PEREIRA,
Marcondes
*dep. fed. SP
1983-1987.
José Marcondes
Pereira nasceu em
São José dos Campos (SP) no dia 14 de maio de 1923, filho de
Alfredo Pereira Filho e de Aurora Marcondes Pereira.
Em 1952 foi fundador do Centro Municipal de Defesa do
Petróleo e no ano seguinte fez o curso de contabilidade na Escola de Comércio
Olavo Bilac, ambos em sua cidade natal. Fundador do Partido Socialista
Brasileiro (PSB) em São José
dos Campos, candidatou-se a uma cadeira na Câmara de Vereadores em outubro de
1953 e se elegeu. Assumiu o mandato no início de 1954. Ainda nesse ano
ingressou no curso de ciências jurídicas e sociais pela Faculdade de Direito do
Vale do Paraíba (SP), onde se graduou em 1959, ano em que deixou a vereança, ao
final da legislatura.
No
pleito de outubro de 1961, concorreu à prefeitura de São José dos Campos na
legenda do Movimento Trabalhista Renovador (MTR), e foi eleito. Assumiu o
mandato no início do ano seguinte e, com a extinção dos partidos políticos pelo
Ato Institucional nº 2 (27/10/1965) e a posterior instauração do bipartidarismo,
filiou-se ao Movimento Democrático Brasileiro (MDB), partido de oposição ao
regime militar instaurado no país em abril de 1964. Completou seu mandato no
Executivo municipal em 1966 e no pleito de novembro desse ano candidatou-se à
Assembléia Legislativa de São Paulo, na legenda do MDB. Eleito, assumiu seu
mandato no início do ano seguinte. Contudo, em 1969 foi cassado com base no Ato
Institucional nº 5, perdendo seus direitos políticos por dez anos. Passou
a trabalhar como corretor de imóveis.
Com a extinção do bipartidarismo em novembro de 1979 e a
conseqüente reformulação partidária, filiou-se ao Partido do Movimento
Democrático Brasileiro (PMDB), agremiação que deu continuidade ao MDB,
tornando-se, no ano seguinte, presidente do partido em São José dos Campos. Por
essa legenda, concorreu a uma vaga de deputado federal em novembro de 1982.
Eleito, foi empossado em fevereiro do ano seguinte e participou dos trabalhos
legislativos como membro titular das comissões de Agricultura e Política Rural,
da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das polonetas e do Instituto
Nacional de Previdência Social (INPS) e suplente da Comissão de Educação e
Cultura.
Em
25 de abril de 1984, votou a favor da emenda Dante de Oliveira, apresentada na Câmara
dos Deputados, que propôs o restabelecimento das eleições diretas para
presidente da República em novembro daquele ano. Como a emenda não obteve o
número de votos indispensáveis à sua aprovação — faltaram 22 para que o projeto
pudesse ser encaminhado à apreciação pelo Senado — no Colégio Eleitoral,
reunido em 15 de janeiro de 1985, Marcondes Pereira votou no candidato
oposicionista Tancredo Neves, eleito novo presidente da República pela Aliança
Democrática, união do PMDB com a dissidência do Partido Democrático Social
(PDS) abrigada na Frente Liberal. Contudo, por motivo de doença, Tancredo Neves
não chegou a ser empossado na presidência, vindo a falecer em 21 de abril de
1985. Seu substituto no cargo foi o vice José Sarney, que já vinha exercendo interinamente
o cargo desde 15 de março desse ano.
Nas eleições de novembro de 1986, Marcondes Pereira aderiu à
campanha de Antônio Ermírio de Morais, do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB),
ao governo de São Paulo, sob a alegação de que o candidato do PMDB, Quércia —
que foi vitorioso no pleito — havia lhe negado legenda para disputar a
reeleição para a Câmara dos Deputados. Nesse pleito, candidatou-se a uma
cadeira na Assembléia Legislativa de São Paulo, na legenda do PMDB, mas não foi
bem-sucedido. Deixou a Câmara em janeiro de 1987, ao final da legislatura,
retomando suas atividades de advogado em São José dos Campos.
Em outubro de 1988 candidatou-se a vice-prefeito de São José
dos Campos, pelo PMDB, na chapa encabeçada por Carlos Sebe, mas não teve êxito.
Em outubro de 1990, candidatou-se à Câmara dos Deputados, na
legenda do Partido Trabalhista Renovador (PTR), porém não se elegeu. No pleito
de outubro de 1992, tentou uma cadeira de vereador na Câmara Municipal de São
José dos Campos, agora na legenda do PMDB, mas só obteve a primeira suplência.
Presidente do diretório municipal do PMDB de São José dos Campos desde 1993,
dois anos depois elegeu-se tesoureiro da mesma instância partidária. Em outubro
de 1996, tentou novamente eleger-se vereador, novamente sem sucesso.
Faleceu em sua cidade natal no dia 30 de setembro de 2007.
Casado com Célia de Jesus Moreira, teve duas filhas.
FONTES: CÂM. DEP. Deputados
brasileiros. Repertório (1983-1987, 1991-1995); Globo (26/4/84 e
16/1/85); INF. BIOG.; Jornal do Brasil (16/9/86); TRIB. SUP. ELEIT. Dados
(8); VNews (1/10/07).