MEDEIROS
NETO, Luís de
*religioso; const. 1946; dep. fed. AL 1946-1971.
Luís de Meneses Medeiros Neto nasceu em Traipu (AL) no dia 22 de novembro de 1914, filho de
Isac Meneses Neto e de Olímpia de Medeiros Neto.
Estudou humanidades e teologia pastoral no Seminário
Arquiepiscopal de Maceió, ordenando-se em 1935. Cursou também o Seminário
Diocesano de Aracaju, onde estudou filosofia e letras, e fez estágio de estudos
pastorais na paróquia de Marília (SP).
Durante o Estado Novo (1937-1945) foi nomeado pelo
interventor federal Ismar de Góis Monteiro diretor dos departamentos de Educação
e Cultura e das Municipalidades e Assistência ao Cooperativismo de Alagoas,
exercendo essas funções de 1941 a 1945.
Com o fim do Estado Novo, elegeu-se em dezembro de 1945
deputado por Alagoas à Assembléia Nacional Constituinte na legenda do Partido
Social Democrático (PSD), de cujo diretório regional viria a ser presidente,
além de membro do diretório nacional. Empossado em fevereiro de 1946,
participou dos trabalhos constituintes defendendo os postulados da Igreja Católica
e o programa da Liga Eleitoral Católica. Concentrou também sua atuação na busca
de soluções para os problemas regionais de Alagoas, no combate ao comunismo e
ao divórcio, foi ainda a favor da proibição do jogo e da transferência da
capital para o interior do país.
Após a promulgação da nova Carta (18/9/1946), permaneceu no
exercício do mandato na legislatura ordinária que se seguiu. Foi líder de sua
bancada e integrou a Comissão Especial da Bacia do São Francisco, da qual foi
vice-presidente, e a Comissão Permanente do Serviço Público Civil da Câmara.
Reelegeu-se
à Câmara Federal em outubro de 1950 e de 1954, tendo concorrido nesse último
pleito na legenda das Oposições Coligadas, constituída pelo PSD, o Partido
Trabalhista Brasileiro (PTB), o Partido Social Progressista (PSP) e o Partido
Republicano (PR). Vice-líder do seu partido na Câmara a partir de fevereiro de
1958, voltou a se reeleger em outubro de 1958, dessa vez na legenda da Frente
Democrática Republicana, integrada pelo PSD, o PTB e o Partido de Representação
Popular (PRP).
Novamente
eleito na legenda do PSD em outubro de 1962, após o movimento político-militar
de 31 de março de 1964, com a extinção dos partidos políticos pelo Ato
Institucional nº 2 (27/10/1965) e a conseqüente implantação do bipartidarismo,
filiou-se à Aliança Renovadora Nacional (Arena), partido de sustentação do
regime militar. Por essa legenda, foi reconduzido à Câmara dos Deputados no
pleito de novembro de 1966, passando a atuar como vice-líder da Arena em maio
de 1970. Durante sua atuação parlamentar na Câmara dos Deputados integrou as
comissões de Redação, que presidiu, de Segurança Nacional, de Serviço Público e
de Finanças e, como suplente, as comissões de Orçamento, de Fiscalização
Financeira e Tomada de Contas e de Educação. Em novembro de 1970 elegeu-se
suplente do senador arenista Luís de Sousa Cavalcanti. Concluiu o mandato de
deputado em janeiro de 1971, não mais retornando à Câmara.
Professor catedrático do Instituto de Educação de Maceió,
pertenceu ao Instituto Histórico e Geográfico de Alagoas, à Associação Alagoana
de Imprensa e à Academia Alagoana de Letras.
Faleceu em Maceió no dia 9 de novembro de 1992.
Publicou Versos e rimas (1941), História do rio São
Francisco (1942), Discursos parlamentares (1963) e No jornal e na
tribuna.
FONTES: BRAGA, S. Quem
foi quem; CÂM. DEP. Deputados; CÂM. DEP. Deputados brasileiros.
Repertório (5 e 6); CÂM. DEP. Relação dos dep.; CÂM. DEP. Relação
nominal dos senhores; CISNEIROS, A. Parlamentares; COUTINHO, A. Brasil;
Diário do Congresso Nacional; Globo (11/11/92); Grande encic.
Delta; SOC. BRAS. EXPANSÃO COMERCIAL. Quem; TRIB. SUP. ELEIT. Dados
(1, 2, 3, 4, 6, 8 e 9).