MAINARDI, Luís
*dep. fed. RS 1995-2000.
Luís Fernando Mainardi nasceu em Sobradinho (RS), no dia 30 de dezembro de 1960,
filho de Rafael Mainardi e de Elvira Soder Mainardi.
Trabalhou como bancário e vendedor, até 1979, quando
ingressou no curso de direito da Universidade Regional da Campanha, antiga
Faculdades Unidas de Bagé (RS), época em que também iniciou atuação política no
movimento estudantil, participando da luta pela reativação da União Estadual
dos Estudantes (UEE) e da União Nacional dos Estudantes (UNE).
Deixando temporariamente os estudos, em 1982, filiou-se ao
Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), pelo qual se elegeu
vereador, em Bagé, no pleito de novembro, tomando posse em fevereiro de 1983.
Presidente da ala jovem do PMDB, foi eleito secretário-geral do diretório
municipal do partido, em 1984. No mesmo ano, porém, transferiu-se para o
Partido dos Trabalhadores (PT), sob cuja legenda tentou conquistar a
prefeitura, sem êxito. Vereador eleito em novembro de 1988, assumiu a liderança
da bancada petista, integrando as comissões de Constituição e Justiça, de
Direitos Humanos, de Orçamento e de Tomada de Contas e Finanças. Em 1989,
tornou-se presidente do diretório municipal do PT e, dois anos depois,
participou do Encontro de Vereadores do Cone Sul, realizado em Santa Maria (RS) e em Punta del Leste, no Uruguai. Concluído o mandato, em 31 de dezembro de
1992, abriu um pequeno comércio de confecções.
Retomando os estudos, graduou-se em 1994, e adquiriu uma
pequena propriedade rural em Hulha Negra (RS), dedicando-se ao comércio de
carne ovina. Reassumiu a presidência do PT, em Bagé, e no pleito de outubro de
1994 elegeu-se deputado federal pelo Rio Grande do Sul. Empossado em fevereiro
de 1995, participou dos trabalhos legislativos como titular das comissões de
Agricultura e Política Rural, de Constituição e Justiça, e de Redação, e como
suplente da de Economia, Indústria e Comércio.
Ao longo da legislatura votou contra a extinção do monopólio
nos setores de telecomunicações, exploração de petróleo, distribuição de gás
canalizado e navegação de cabotagem, opondo-se à revisão do conceito de empresa
nacional e à prorrogação do Fundo de Estabilização Fiscal (FEF), substituto do
antigo Fundo Social de Emergência (FSE), que permitia ao governo gastar até 20%
dos recursos vinculados às áreas de saúde e de educação. Também votou contra a
instituição da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF),
que sucedeu ao Imposto Provisório sobre Movimentação Financeira (IPMF), fonte
de recursos destinados à área de saúde.
Em fevereiro e novembro de 1997, sempre em oposição ao
governo, foi contra à emenda que estabeleceu a reeleição para prefeitos,
governadores de estado e presidente da República, e ao destaque do projeto de
reforma administrativa do Executivo que instituiu a possibilidade de demissão
no funcionalismo público em casos de mau desempenho do servidor ou toda vez que
os gastos com pessoal superassem 60% da arrecadação do Estado.
No
pleito de outubro de 1998, ano em que atuou como vice-líder da bancada petista,
Mainardi reelegeu-se deputado federal pela coligação Frente Popular, formada
pelo PT, pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB), pelo Partido Comunista
Brasileiro (PCB) e pelo Partido Comunista do Brasil (PCdoB). Em novembro
seguinte, votou contra o estabelecimento do teto de 1.200 reais, para as
aposentadorias do funcionalismo público, e a adoção dos critérios de idade
mínima e de tempo de contribuição, para os trabalhadores da iniciativa privada.
Assumiu
o novo mandato na Câmara em fevereiro de 1999. Em outubro de 2000 elegeu-se
prefeito de Bagé, deixando a Câmara e tomando posse naquele município gaúcho no
ano seguinte.
Em
2004, foi reeleito prefeito de Bagé, pela legenda do PT, assumindo o novo mandato
em janeiro de 2005.
Em
2007, Mainardi substituiu o prefeito de Herval (RS), Marco Aurélio Gonçalves da
Silva, no comando da Associação Gaúcha Municipalista, entidade que representava
os prefeitos do Rio Grande do Sul. E em março de 2009 tomou posse como
secretário municipal de inovação e estratégia do município gaúcho de Canoas.
Casado com Márcia Helena Pilon Mainardi, teve uma filha.
FONTES: CÂM. DEP. Deputados
brasileiros. Repertório (1995-1999); Folha de S. Paulo (31/1/95, 14/1/96,
30/1/97, 5/2, 29/9, 10/10 e 11/11/98, 2/2/99); TRIB. REG. ELEIT. RS. Candidatos (1998); Portal Direito2 (http://www.direito2.com.br; acessado em
20/11/2009); Portal da Câmara dos Deputados (http://www.camara.gov.br; acessado em
20/11/2009); Portal da Prefeitura Municipal
de Bagé (http://www.bage.rs.gov.br; acessado em
20/11/2009); Portal da Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul (http://www.al.rs.gov.br; acessado em
20/11/2009); Portal JusBrasil Política (http://www.jusbrasil.com.br; acessado em
20/11/2009).