LIMA, EVANDRO MOREIRA DE SOUSA
LIMA,
Evandro Moreira de Sousa
*militar; superint. Sudene 1971-1974.
Evandro Moreira de Sousa Lima nasceu em São João de Ipanema (SP) no
dia 4 de junho de 1916, filho do oficial do Exército Evandro Emílio de Sousa
Lima e de Benedita Moreira de Sousa Lima.
Depois de cursar o Colégio Militar do Rio de Janeiro, sentou
praça em abril de 1935, ingressando na Escola Militar do Realengo, no Rio de
Janeiro, então Distrito Federal, de onde saiu aspirante em novembro de 1937.
Promovido a segundo-tenente em dezembro do ano seguinte e a primeiro-tenente em
dezembro de 1940, serviu, com essa patente, no gabinete do então ministro da
Guerra, marechal Eurico Gaspar Dutra. Promovido a capitão em dezembro de 1944,
serviu durante dois anos na Comissão Militar Brasileira nos Estados Unidos. De
volta para o Brasil em 1946, comandou, no ano seguinte, a Polícia Militar do
Estado do Rio de Janeiro no governo de Edmundo de Macedo Soares (1947-1951). Em
janeiro de 1952 foi promovido a major e no mesmo ano encerrou o curso no
Instituto Militar de Engenharia (IME).
Em
1957 participou da formação e da organização dos quadros de operação e de
manutenção das instalações da Companhia Nacional de Álcalis, em Cabo Frio (RJ), onde ocuparia os cargos de assessor técnico e administrativo do superintendente
comercial, de consultor técnico da diretoria e o de assessor-chefe do
presidente. Enquanto estava na Álcalis, desenvolveu estudos da exploração das
minas de potássio e sal-gema, em Sergipe. Permaneceu na companhia até 1971.
Em 1958 foi promovido a tenente-coronel e, nesse mesmo ano,
passou para a reserva no posto de general-de-brigada.
Agrimensor,
técnico em administração e engenheiro industrial e metalúrgico, ainda na ativa
participou da fabricação da primeira série de canhões automáticos e antiaéreos
construídos no Brasil e da recuperação do material de artilharia do forte de
Coimbra, em Mato Grosso. Foi ainda comandante da presidente da Sociedade
Acadêmica Militar e diretor da Escola de Formação e Aperfeiçoamento
Profissional.
Em
janeiro de 1971, durante o governo de Emílio Garrastazu Médici (1969-1974),
assumiu a Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), sucedendo
ao general Tácito Teófilo Gaspar de Oliveira. Durante sua gestão, segundo
entrevista concedida à revista Veja, defendeu a construção de pequenos açudes,
a implantação de projetos de irrigação e o desvio de braços de rios como
soluções para o problema da seca do Nordeste. Afirmou ainda que a reforma
agrária conduzida pelo governo federal era necessária em diversos casos, não só
no Nordeste mas em outros pontos do país. Deixou a Sudene em 1974, ao final do
governo Médici, sendo substituído por José Lins Albuquerque. Em março do mesmo
ano, voltou a exercer o cargo de assessor técnico do presidente da Companhia
Nacional de Álcalis, onde permaneceu até janeiro de 1975. Em seguida foi
nomeado chefe de gabinete do diretor-geral brasileiro da Itaipu Binacional,
permanecendo no cargo até abril de 1982, quando então tornou-se diretor de
gestão empresarial da Eletrobrás até março de 1985. Neste último ano foi
nomeado assessor do presidente de Furnas Centrais Elétricas, onde permaneceria
até 1988, quando aposentou-se.
Faleceu no Rio de Janeiro no dia 25 de março de 1993.
Era casado com Maria de Lurdes Leal de Sousa Lima, com quem
teve dois filhos.
FONTES: CORRESP.
SUDENE; Globo (26/1/71); INF. FAM. Evandro Leal de Sousa Lima; Jornal
do Brasil; (24/8/71); MIN. GUERRA. Almanaque (1958); Perfil
(1971); Veja (19/5/71).