MORGANTI, LINO
MORGANTI,
Lino
*dep. fed. SP 1963-1967.
Lino Morganti nasceu
na cidade de São Paulo em 28 de novembro de 1911, filho do comendador Pedro
Morganti e de Giannina dal Pino Morganti. Seu pai fundou no estado de São Paulo
um complexo industrial açucareiro em que se envolveram pelo menos dois irmãos
de Lino, Fúlvio e Hélio.
Estudou no Instituto Médio Dante Alighieri, na capital
paulista, e no Real Instituto Cicognini di Prato, em Florença (Itália),
transferindo-se depois para Berlim, onde cursou o Instituto do Açúcar e
formou-se em química pelo Instituto de Fermentação.
Passando
a participar da administração dos negócios da família, integrou as diretorias
da Refinadora Paulista, da Refinaria Tupi, da Novoterápica e da Novo Horizonte.
Mais tarde presidente das duas primeiras empresas, com a diversificação dos
interesses familiares presidiu também a Companhia Industrial Paulista de
Álcool, a Metalúrgica Piracicabana (Mepir) e a Indústria de Telas Metálicas
para Papel (Itelpa). Foi ainda diretor da Cooperativa dos Usineiros do Estado
de São Paulo, da Fiação e Tecelagem Santa Bárbara, da Companhia Agrícola Baixa
Grande, da Celulose e Papel Fluminense e da Participação e Administração S.A.
(PASA).
Filiado ao Partido Rural Trabalhista (PRT), no pleito de
outubro de 1962 elegeu-se deputado federal por São Paulo na legenda da
coligação formada pelo PRT, o Partido Democrata Cristão (PDC) e a União
Democrática Nacional (UDN). Para eleger-se, contou ainda com o apoio da Aliança
Eleitoral pela Família (Alef), prometendo em contrapartida defender o programa
da organização. Empossado na Câmara em fevereiro de 1963, a partir de abril do mesmo ano tornou-se vice-líder do PRT, e a partir de setembro vice-líder
do Bloco Parlamentar dos Pequenos Partidos.
Com
a extinção dos partidos políticos pelo Ato Institucional nº 2 de outubro de
1965 e a posterior instauração do bipartidarismo, filiou-se ao Movimento
Democrático Brasileiro (MDB), partido de oposição ao regime militar instaurado
no país em abril de 1964, em cuja legenda candidatou-se à reeleição em 1966.
Conquistando apenas uma suplência, deixou a Câmara em janeiro do ano seguinte,
ao final da legislatura, não tornando a assumir na legislatura seguinte.
Não mais retornando à vida pública, dedicou-se à criação de
gado e ao cultivo da cana-de-açúcar em sua fazenda em Itu.
Faleceu em São Paulo no dia 6 de novembro de 1985.
Era casado com Odila Lopes Fagundes Morganti, com quem teve
três filhas.
FONTES: CÂM. DEP. Anais;
CÂM. DEP. Deputados; CÂM. DEP. Deputados brasileiros. Repertório
(1946-1967); CÂM. DEP. Relação nominal dos senhores; COUTINHO, A. Brasil;
Estado de S. Paulo (5/9/62); INF. Heloísa Morganti Ferro; SOC. BRAS.
EXPANSÃO COMERCIAL. Quem; Who’s who in Brazilian.