RIBEIRO, JOSÉ MARIA
RIBEIRO, José Maria
*dep. fed. RJ
1963-1969.
José Maria Alves Ribeiro nasceu
em Natividade do Carangola, atual Natividade (RJ), no dia 18 de junho de 1922,
filho de Henrique Alves Ribeiro e de Josefina Garcia Alves Ribeiro.
Trabalhou na lavoura até os 14 anos de idade, ingressando em
1939 no quadro de funcionários do Banco Comércio e Indústria de Minas Gerais,
onde permaneceu até 1944. Transferindo-se para o Rio de Janeiro, então Distrito
Federal, trabalhou até 1946 no Banco Industrial Brasileiro. Nessa época,
retomou os estudos no Colégio Batista Fluminense, em Campos (RJ), e, em 1953,
concluiu o curso secundário no Colégio Juruena, no Rio. Ingressou em seguida na
Faculdade de Direito de Niterói, pela qual se formou em 1958.
Em
outubro de 1958 concorreu a um mandato na Assembléia Legislativa do Rio de
Janeiro na legenda do Partido Social Progressista (PSP), obtendo, contudo,
apenas uma suplência. No ano seguinte fez curso no Instituto Superior de
Estudos Brasileiros (ISEB) e, em 1960, na Escola Superior de Guerra (ESG),
viajando nesse mesmo ano, como estagiário, aos Estados Unidos.
Chefiou
em 1961 o gabinete do governo do estado do Rio de Janeiro, a cujo serviço
viajou ainda nesse ano ao Japão. Representou, de 1961 a 1962, o Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do então estado da Guanabara. No
pleito de outubro de 1962 candidatou-se a deputado federal pelo estado do Rio
de Janeiro na legenda do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), obtendo
novamente uma suplência. Exerceu pela primeira vez o mandato de setembro de 1963 a março de 1964, retornando à Câmara após a vitória do movimento político-militar deflagrado
nesse mês, que resultou na deposição do presidente João Goulart e na cassação
de mandatos de muitos parlamentares.
Com a extinção dos partidos políticos pelo Ato Institucional
nº 2 (27/10/1965) e a posterior implantação do bipartidarismo, filiou-se ao
oposicionista Movimento Democrático Brasileiro (MDB), em cuja legenda
candidatou-se à reeleição no pleito previsto para novembro de 1966. Um mês
antes das eleições, a impugnação de sua candidatura, bem como a de vários
outros políticos, foi solicitada ao Tribunal Regional Eleitoral pela
Procuradoria Geral da República a partir de recomendação do Serviço Nacional de
Informações (SNI). Sua candidatura foi, contudo, mantida e conseguiu afinal
eleger-se. Ocupou uma cadeira na Câmara de fevereiro de 1967 a fevereiro de 1969, quando teve o mandato cassado e os direitos políticos suspensos por dez
anos por força do Ato Institucional nº 5 (13/12/1968).
Durante
sua atuação parlamentar situou-se, segundo o Correio Brasiliense, como
adepto do intervencionismo e do monopólio estatal na economia. Defendeu ainda
uma reforma constitucional que permitisse a desapropriação dos latifúndios
improdutivos e a execução de uma reforma agrária cooperativista, embora aberta
a experiências coletivistas. Foi também partidário das reformas eleitoral,
bancária e tributária.
Trabalhou no Banco do Estado da Guanabara (atual Banco do
Estado do Rio de Janeiro), onde chegou a gerente.
Casou-se com Hilda Portela Ribeiro, com quem teve três
filhos.
FONTES: ARQ. DEP. PESQ.
JORNAL DO BRASIL; CÂM. DEP. Deputados; CÂM. DEP. Deputados
brasileiros. Repertório (1963-1967 e 1967-1971); CAMPOS, Q. Fichário;
Jornal do Brasil (9/10/66); MENDONÇA, R. História; TRIB. SUP.
ELEIT. Dados (4, 6 e 8).