
Ocupou também a secretaria
nacional de finanças do PSB e a presidência do diretório estadual do partido.
Adrianna Setemy/Jean
Spritzer
FONTES: Portal da Câmara dos
Deputados. Disponível em: <http://www.camara.gov.br>. Acesso em 04/11/2014;
Portal do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar. Disponível em:
<http://www.diap.org.br/>. Acesso em 12/11/2014; Portal do Diretório
Estadual do Partido Socialista Brasileiro. Disponível em:
<http://www.psbsp.org.br/>. Acesso em 12/01/2014; Portal O Estado de São Paulo. Disponível em:
<http://www.estadao.com.br/>. Acesso em 12/11/2014; Portal do Partido
Socialista Brasileiro. Disponível em: <http://www.psb40.org.br/>. Acesso
em 12/11/2014; Portal do Tribunal Superior Eleitoral. Disponível em <http://www.tse.jus.br>.
Acesso em 04/11/2014; Portal UOL de
Notícias. Disponível em:
<http://economia.uol.com.br/ultimas-noticias/valor/2012/06/05/presidente-do-psb-paulista-deixa-secretaria-de-turismo-de-sao-paulo.jhtm>.
Acesso em 12/11/2014;