MEDIOLI, Vittorio
*dep. fed. MG 1991-2007
Vittorio Medioli nasceu em
Parma, na Itália, no dia 3 de maio de 1951, filho de Ricardo Medioli e de Anna
Ravasini Medioli.
De 1970 a 1972, freqüentou o curso de
direito na Università Statale em Parma e, de 1973 a 1975, o de filosofia na
Università Statale, em Milão (Itália), não chegando, entretanto, a concluí-los.
Transferindo-se para o Brasil como
representante da fábrica de automóveis italiana Fiat, tornou-se empresário do
setor de transporte, mineração e indústria em Minas Gerais. Iniciou sua vida
política em 1989, quando filiou-se ao Partido da Social Democracia Brasileira
(PSDB). Em outubro do ano seguinte, elegeu-se deputado federal por Minas Gerais
na legenda pessedebista. Empossado em fevereiro de 1991, foi membro da
executiva regional do partido até 1992.
Na sessão de 29 de setembro de 1992,
votou favoravelmente à abertura do processo de impeachment do presidente
Fernando Collor de Melo, acusado de crime de responsabilidade por ter-se
envolvido numa rede de corrupção comandada por Paulo César Farias, seu
tesoureiro durante a campanha eleitoral. Assumiu interinamente a presidência,
tão logo a Câmara dos Deputados aprovou o afastamento de Collor, o vice Itamar
Franco. Com o processo ainda em andamento no Senado, Collor renunciou ao
mandato, em 29 de dezembro, esperando livrar-se de uma pena de oito anos de
inelegibilidade, manobra afinal frustrada. Acolhida a renúncia, Itamar Franco
foi efetivado na presidência da República.
Ainda nessa legislatura, Medioli pronunciou-se
favoravelmente à emenda que criou o Fundo Social de Emergência (FSE), que
concedeu ao Executivo federal uma margem de autonomia na alocação de recursos,
autorizando-o a aplicar verbas inicialmente previstas para os ministérios da
Saúde e da Educação em outras áreas, e contrariamente ao fim do voto
obrigatório. Esteve ausente da votação que criou o Imposto Provisório sobre
Movimentação Financeira (IPMF), contribuição de 0,25% que incidiu sobre as
operações bancárias
Em outubro de 1994, disputou novamente
uma cadeira na Câmara dos Deputados, ainda pela legenda do PSDB. Reeleito com
votos provenientes sobretudo de sua base eleitoral na região metropolitana de
Belo Horizonte, assumiu o mandato em fevereiro de 1995. Integrante da Comissão
de Economia, Indústria e Comércio, votou a favor das seguintes medidas
apresentadas ao Congresso em 1995 pelo governo Fernando Henrique Cardoso: fim
dos monopólios estatais do petróleo e das telecomunicações e da distribuição de
gás canalizado pelos governos estaduais; prorrogação por mais 18 meses do FSE,
cujo nome foi modificado para Fundo de Estabilização Fiscal (FEF); permissão
para embarcações estrangeiras operarem no transporte de cargas e passageiros
entre os portos do país; e fim das diferenças legais entre empresas brasileiras
e estrangeiras.
No ano legislativo de 1996, apoiou a
aprovação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF),
imposto que substituiu o IPMF e cuja finalidade era garantir uma fonte
suplementar de recursos para o Ministério da Saúde.
No final desse ano, Medioli investiu 25
milhões de reais no lançamento do diário O Tempo, cuja circulação inicial
restringiu-se à Grande Belo Horizonte.
Nas votações propostas ao Congresso em
1997, pronunciou-se favoravelmente à emenda que permitiu que o presidente da
República, os governadores e os prefeitos disputem um mandato consecutivo e à
emenda que autoriza a demissão dos funcionários públicos quando a folha de
pagamentos ultrapassar 60% da arrecadação tributária.
Em 1998, ajudou a aprovar a reforma da
previdência, que fixou um teto salarial para os trabalhadores do setor público
e estabeleceu idade e tempo de contribuição mínimos para os trabalhadores do
setor privado.
Reelegeu-se deputado federal no pleito de
outubro de 1998, na legenda do PSDB mineiro. Iniciou seu terceiro mandato
consecutivo em fevereiro de 1999. Em 2002, criou o tablóide Super
Notícia.
Ainda em 2002, em outubro, foi reeleito deputado federal e representou a Câmara
dos Deputados na cerimônia de canonização da primeira santa brasileira da
Igreja Católica, Madre Paulina, no Vaticano. Presidiu a Associação Nacional das
Empresas Transportadoras de Veículos (ANTV) entre 2002 e 2004.
Em fevereiro de 2003 tomou posse de seu quarto mandato
consecutivo e tornou-se vice-presidente da executiva estadual do PSDB em Minas.
Em 2005, filiou-se ao Partido Verde (PV). Não disputou a reeleição em 2006.
Deixou a Câmara em janeiro de 2007, ao final da legislatura.
Em maio de 2007 foi nomeado assessor especial para
assuntos institucionais do prefeito de Betim (MG) Carlaile Pedrosa. Nas
eleições de 2008, foi candidato a vice-prefeito de Betim, em chapa encabeçada
por Romulo Veneroso, também do PV, porém, não obtiveram êxito.
Passou a se dedicar às atividades empresariais.
Proprietário dos jornais Pampulha, o semanário O Tempo
Uberlândia, de distribuição gratuita, em parceria com a Uberlândia Agora, e
a versão mineira do Primeira mão, foi
ainda diretor do Sindicato das Empresas de Transporte Rodoviário de Carga de
Minas Gerais, e proprietário do grupo Sada.
Casou-se com Laura Maria Machado Medioli,
com quem teve duas filhas.
FONTES: ASSEMB. LEGISL. MG.
Dicionário biográfico; CÂM. DEP. Deputados
brasileiros. Repertório (1995-1999); Jornal do Brasil
(17/02/1997); Jornal Folha de S. Paulo
(18/09/1994, 31/01/1995, 14/01/1996, 30/01/1997, 05/02/1998 e 06/11/1998); Revista
Isto É (21/11/2007); Portal da Assembleia Legislativa de Minas Gerais. Disponível
em: <http://www.almg.gov.br/home/index.html>; Portal do Tribunal Superior
Eleitoral. Disponível em: <http://www.tse.jus.br>. Acesso em 27/06/2013;
Portal UOL de Notícias. Disponível
em: <http://noticias.uol.com.br>. Acesso em 27/06/2013.