HADDAD,
José
*dep. fed. RJ 1971-1979.
José Haddad nasceu em Nova Iguaçu (RJ) no dia 30 de setembro de 1913, filho de José Abraão Haddad e de Maria
Haddad.
Serventuário da Justiça e mais tarde tabelião, iniciou sua
carreira política elegendo-se vereador em Nova Iguaçu no período de 1946 a 1950. No último ano de seu mandato, ocupou a presidência da
Câmara Municipal.
Em
outubro de 1954, elegeu-se deputado pelo Rio de Janeiro na legenda do Partido
Social Democrático (PSD), assumindo o mandato em fevereiro do ano seguinte.
Sucessivamente reeleito em 1958 e em 1962, com a extinção dos partidos
políticos pelo Ato Institucional nº 2 (27/10/1965) e a posterior instauração do
bipartidarismo, filiou-se à Aliança Renovadora Nacional (Arena), partido de
apoio ao regime militar instaurado no país em março de 1964. Em 1966, tornou-se
primeiro-secretário e depois presidente da comissão executiva regional dessa
agremiação. Deixando a Assembléia em janeiro de 1967, foi no mesmo ano nomeado
diretor-presidente da Companhia de Habitação Popular do Rio de Janeiro
(Cohab-RJ), cargo que ocupou até 1968.
Foi
eleito deputado federal pelo estado do Rio em novembro de 1970, tendo sido o
segundo candidato arenista mais votado no estado. Assumiu o mandato em
fevereiro do ano seguinte, tornando-se ainda em 1971 suplente da Comissão de
Fiscalização Financeira e Tomada de Contas, membro efetivo da Comissão de
Economia e segundo suplente da mesa da Câmara dos Deputados. Reeleito em
novembro de 1974, no ano seguinte foi vice-presidente da Comissão de Economia,
Indústria e Comércio, além de suplente da Comissão de Trabalho e Legislação
Social da Câmara.
Nas eleições de novembro de 1978 candidatou-se a suplente de
senador do Rio de Janeiro pela Arena, e assim como João Batista Vasconcelos
Torres e Sandra Cavalcanti, candidatos efetivos do partido ao Senado, foi
derrotado. Deixou a Câmara em janeiro de 1979. Com a extinção do bipartidarismo
em 21 de novembro de 1979 e a conseqüente reformulação partidária, filiou-se ao
Partido Democrático Social (PDS), agremiação que sucedeu à Arena.
Em
setembro de 1984, reintegrou-se à atividade política, engajando-se na Aliança
Democrática, união do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) com a
Frente Liberal, uma dissidência do PDS. Formada após a derrota da emenda Dante
de Oliveira, que previa o restabelecimento das eleições diretas para presidente
da República ainda naquele ano, a coligação lançara, em agosto, o nome do
ex-governador mineiro Tancredo Neves como candidato das oposições para a
sucessão do presidente João Figueiredo. No mesmo período, reunido em convenção,
o PDS havia se decidido pela candidatura do ex-governador paulista Paulo Maluf,
vitorioso na disputa com o ministro do Interior, o coronel Mário Andreazza.
Vencedor
do Colégio Eleitoral de 15 de janeiro de 1985, quando derrotou o candidato
governista, Tancredo não chegou a assumir a presidência. Após sucessivas
internações para tratamento de uma grave doença, faleceu no dia 21 de abril
seguinte, sendo substituído no cargo por seu vice José Sarney, que já vinha
exercendo a função interinamente desde o dia 15 de março.
A campanha pela eleição do ex-governador de Minas foi uma das
últimas intervenções políticas de Haddad, que ainda participou da fundação do
Partido da Frente Liberal (PFL), em 1985.
Faleceu no dia 19 de novembro de 1996.
Era casado com Nemésia Ferreira Haddad, com quem teve dois
filhos. Um deles, José Abraão Ferreira Haddad, elegeu-se deputado estadual pelo
PDS em 1982.
FONTES: CÂM. DEP. Deputados
brasileiros. Repertórios (1971-1975 e 1975-1979); IPC. Relação; Jornal
do Brasil (15/11/78); NÉRI, S. 16; Perfil (1972); TRIB.
SUP. ELEIT. Dados (3, 4, 6 e 9).