FRANTZ, JACÓ
FRANTZ,
Jacó
*dep. fed. PB 1959-1963 e 1964.
Jacó Guilherme Frantz nasceu em Rio Pardo (RS) no dia 17 de setembro de 1905, filho de Luís Filipe Frantz e de Maria Luísa
Frantz.
Estudou na Escola Militar de sua cidade e foi oficial do
Exército até 1930. Nesse ano, por ocasião da Revolta de Princesa — movimento
rebelde irrompido em fevereiro em Princesa, atual Princesa Isabel (PB), em
oposição ao governo estadual de João Pessoa, também candidato à
vice-presidência da República na chapa da Aliança Liberal —, seguiu para a
Paraíba como soldado junto com as tropas enviadas a esse estado pelo governo
federal. Aí radicou-se, alcançando o posto de tenente-coronel da Polícia
Militar e ocupando diversos cargos na administração pública: foi prefeito das
cidades de São José de Piranhas e Antenor Navarro entre 1930 e 1936 e
ajudante-de-ordens do governador e depois interventor Argemiro de Figueiredo
(1935-1940). Comandou também a Guarda Cívica, integrada pela Polícia Civil, o
Corpo de Bombeiros e o Serviço de Trânsito. Foi superintendente dos serviços
elétricos em João Pessoa e secretário do Interior e da Justiça do governo do
estado.
Em
janeiro de 1947, sempre na Paraíba, elegeu-se deputado estadual na legenda da
União Democrática Nacional (UDN), assumindo sua cadeira nesse mesmo ano.
Reeleito nos pleitos de outubro de 1950 e de 1954, licenciou-se da Assembléia
Legislativa em janeiro de 1958, por ter sido nomeado secretário da Agricultura
pelo governador Pedro Gondim (1958-1960). Permaneceu nessa secretaria por pouco
tempo, pois teve que se desincompatibilizar do cargo para concorrer a uma
cadeira na Câmara dos Deputados, tendo reassumido, em seguida, sua cadeira no
Legislativo de seu estado.
No pleito de outubro de 1958 foi eleito deputado federal pela
Paraíba na legenda do Partido Social Progressista (PSP). Deixando a Assembléia
Legislativa em janeiro de 1959, iniciou no mês seguinte seu mandato na Câmara
Federal. Passou a integrar a Comissão de Economia, da qual se tornaria
vice-presidente de 1961 até o término da legislatura, em janeiro de 1963. Em
1960, candidatou-se a vice-governador da Paraíba na legenda do Partido Social
Democrático (PSD), mas foi derrotado. Eleito primeiro suplente de deputado
federal em outubro de 1962 na legenda do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB),
encerrou seu primeiro mandato em janeiro de 1963, quando findou essa
legislatura. Retornou à Câmara em três oportunidades: de abril a maio e de
setembro a dezembro de 1963 e de julho a outubro de 1964. Em declarações
prestadas nessa época, defendeu a reforma agrária cooperativista, com a intervenção
limitada do Estado na extinção dos latifúndios e o estímulo à posse da terra
pelos lavradores, e solidarizou-se aos protestos das ligas camponesas da
Paraíba contra violências cometidas por latifundiários. Defendeu também a
reforma urbana e o monopólio estatal do petróleo, da energia elétrica, das
telecomunicações e de todos os setores de interesse para a segurança nacional.
Manifestou-se ainda em favor da educação primária e secundária gratuitas e
obrigatórias.
Com
a extinção dos partidos políticos pelo Ato Institucional nº 2 (27/10/1965) e a
posterior instauração do bipartidarismo, filiou-se à Aliança Renovadora
Nacional (Arena), partido de apoio ao regime militar instituído no país pelo
movimento político-militar de 31 de março de 1964 que depôs o presidente João
Goulart (1961-1964). No pleito de 15 de novembro de 1966 voltou a concorrer a
uma cadeira na Câmara dos Deputados em sua nova legenda, mas conseguiu apenas
uma suplência.
Durante o governo de João Agripino (1966-1971), foi
secretário de Agricultura e de Interior e Justiça. Tornou-se fazendeiro e líder
político em Antenor Navarro, onde se fixou após deixar a política.
Faleceu em Antenor Navarro no dia 18 de dezembro de 1980.
FONTES: Almanaque
da Paraíba; CÂM. DEP. Anais (1); CÂM. DEP. Deputados; CÂM.
DEP. Deputados brasileiros. Repertório (1946-1967); CÂM. DEP. Relação
dos dep.; CAMPOS, Q. Fichário; INF. Marcelo Renato de Cerqueira
Pais; TRIB. SUP. ELEIT. Dados (1, 2, 3, 4, 6 e 8).