MAIA, João Agripino
* const. 1987-1988; dep. fed. PB 1987-1991.
João Agripino de Vasconcelos Maia nasceu em João Pessoa, (PB) no dia 22 de outubro de 1940, filho de João Agripino Filho e de Maria de Lurdes Bonavides Maia. O pai foi constituinte de 1946, deputado federal, ministro das Minas e Energia, senador, governador da Paraíba e ministro do Tribunal de Contas da União. O avô paterno, João Agripino, deputado estadual durante cinco legislaturas consecutivas até 1930. O bisavô materno, Antônio Marques da Silva Mariz, primeiro secretário da Câmara dos Deputados. O tio, José Mariz, interventor interino, procurador e secretário estadual da Paraíba. Outro tio, Tarcísio Maia, governou o Rio Grande do Norte. O primo, Antônio Mariz, foi deputado federal, constituinte, senador e governador da Paraíba. Dois outros primos, Lavoisier Maia e José Agripino Maia, governaram o Rio Grande do Norte, tendo sido este último constituinte e senador.
João Agripino Maia formou-se pela faculdade de direito da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) em 1968, e concluiu a pós-graduação em administração na Universidade de Manchester, na Inglaterra, em 1970. Na Universidade de Paris, na França, fez pós-graduação em economia entre 1970 e 1971.
Em 1983 tornou-se assessor parlamentar no Senado. Filiado ao Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), no pleito de novembro de 1986 elegeu-se deputado federal constituinte. Titular da subcomissão dos Direitos Políticos, dos Direitos Coletivos e Garantias, da Comissão da Soberania e dos Direitos e Garantias do Homem e da Mulher, e suplente da Comissão de Sistematização, votou a favor do rompimento de relações diplomáticas com países que praticassem políticas de discriminação racial; da limitação do direito de propriedade; da soberania popular; do voto facultativo aos 16 anos; do presidencialismo; do mandato de cinco anos para o então presidente da República José Sarney; da nacionalização do subsolo; da estatização do sistema financeiro; do limite de 12% ao ano para os juros reais; do aborto; da proibição do comércio de sangue; do mandado de segurança coletivo; da remuneração 50% superior para o trabalho extra; da jornada semanal de 40 horas; do turno ininterrupto de seis horas; do aviso prévio proporcional; da anistia aos micro e pequenos empresários. E contra a pena de morte; a limitação dos encargos da dívida externa; a criação de um fundo de apoio à reforma agrária; a legalização do jogo do bicho.
No pleito de outubro de 1990 disputou o governo da Paraíba pela legenda do PDS, em coligação com o Partido da Reconstrução Nacional (PRN), tendo sido o terceiro colocado. Permaneceu na Câmara até o término da legislatura, em janeiro de 1991, e a partir desta data dedicou-se ao seu escritório de advocacia, em Brasília.
No pleito de outubro de 1994 candidatou-se ao Senado Federal pela legenda do Partido da Frente Liberal (PFL), mas foi malsucedido.
Publicou O grupo Matarazzo e o processo de industrialização brasileiro (1975) e A mineração no Brasil (1976).
Casado com Maria Dóris Raposo de Vasconcelos Maia, teve dois filhos.
Fontes: ASS. NAC. CONST. Repertório (1987-1988); COELHO, J & OLIVEIRA, A. Nova; NICOLAU, J. Dados.