PRESÍDIO, JOEL
PRESÍDIO,
Joel
*jornalista; rev. 1930; dep. fed. BA 1951-1955.
Joel Presídio de Figueiredo
nasceu em Baixa Grande (BA) no dia 13 de julho de 1901, filho de José Presídio
de Figueiredo e de Josefa de Sousa Figueiredo.
Fez seus estudos no Colégio Pedro II e no Liceu Salesiano,
ambos em Salvador. Em 1929 aderiu à campanha da Aliança Liberal e participou
ativamente da Revolução de 1930, que depôs o presidente Washington Luís.
Jornalista
profissional, trabalhou em seu estado como secretário de O Jornal e redator e
superintendente de A Tarde. Em abril de 1932, quando ocupava o cargo de
redator-chefe do Diário da Bahia — periódico que desenvolvia sistemática
campanha de oposição à interventoria de Juraci Magalhães —, foi preso,
juntamente com os demais funcionários, na ocasião em que a sede do jornal foi
invadida por investigadores policiais. Após ser libertado, deixou a Bahia e
fixou residência no Rio de Janeiro, então capital da República. Em seguida
tornou-se colaborador de diversos jornais cariocas, trabalhou como fiscal do
Ministério do Trabalho, foi diretor da Agência Nacional e do Departamento
Nacional de Informações, além de oficial-de-gabinete do secretário do Interior e
Justiça do estado do Rio de Janeiro.
No pleito de janeiro de 1947 foi eleito deputado à Assembléia
Constituinte da Bahia na legenda do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB).
Participou dos trabalhos constituintes e, com a promulgação da nova Carta
estadual, passou a exercer o mandato legislativo ordinário na Assembléia
baiana, na qual chegou a ocupar a liderança de seu partido. Em outubro de 1950
foi eleito deputado federal pela Bahia, sempre na legenda do PTB. Deixando a
Assembléia em janeiro de 1951, no mês seguinte ocupou uma cadeira na Câmara e
aí tornou-se vice-líder da bancada do PTB a partir de março de 1952. Em outubro
de 1954 tentou reeleger-se, agora na legenda da Aliança Republicana Cristã,
constituída pelo Partido Republicano (PR) e o Partido Democrata Cristão (PDC),
para o qual se transferira. Obtendo apenas uma suplência, deixou a Câmara em
janeiro de 1955 e a ela não retornou durante essa legislatura. Em outubro de
1958 conseguiu uma nova suplência de deputado federal pela Bahia na legenda do PDC,
não chegando a exercer mandato.
Foi ainda delegado da 1ª Central Policial da Bahia e
secretário-geral do conselho consultivo da Companhia Siderúrgica Nacional.
Filiado à Associação Brasileira de Imprensa (ABI) e ao Sindicato dos
Jornalistas Profissionais de seu estado, foi um dos fundadores da Associação
Baiana de Imprensa.
Faleceu em Salvador no dia 4 de maio de 1962.
Foi casado com Eunice Bacelar de Figueiredo, com quem teve
dois filhos.
Publicou O açúcar no Brasil; Seabra, o estadista ímpar da
República; Rui jornalista; Filósofos de alpercatas, latinistas de chapéu de
couro (folclore) e Discursos e palestras.
FONTES: AUDRÁ, A.
Bancada; CÂM. DEP. Anais (1962-6); CÂM. DEP. Deputados; CÂM. DEP. Relação dos
dep.; CÂM. DEP. Relação nominal dos senhores; CISNEIROS, A. Parlamentares;
COUTINHO, A. Brasil; Grande encic. Delta; SOC. BRAS. EXPANSÃO COMERCIAL. Quem;
TRIB. SUP. ELEIT. Dados (2, 3 e 4).