GUARDA PESSOAL
GUARDA
PESSOAL
Corpo
de guarda-costas criado em 1938, após o levante integralista de maio daquele
ano, com o objetivo de dar proteção ao presidente Getúlio Vargas. Organizada
por Benjamim Vargas, irmão de Getúlio, era composta de 20 homens, liderados
pelo capitão Manuel dos Anjos, e posteriormente pelo coronel Vanique. Foi
extinta no final do Estado Novo.
Com a volta de Getúlio Vargas à presidência da República em
janeiro de 1951, a guarda pessoal foi reestruturada por um seu ex-integrante,
Gregório Fortunato, homem de confiança do presidente. A guarda recrutava então
seus membros na polícia civil e dispunha de verba especial do Departamento
Federal de Segurança Pública.
Em 9 de agosto de 1954, por determinação do próprio Getúlio,
a guarda pessoal, então com 83 integrantes, foi dissolvida devido a seu
envolvimento no atentado da Toneleros. Nesse episódio, no qual foi morto o
major-aviador Rubens Vaz e saiu ferido o jornalista Carlos Lacerda, um dos
principais opositores do presidente, três membros da guarda foram diretamente
incriminados: Gregório Fortunato, acusado de ser o mandante do crime; Climério
Euribes de Almeida, acusado de ter contratado o assassino do major Vaz e de ter
orientado diretamente o crime; e João Valente de Sousa, secretário da guarda,
acusado de ter facilitado a fuga de Climério.
Sérgio Lamarão
FONTES:
BALDESSARINI, H. Getúlio; Manchete (21/8/54).