HOFFMANN, Alberto
*dep. fed. RS 1959, 1961-1963, 1967-1980 e 1982-1983;
min. TCU 1983-1990; sen. RS 1990.
Alberto Hoffmann nasceu
em Ijuí (RS) no dia 30 de novembro de 1920, filho de Henrique Luís Hoffmann e
de Maria Madalena Hoffmann.
Formou-se contador pela Escola Técnica
de Comércio São José, de Lajeado (RS). Em outubro de 1950 elegeu-se deputado à
Assembléia Legislativa gaúcha na legenda do Partido de Representação Popular
(PRP), assumindo o mandato em fevereiro de 1951. Reeleito em outubro de 1954,
foi o deputado estadual mais votado de seu partido no Rio Grande do Sul.
Escolhido presidente da Assembléia em 1957, assumiu duas vezes o governo
estadual em caráter interino, substituindo o governador Ildo Meneghetti.
Em outubro de 1958 elegeu-se deputado
federal pelo Rio Grande do Sul na legenda do PRP, deixando a Assembléia gaúcha
em janeiro de 1959 para assumir em 1º. de fevereiro o mandato de deputado
federal. No dia 5, contudo, afastou-se da Câmara para ocupar o cargo de
secretário de Agricultura de seu estado, durante o governo de Leonel Brizola.
Em seu lugar assumiu o suplente Arno Arnt, também do PRP. Exerceu suas funções
de fevereiro de 1959 a outubro de 1961, quando retornou à Câmara Federal. Em
outubro de 1962, tornou a eleger-se deputado estadual na legenda do PRP,
deixando a Câmara em janeiro de 1963 e voltando à Assembléia gaúcha no mês seguinte.
Em 1964 foi nomeado secretário
estadual de Economia e Finanças por Ildo Meneghetti, novamente governador do
Rio Grande do Sul. Deixou a Assembléia e, durante sua gestão à frente da
secretaria, elaborou o chamado Plano Hoffmann, que previa a distribuição de 40%
da taxa de transportes - tributo estadual - aos municípios gaúchos.
Retornou mais tarde à sua cadeira de
deputado estadual, na qual permaneceria até o fim da legislatura, em janeiro de
1967. Em 1965 integrou a missão econômica brasileira em visita ao Japão, e,
após a extinção dos partidos políticos pelo Ato Institucional nº. 2
(27/10/1965) e da posterior instauração do bipartidarismo, filiou-se à Aliança
Renovadora Nacional (Arena), partido de sustentação do regime militar
instaurado no país em abril de 1964. Nessa legenda foi eleito deputado federal
pelo Rio Grande do Sul em novembro de 1966, assumindo o mandato em fevereiro
de 1967. Reeleito em novembro de 1970, na legislatura iniciada em 1971 integrou
a Comissão de Economia e a Comissão do Desenvolvimento da Região Sul, além de
ter sido suplente da Comissão de Orçamento da Câmara. Ainda em 1971, participou
da XXII Assembléia da União Internacional dos Organismos Oficiais de Turismo,
realizada na Turquia.
Reeleito em 1974, a partir do ano
seguinte foi suplente da Comissão de Minas e Energia, vice-presidente da
Comissão de Economia e presidente da Comissão de Fiscalização Financeira e
Tomada de Contas da Câmara. Eleito mais uma vez em novembro de 1978, na legislatura
iniciada em fevereiro do ano seguinte continuou a integrar a Comissão de
Fiscalização Financeira e Tomada de Contas da Câmara. Com a extinção dos
partidos políticos em novembro de 1979 e a conseqüente reformulação
partidária, filiou-se ao Partido Democrático Social (PDS), agremiação governista
que sucedeu à Arena.
Entre dezembro de 1980 e fevereiro de 1982,
ocupou o cargo de secretário do Interior, Desenvolvimento Regional e Urbano e
de Obras Públicas do Rio Grande do Sul no governo de José Augusto Amaral de
Sousa (1979-1983), sendo substituído na Câmara pelo suplente Vítor Faccioni,
presidente do PDS gaúcho. Nas eleições de novembro de 1982,
candidatou-se ao Senado Federal como primeiro suplente na chapa vitoriosa, do
PDS, encabeçada por Carlos Chiarelli. Hoffmann
deixou a Câmara dos Deputados em janeiro de 1983, ao final da legislatura. No
mesmo ano, foi nomeado ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) pelo
presidente da República, o general João Batista Figueiredo (1979-1985). Em
dezembro de 1985, foi eleito vice-presidente do TCU em chapa liderada pelo
ministro Fernando Gonçalves.
Aposentando-se do TCU no início de 1990, em
março deste mesmo ano assumiu uma cadeira no Senado em substituição a Carlos
Chiarelli, nomeado ministro da Educação pelo presidente Fernando Collor de Melo
(1990-1992). Deixou a cadeira de senador em dezembro de 1990 e, em abril de
1993, foi um dos fundadores do Partido Progressista Reformador (PPR),
agremiação nascida da fusão do PDS com o Partido Democrata Cristão (PDC).
Em agosto de 1995, aderiu ao recém-fundado
Partido Progressista Brasileiro (PPB), resultado da união do PPR com o Partido
Progressista (PP). No PPB, tornou-se membro do conselho consultivo do diretório
gaúcho da agremiação.
Alberto Hoffmann tornou-se também
membro da Sociedade Econômica do Rio Grande do Sul.
Casou-se com Adelina Rieger
Hoffmann, com quem teve quatro filhos.
FONTES: CÂM. DEP. Deputados; CÂM. DEP. Deputados
brasileiros. Repertório (1967-1971, 1971-1975 e 1975-1979); COUTINHO, A. Brasil,
FERREIRA FILHO, A. História; INF. BIOG.; NÉRI, S. 16; Perfil (1972
e 1980); SILVA, R. Notas, TRIB. SUP. ELEIT. Dados (2, 3, 4, 6,
8 e 9).