SERRANO, Marisa
*dep. fed. MS 1995-
Marisa Joaquina Monteiro Serrano nasceu
em Bela Vista (MS), então estado do Mato Grosso, no dia 21 de junho de 1947,
filha de Fernando Serrano Guimarães e de Zilda Monteiro Serrano.
Em 1965, ingressou no curso de letras da Faculdade Dom Aquino de
Filosofia, Ciências e Letras, em Campo Grande, então pertencente ao estado
matogrossense e atual capital do Mato Grosso do Sul, diplomando-se em 1968.
Durante o ano de 1973 exerceu o cargo de professora da Universidade Estadual
desta cidade.
Iniciou-se na política como vereadora da Aliança Renovadora
Nacional (Arena), eleita no pleito de novembro de 1976. Assumiu o mandato na
Câmara Municipal de Campo Grande em janeiro do ano seguinte, na qual presidiu a
Comissão de Educação. Em outubro de 1977 foi sancionada a lei que dividiu em
dois o estado do Mato Grosso. A partir de janeiro de 1979, foi criado o estado
de Mato Grosso do Sul, com Campo Grande como capital e um governador nomeado.
Em 1978, iniciou o curso de pedagogia na Faculdade Dom Aquino de Filosofia,
Ciências e Letras, nesta cidade.
Com a extinção do bipartidarismo em 29 de novembro de 1979 e a
conseqüente reformulação partidária, filiou-se ao Partido Democrático Social
(PDS). Ainda em 1980, licenciou-se do mandato parlamentar para assumir a
Secretaria de Educação de Mato Grosso do Sul, no governo de Pedro Pedrossian.
No mesmo ano concluiu o curso de pedagogia.
Ao
deixar a Secretaria de Educação em 1982, presidiu no ano seguinte a Organização
Mundial de Ensino Público (OMEP). Nomeada delegada do Ministério da Educação em
1985, exerceu o cargo até 1990. Ainda em 1985, tornou-se membro do Conselho
Regional do Serviço Nacional do Comércio (Senac) - Mato Grosso do Sul e do
Conselho Diretor da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul.
Em 1986 saiu do PDS e ingressou no Partido da Frente Liberal
(PFL), tornando-se membro da executiva regional do partido. Permaneceu nesta
agremiação até 1989, quando entrou para o Partido Social Trabalhista (PST). No
pleito de outubro de 1990, disputou pelo PST uma vaga na Câmara dos Deputados,
não obtendo votos suficientes para eleger-se.
Em 1991 participou como conferencista do simpósio “Educação - o
Desafio do Ano 2000”, no Senado Federal, em Brasília; do IX Congresso
Brasileiro de Educação Pré-Escolar, da OMEP, em Florianópolis; e do Seminário
da Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra (ADESG), no Mato
Grosso do Sul.
Marisa Serrano exerceu novamente o cargo de delegada do Ministério
da Educação de 1991 a 1992 e neste mesmo ano foi nomeada diretora-presidente do
Instituto de Apoio ao Desenvolvimento Sócio-Educacional de Mato Grosso do Sul.
Entre 1992 e 1993 realizou o curso Currículo e Formação de Professores para
Creches e Pré-Escolas, em São Paulo (SP).
Em 1993, participou do Painel sobre Formação de Professoras para 0
a 6 anos, na Universidade de Brasília (UnB), no Distrito Federal, da
mesa-redonda A Educação no Brasil Hoje, em Paulínia (SP) e foi convidada
especial da Reunião de Avaliação da United Nations International Children’s
Emergency Fund (Fundo Internacional de Emergência em Prol da Infância -
UNICEF), em Fortaleza (CE). Também foi palestrante na Semana de Pedagogia -
Experiência como Educadora de Mato Grosso do Sul e no 6º Encontro de Educação
Pré-Escolar, ambos em Campo Grande. Neste mesmo ano integrou a Conferência
Magna no X Congresso Nacional de Educação Infantil, da OMEP/BR e OMEP/PR, em
Curitiba (PR) e participou de palestras para professores e especialistas em
educação realizadas em Dourados (MS).
Ainda em 1993, assumiu o cargo de diretora-presidente do Conselho
Técnico Pedagógico da OMEP e tornou-se conselheira do Conselho de Administração
do SENAR/MS. Foi também palestrante no I Seminário Regional de Educação
Infantil - Pré-Escolar e Quatro Primeiras Séries, em Ituiutaba (MG), no 1º
Encontro de Representantes Sindicais - Filosofia do Projeto LDB e no 4º
Encontro de Estudantes de Magistério, ambos em Campo Grande, no 3º Encontro de
Estudantes de Magistério sobre LDB, em Dourados, sobre Formação de Educadores para
Educação Infantil, na Paranaíba (MS) e do 1º Encontro de Magistério sobre os
Fins da Educação, em Jardim (MS).
Deixou o PST em 1993 para filiar-se ao Partido do Movimento
Democrático Brasileiro (PMDB). Por esta legenda elegeu-se deputada federal por
Mato Grosso do Sul no pleito de outubro de 1994, com 40 mil votos, tendo como
base eleitoral a cidade de Campo Grande. Assumiu a cadeira na Câmara dos
Deputados em fevereiro do ano seguinte, onde integrou a da Comissão de
Educação, Cultura e Desporto. Em 1994, proferiu a palestra de abertura do 7º
Encontro de Educação Infantil, em Dourados, participou do 2º Encontro Municipal
do Plano Decenal e o Compromisso da Sociedade com a Educação, na Universidade
Católica Dom Bosco, em Campo Grande e fez conferências em 24 municípios do
estado do Mato Grosso do Sul para professores da rede municipal e estadual
sobre o tema Novos Rumos da Educação no País.
Durante a votação das emendas constitucionais enviadas ao
Congresso Nacional pelo governo federal, acompanhou a orientação da base
parlamentar governista, votando a favor da abolição do monopólio estatal na
exploração do petróleo. Também foi favorável à abertura da navegação de
cabotagem às embarcações estrangeiras e ao término de todas as diferenças
jurídicas entre as empresas de capital nacional e as de outros países, e à
criação do Fundo Social de Emergência (FSE). Manifestou-se contra a abolição do
monopólio estatal nas telecomunicações e o fim do monopólio dos governos
estaduais na distribuição do gás canalizado.
Em novembro de
1995, votou a favor da prorrogação por 18 meses do Fundo Social de Emergência
(FSE), rebatizado de Fundo de Estabilização Fiscal (FEF), que permitia que o
governo gastasse 20% da arrecadação de impostos sem que estas verbas ficassem
obrigatoriamente vinculadas aos setores de saúde e educação.
Em junho de 1996, votou a favor da criação da Contribuição
Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) - que substituiu o Imposto
Provisório sobre Movimentação financeira (IPMF), um imposto de 0,2% sobre
transações bancárias criado como fonte complementar de recursos para a saúde.
Em janeiro e fevereiro de 1997 votou a favor da emenda da
reeleição e em novembro deste mesmo ano pronunciou-se a favor da quebra da
estabilidade do servidor público, item da reforma administrativa que permite a
demissão de servidores públicos por mal desempenho ou excesso de gastos com a
folha de pagamento. Integrou a Comissão de Seguridade Social e Família de 1995
a 1998.
Durante sua legislatura desligou-se do PMDB e filiou-se ao Partido
da Social Democracia Brasileira (PSDB). Reelegeu-se no pleito de outubro de
1998 pelo PSDB, com a terceira votação do estado. Em novembro deste mesmo ano
ausentou-se da votação do teto de 1.200 reais para aposentadorias no setor
público e votou a favor do estabelecimento de idade mínima e tempo de
contribuição para o setor privado, ítens fundamentais para a definição da
reforma da previdência.
Ao longo de sua vida profissional ocupou ainda o cago de segunda
vice-presidente da Associação de Mulheres de Negócios e Profissionais, em Campo
Grande.
Publicou os livros didáticos para o
primeiro grau Novos rumos em comunicação (1975) e Comunicação em
língua portuguesa (1981).
Marcia
Quarti
FONTES: CÂM. DEP. Deputados brasileiros. Repertório
(1991-1995); CÂM. DEP. Deputados brasileiros. Repertório (1995-1999); Folha
de São Paulo (6/11/98); Olho no Congresso/Folha de São Paulo
(31/1/95; 14/1/96; 30/1/97 e 5/2/98); Olho no voto/Folha de São Paulo
(29/9/98); TRIB. SUP. ELEIT. Relação (1998).