RIBAS, FANFA
RIBAS,
Fanfa
*jornalista; const. 1934; dep. fed. RS 1935-1937.
João Fanfa Ribas nasceu
em Porto Alegre no dia 1º de abril de 1869, filho de João Furtado Fanfa e de
Maria José da Silva Fanfa Ribas.
Foi comerciante em seu estado nas cidades de Santiago do
Boqueirão, Palmeira e São Pedro, e auxiliar da firma Pedro Pereira e Companhia,
em Porto Alegre. Ingressou no jornalismo como redator da Gazeta do Comércio, na
capital gaúcha. Entre 1909 e 1910 apoiou a Campanha Civilista, movimento de
caráter antimilitarista que promoveu a candidatura de Rui Barbosa à presidência
da República em oposição à do marechal Hermes da Fonseca, afinal eleito em
março de 1910.
Radicando-se
em Bajé (RS), prosseguiu na carreira jornalística fundando em 1914 o Correio do
Sul, juntamente com João Ribeiro Alves. A partir daí passou a ter seus artigos
publicados em outros jornais de seu estado e do Rio de Janeiro, então Distrito
Federal. Durante a Revolução Gaúcha de 1923 colocou-se ao lado dos
federalistas, que se opunham à reeleição de Antônio Augusto Borges de Medeiros
à presidência do Rio Grande do Sul. Ainda nessa época manifestou-se contra a
política do presidente da República Artur Bernardes (1922-1926), tendo sido
preso e recolhido à Casa de Detenção do Rio de Janeiro durante dois meses.
Em
maio de 1933 elegeu-se deputado à Assembléia Nacional Constituinte pelo Rio
Grande do Sul na legenda do Partido Republicano Liberal (PRL). Assumindo o
mandato em novembro do mesmo ano, participou dos trabalhos constituintes e,
após a promulgação da nova Carta (16/7/1934), teve o mandato prorrogado até
maio de 1935. Eleito em outubro de 1934 deputado federal por seu estado, ainda
na legenda do PRL, permaneceu na Câmara até o dia 10 de novembro de 1937,
quando o advento do Estado Novo suprimiu os órgãos legislativos do país.
Faleceu no Rio de Janeiro, então Distrito Federal, no dia 14
de julho de 1955.
Foi casado com Elvira Salasar Ribas e, em segundas núpcias,
com Etelvina Bidart Fanfa Ribas.
Publicou:
Faíscas (poesia, 1893), Fantasma branco (novela, 1902), O bracelete (poesia,
1902), Ara do bem (poesia, 1904), O trono vermelho (1911) e Sinhá dona (poesia,
1914).
FONTES: Boletim
Min. Trab. (5/36); CÂM. DEP.; Diário do Congresso Nacional; GODINHO, V.
Constituintes; VILAS BOAS, P. Notas.