AZEVEDO, Luís Fernando
* dep. fed. MG 1975-1979.
Luís Fernando Faria de Azevedo nasceu em Itajubá (MG) no dia 6 de
dezembro de 1932, filho de João Ribeiro de Azevedo e de Ana Faria de Azevedo.
Seu tio materno, João de Faria, foi deputado federal por Minas Gerais entre
1927 e 1929.
Realizou o curso secundário no
Colégio de Itajubá, concluindo-o no Colégio Santo Inácio, no Rio de Janeiro,
então Distrito Federal. De volta a Minas, formou-se, em 1957, em Direito pela
Faculdade de Direito da Universidade Católica de Minas Gerais (UCMG). Durante o
período universitário, presidira o Diretório Central dos Estudantes (DCE) da
UCMG e fora membro do Parlamento Estadual dos Estudantes e diretor da União
Estadual dos Estudantes (UEE), da Federação Nacional dos Estudantes das
Faculdades e Escolas Superiores Católicas do Brasil e do Conselho Nacional dos
Estudantes. Além disso, fora orador da delegação de seu estado em vários
encontros universitários e presidira o XX Congresso Nacional dos Estudantes.
Iniciou a carreira política em outubro de 1958, ao
eleger-se vereador em sua cidade natal pela legenda do Partido Social
Progressista (PSP). Empossado no cargo em fevereiro seguinte, exerceu a
presidência da Câmara Municipal durante o mandato. Em 7 de outubro de 1962,
elegeu-se deputado à Assembléia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) pelo PSP,
assumindo sua cadeira em fevereiro de 1963, após ter encerrado o mandato de
vereador.
Durante a legislatura estadual, licenciou-se de 2 de
fevereiro a 15 de agosto de 1966, quando ocupou a Secretaria do Interior e
Justiça de seu estado no governo Israel Pinheiro (1967-1971). Reconduzido à
ALMG no pleito de 15 de novembro de 1966, desta vez pela legenda da Aliança
Renovadora Nacional (Arena), partido de apoio ao regime militar instaurado no
país em abril de 1964, exerceu o mandato até janeiro de 1971. Como deputado
estadual, ocupara as funções de 2o secretário da Comissão Executiva
da Assembléia, de presidente das comissões de Redação e de Constituição,
Legislação e Justiça e de vice-líder da bancada arenista e do governo Israel
Pinheiro.
No pleito de 15 de novembro de 1974, obteve a segunda
suplência de deputado federal por Minas Gerais pela legenda da Arena. Foi
convocado a assumir o mandato em 12 de maio de 1975. Tentou sem sucesso a
reeleição em 15 de novembro de 1978, deixando a Câmara, em janeiro de 1979, ao
final da legislatura.
Ainda em 1979,
passou a integrar a assessoria do vice-presidente da República,
Aureliano Chaves, tornando-se nesse mesmo ano subchefe do gabinete da
Vice-Presidência na Câmara dos Deputados. Exerceu esse cargo até 1984. Chefe da
consultoria jurídica do Ministério das Minas e Energia entre 1985 e 1986, cujo
titular era Aureliano Chaves, nesse último ano disputou uma vaga na Assembléia
Nacional Constituinte, pela legenda do Partido da Frente Liberal (PFL), não
conseguindo, contudo, eleger-se. Ainda em 1986, voltou a exercer as funções de
advogado da Eletrobrás. Meses depois tornou-se assessor parlamentar da estatal,
cargo que desempenou até 1991, quando se aposentou.
Assessor da liderança do governo na Câmara dos
Deputados entre 1991 e 1992, nesse mesmo ano tornou-se chefe de gabinete do
ministro das Minas e Energia, Paulino Cícero, respondendo informalmente pela
pasta no impedimento do titular. Ocupou esse cargo até 1994, ano em que se
tornou professor de direito administrativo do Centro de Ensino Unificado de
Brasília e chefe de gabinete do presidente dessa instituição de ensino
superior. No ano seguinte, foi eleito para o conselho de administração da
Eletrobrás, reelegendo-se em 1997. Em janeiro de 2000 exercia essas funções.
Casou-se com Teresa Cristina Cascelli de Azevedo, com
quem teve seis filhos.
FONTES:
ASSEMB. LEGISL. MG. Dicionário biográfico; CÂM. DEP. Deputados;
CÂM. DEP. Relação nominal; INF. BIOG.; NÉRI, S. 16; Rev.
Arq. Públ. Mineiro (12/76).