MACHADO, ALTINO
MACHADO,
Altino
*gov.
AC 1961; dep. fed. AC 1963-1967.
José Altino Machado nasceu
em Taubaté (SP) no dia 21 de fevereiro de 1924, filho de José do Nascimento
Machado e de Adelaide Moreira Machado.
Ingressou na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo
(USP), pela qual se formou em 1947. Ainda estudante foi trabalhar no escritório
de Oscar Pedroso Horta em São Paulo, do qual tornou-se amigo. Em 1960, por
concurso, assumiu o cargo de procurador do estado de São Paulo. Com a assunção
de Jânio Quadros à presidência da República em 1961 e a nomeação de Pedroso
Horta para o Ministério da Justiça, Altino Machado licenciou-se da procuradoria
por ter sido nomeado, pelo ministro da Justiça, governador do então território
do Acre, assumindo o cargo no dia 18 de março de 1961, sucedendo a Manuel
Fontenele de Castro. Após a renúncia de Jânio em agosto desse ano, Pedroso
Horta deixou o ministério pouco depois. Machado permaneceu na chefia do
Executivo acreano até 4 de setembro do mesmo ano, quando foi substituído por
Osvaldo Pinheiro de Lima.
Filiando-se ao Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), no
pleito de outubro de 1962 foi eleito deputado federal pelo Acre nessa legenda,
assumindo o mandato em 1º de fevereiro de 1963. Após a vitória do movimento
político-militar de 31 de março de 1964 que depôs o presidente João Goulart
(1961-1964), a extinção dos partidos políticos pelo Ato Institucional nº 2
(27/10/1965) e a posterior instauração do bipartidarismo, filiou-se ao
Movimento Democrático Brasileiro (MDB), partido de oposição ao regime militar
vigente no país. Durante o mandato, foi vice-presidente da Comissão de Relações
Exteriores da Câmara dos Deputados em 1966. Candidato à reeleição no pleito de
novembro desse ano, conquistou apenas a terceira suplência de deputado federal
na legenda do MDB. Permaneceu no Legislativo federal até o final de janeiro do
ano seguinte, quando se encerraram o seu mandato e a legislatura.
De volta a São Paulo em 1967, reassumiu o cargo de
procurador-geral do estado e tornou-se assessor do prefeito da capital paulista
José Vicente Faria Lima (1965-1969). Ainda em 1969 foi nomeado procurador-geral
da Fazenda no Tribunal de Contas do Município (TCM) de São Paulo. Permaneceu
nessa função até 1975, quando surgiu uma vaga de conselheiro do TCM com a saída
de Teófilo Ribeiro de Andrade. Diante disso, foi nomeado para esse cargo pelo
então prefeito de São Paulo Olavo Setúbal (1975-1979). Assumindo sua cadeira no
tribunal em maio de 1975, exerceu essa função até fevereiro de 1994, quando se
aposentou por limite de idade. Durante esse período, foi por quatro vezes
vice-presidente e por igual número de vezes presidente dessa corte.
Foi, ainda, secretário dos Negócios Jurídicos da Prefeitura
de São Paulo.
Em 1997 foi eleito membro da Academia Paulista de Letras.
Em outubro de 2009, residia na cidade de São Paulo.
Casou-se com Evani Guimarães Machado, com quem teve três
filhos.
Publicou cinco livros de contos: "A Figura Refletida"
e "A Outra Gessy", distinguidos com Menção Honrosa no Prêmio
Literário José Ermírio de Moraes, "A Primeira Vez", "Um
Rosto na Janela” e “Reencontros”.
FONTES:
CÂM. DEP. Anais; CÂM. DEP. Deputados; CÂM. DEP.
Deputados brasileiros. Repertório (1946-1967); Encic. Mirador; INF.
BIOG.; QUADROS, J. História; TRIB. SUP. ELEIT. Dados (6
e 8); VÍTOR, M. Cinco.