LIMA, BARROS
LIMA,
Barros
*min. TCU 1918-1935.
Francisco de Paula Monteiro de Barros Lima nasceu no Rio de Janeiro, então capital do Império, no dia
10 de fevereiro de 1871, filho de João Gonçalves Pereira Lima e de Emília
Monteiro de Barros Lima.
Bacharel
em direito pela Faculdade de Direito de São Paulo, em 1892, depois de formado
em direito, trabalhou no escritório de seu cunhado, o professor Francisco
Bulhões de Carvalho.
No governo do presidente Prudente de Morais (1894-1898), que
enfrentou violenta oposição dos florianistas, corrente política que
representava parte da oficialidade do Exército e o Partido Federal Republicano,
foi delegado-auxiliar da polícia do Rio de Janeiro, então Distrito Federal.
Nesse período ocorreram os empastelamentos dos jornais monarquistas A Gazeta da
Tarde (primeiro jornal abolicionista do Brasil) Liberdade e Apóstolo, em março
de 1897, e o assassinato do diretor-proprietário da Gazeta, o coronel Gentil
José de Castro, baleado por populares quando fugia para Petrópolis (RJ).
Ocupava
ainda o cargo de delegado-auxiliar quando em maio de 1897 foi desencadeada a
segunda revolta da Escola Militar da Praia Vermelha, reduto dos florianistas,
que ajudou a aumentar o clima de agitação política. Em 5 de novembro de 1897,
ocorreu um atentado contra Prudente de Morais, que teve como conseqüência a
morte do ministro da Guerra, o marechal Carlos Machado Bittencourt.
Barros Lima foi ainda auditor do Tribunal de Contas da União
(TCU), órgão do qual tornou-se ministro em 1918. Nesse mesmo ano, representou o
tribunal no Congresso Jurídico. Vice-presidente do TCU entre 1931 e 1933, no
ano seguinte, sucedendo a Agenor de Roure, foi designado presidente do TCU,
cargo em que se aposentou em 1935, quando foi substituído por Otávio Tarquínio
de Sousa.
Faleceu ainda em 1935.
FONTES: ARQ.
GETÚLIO VARGAS; CARONE, E. República velha; CONSULT. MAGALHÃES, B.; Jornal do
Brasil (1/6/82); TCU. Dados (1893-1990).