RAMOS, HUGO
RAMOS,
Hugo
*sen. RJ 1978-1983.
Hugo Ramos Filho nasceu
em Florianópolis no dia 17 de setembro de 1914, filho de Hugo Ramos e Juraci
Fausto de Sousa Ramos. Seu avô paterno, Vidal Ramos, foi governador de Santa
Catarina entre 1902 e 1905 e entre 1910 e 1914, deputado federal (1906-1910 e
1927-1929) e senador (1914-1927 e 1935-1937) pelo mesmo estado. Seu tio
paterno, Nereu Ramos, teve intensa vida política. Governador de Santa Catarina
entre 1935 e 1937, assumiu a interventoria no estado neste ano, permanecendo no
cargo até 1945. Vice-presidente da República entre 1946 e 1951, presidiu o país
de novembro de 1955 a janeiro de 1956 e foi titular da pasta da Justiça entre
1956 e 1957.
Radicado
no Rio de Janeiro, então Distrito Federal, desde 1919, graduou-se bacharel em
direito em 1938 pela Faculdade de Direito de Niterói, tendo trabalhado durante
algum tempo como serventuário da Justiça. Ingressou na vida política em 1946,
ano em que se filiou ao Partido Social Democrático (PSD), em cuja legenda
elegeu-se vereador à Câmara Municipal do Rio de Janeiro. Reeleito
sucessivamente, em 1957 presidiu a Câmara de Vereadores carioca. Em 1960,
elegeu-se deputado estadual constituinte pela Guanabara, tendo sido
vice-presidente da comissão encarregada de elaborar a Constituição do novo
estado, resultante da transferência da capital para Brasília em abril de 1960.
Após
ter concluído o mandato em 1962, retirou-se da política, retornando às
atividades de sua banca de advocacia. Em novembro de 1974, elegeu-se suplente
de senador pela Guanabara na legenda do Movimento Democrático Brasileiro (MDB),
agremiação de oposição ao regime militar vigente no país desde abril de 1964,
criada a partir do Ato Institucional nº 2 (17/10/1965), que extinguiu os
partidos políticos existentes e instaurou o bipartidarismo. Em decorrência do
falecimento, em fevereiro de 1978, do senador Danton Jobim, assumiu sua cadeira
no Senado, onde participou das comissões de Justiça e Segurança Nacional. Com o
término do mandato, em janeiro de 1983, encerrou sua carreira política,
voltando a advogar.
Faleceu no Rio de Janeiro, no dia 31 de julho de 1993.
Era casado com Diva Cavalcanti Caruso Ramos, com quem teve
dois filhos. O mais velho, Gilberto Ramos, elegeu-se vice-prefeito do Rio de
Janeiro em 1992, em chapa encabeçada por César Maia. Empossado em janeiro de
1993, acumulou a vice-prefeitura com o cargo de secretário de Administração do
município do Rio de Janeiro. Deixou ambos os cargos em dezembro de 1996.
FONTES: Globo
(3/8/1993); INF. Assessoria de Gilberto Ramos; SENADO. Dados biográficos
(1975-1983).