LIRA,
Benedito de
*dep. fed. AL 1995-1999, 2003-2007, 2007-2011; sen. AL 2011-
Benedito
de Lira nasceu em Junqueiro (AL) no dia 1º de
maio de 1942, filho de Francelina Maria de Conceição.
Iniciou suas atividades profissionais em
Maceió em 1962, como escriturário do Banco do Povo, função que exerceria até
1967. Em 1963, também na capital alagoana, ingressou no Colégio Cenesista Élio
Lemos, do qual se tornaria secretário. Foi também presidente da União dos
Estudantes Técnicos de Alagoas de 1962 a 1964.
Em 1966 filiou-se à Aliança Renovadora
Nacional (Arena), partido de sustentação do regime militar instaurado no país
em abril de 1964, elegendo-se como vereador de sua cidade natal em novembro
daquele ano. Assumiu o mandato no início de 1967 e foi admitido como
funcionário da Secretaria da Fazenda de Maceió, onde permaneceria até 1993.
Graduado em direito pela Universidade Federal de Alagoas (Ufal) em 1972,
elegeu-se novamente vereador, desta vez pela capital do estado, em novembro
desse mesmo ano.
De 1973, quando iniciou o mandato, até
1975 foi líder da Arena na Câmara Municipal de Maceió e atuou como presidente
da Comissão de Justiça, Legislação, Educação, Saúde e Redação Final, e como
titular da Comissão de Finanças. Reeleito vereador em novembro de 1976, no ano
seguinte tornou-se presidente da União de Vereadores de Alagoas, função que
exerceria durante os próximos cinco anos. Ainda em 1977, ocupou interinamente o
cargo de prefeito de Maceió.
Com a extinção do bipartidarismo em
novembro de 1979 e a consequente reorganização partidária, filiou-se no ano
seguinte ao Partido Democrático Social (PDS). Em 1981 foi eleito membro do
diretório regional do PDS e permaneceu no cargo até 1982. Em novembro desse
ano, elegeu-se deputado estadual na legenda do PDS e assumiu uma cadeira na
Assembleia Legislativa de Alagoas em fevereiro. Ainda em 1983, ocupou a
presidência da mesa da Assembleia, aí permanecendo até 1985.
Também em 1985, ingressou no Partido da
Frente Liberal (PFL), do qual se tornou presidente regional e presidente do
diretório regional, e foi nomeado consultor jurídico do governo do Estado. Em
maio de 1986, a imprensa denunciou a contratação de um dos seus filhos, Artur
Lira, de apenas 15 anos de idade, como assessor especial da Assembleia
Legislativa de Alagoas. Em novembro, reelegeu-se deputado estadual.
Empossado no início de 1987, foi titular
da Comissão de Constituição e Justiça e suplente da Comissão de Orçamento,
Finanças, Planejamento e Economia. Participou dos trabalhos da Constituinte
estadual e foi relator da Comissão Constitucional. Em outubro de 1990,
reelegeu-se novamente. Iniciou seu terceiro mandato consecutivo na Assembleia
Legislativa alagoana em fevereiro e participou como titular da Comissão de
Transportes, Comunicações, Serviços e Obras Públicas. Foi também líder do PFL e
líder do governo, funções que exerceria até 1993. No exercício do mandato,
representou o governo de Alagoas na assinatura de contrato com o Banco Mundial,
em Washington, em 1992. Nesse ano, deixou os cargos de presidente regional e
presidente do diretório regional do PFL. Em 1993, foi novamente presidente da
mesa da Assembleia.
Candidatou-se com sucesso a uma vaga na
Câmara dos Deputados no pleito de outubro de 1994. Assumiu o mandato de
deputado federal em fevereiro.
Apoiou as emendas constitucionais
propostas pelo governo Fernando Henrique Cardoso em 1995, seguindo a orientação
do seu partido. Votou a favor da quebra do monopólio dos estados na
distribuição de gás canalizado, da quebra do monopólio das embarcações nacionais
na navegação de cabotagem, da quebra do monopólio estatal das telecomunicações
e do fim do monopólio da Petrobrás na exploração de petróleo. Manifestou-se
também a favor da mudança no conceito de empresa nacional e da prorrogação do
Fundo Social de Emergência (FSE), rebatizado como Fundo de Estabilização Fiscal
(FEF), que permitia ao governo gastar 20% da arrecadação de impostos sem que
estas verbas ficassem obrigatoriamente vinculadas aos setores de saúde e
educação.
Em junho de 1996, votou favoravelmente à
criação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF),
tributo sobre transações bancárias, criado como fonte complementar de recursos
para a saúde, em substituição ao Imposto Provisório sobre Movimentação
Financeira (IPMF).
Em 1997 foi relator da Comissão de
Constituição e Justiça que decidiu pela não cassação do deputado federal
Marquinho Chedid (PSD-SP), acusado de participar de um esquema de cobrança de
propinas aos donos de bingos em troca de um tratamento privilegiado na CPI que investigava
o jogo. Em junho, Chedid foi absolvido das acusações pela Câmara dos Deputados.
Nesse mesmo ano votou a favor da emenda da reeleição para presidente da
República, governadores e prefeitos e ausentou-se na votação da quebra da
estabilidade do servidor público, item da reforma administrativa.
Em novembro de 1998, votou a favor do
teto de R$1.200 para aposentadorias no setor público e do estabelecimento de
idade mínima e tempo de contribuição para o setor privado, itens que definiram
a reforma da Previdência. Não disputou a reeleição em outubro de 1998 e deixou
a Câmara dos Deputados em janeiro de 1999. Em 2002, voltou a disputar as
eleições pelo cargo de deputado federal por Alagoas na legenda partidária do
Partido Progressista (PP). Eleito, assumiu novo mandato em fevereiro de 2003 e
participou das comissões de Agricultura e Política Rural, de Constituição e
Justiça e de Redação, de Constituição e Justiça e de Cidadania, de
Desenvolvimento Urbano, de Direitos Humanos e de Finanças e Tributação.
Nas votações das emendas constitucionais
encaminhadas pelo presidente Luís Inácio Lula da Silva, votou a favor da
reforma da Previdência e esteve ausente da sessão que aprovou a reforma
tributária. Em 2005, foi escolhido para ocupar a vice-liderança do PP na Câmara.
Em 2006 foi investigado pela Polícia
Federal (PF) por suposto envolvimento no chamado escândalo dos sanguessugas, no
qual emendas orçamentárias apresentadas por deputados destinavam recursos da
União para a compra de ambulâncias a preços superfaturados pelos municípios.
Uma Comissão Parlamentar de Inquérito foi instaurada em Junho de 2006 e, dois
meses depois, aprovou um relatório parcial no qual absolvia Benedito de Lira.
Ainda nesse ano, foi reeleito nas
eleições de Outubro, sendo empossado em fevereiro de 2007. Nesse mandato
integrou a Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento
Rural, de Constituição e Justiça e de Cidadania. Ainda em 2007, assumiu o cargo
de primeiro vice-líder do PP na Câmara.
Nas eleições de outubro de 2010, foi
candidato a uma das vagas de senador por Alagoas. Com mais de 900 mil votos, obteve êxito,
tendo sido o mais votado na disputa contra Renan Calheiros, do PMDB, e Heloísa
Helena, do PSOL.
Neste mandato, foi titular da
Comissão de Educação, Cultura e Esporte e da Comissão de Desenvolvimento
Regional e Turismo, da qual também foi presidente. Casou-se com Ivanete Pereira
de Lira, com quem teve dois filhos. Um deles, Artur Lira, foi eleito deputado
federal em 2010.
FONTES: Portal da Câmara dos
Deputados. Disponível em: <http://www2.camara.leg.br>.
Acesso em 15/10/2009; Portal Diap.
Disponível em: <www.diap.org.br>. Acesso em 15/10/09; Portal Eleições UOL.
Disponível em <http://eleicoes.uol.com.br>. Acesso em 20/09/2013; Portal Estado de S. Paulo. Disponível em: <http://www.estadao.com.br>. Acesso em
15/10/2009; Portal Folha de S. Paulo.
Disponível em: <http://www.folha.uol.com.br>.
Acesso em 20/09/2013; Portal Jornal do
Brasil. Disponível em:
<http://www.jb.com.br>. Acesso em 20/09/2013; Portal O Globo. Disponível em:
<http://g1.globo.com>. Acesso em 15/10/2009; Portal pessoal de Benedito
de Lira. Disponível em: <http://www.beneditodelira.com>. Acesso em
20/09/2013; Portal do Senado Federal. Disponível em: http://www.senado.gov.br/.
Acesso em 20/09/2013; Portal Tribuna Hoje.
Disponível em: <http://www.tribunahoje.com>. Acesso em 20/09/2013; Portal
do Tribunal Superior Eleitoral. Disponível em: <http://www.tse.jus.br>.
Acesso em 20/09/2013.