PARAÍSO, MURILO
PARAÍSO, Murilo
*sen. PE 1977-1979.
Murilo Carneiro Leão Paraíso nasceu em Recife no dia 24 de abril de 1924, filho de Oton
Afonso de Sousa Paraíso e de Noêmia Carneiro Leão Paraíso.
Engenheiro
civil, foi funcionário da direção do Departamento Nacional de Estradas de Ferro
(DNEF) e, posteriormente, diretor do Departamento de Obras e Fiscalização de
Serviços Públicos e do Porto do Recife durante a administração do general
Osvaldo Cordeiro de Farias (1955-1958), secretário de Viação e Obras Públicas
durante os governos Paulo Guerra (1964-1967) e Nilo Coelho (1967-1971). Durante
a gestão de Paulo Guerra, sua secretaria foi a mais privilegiada: as grandes
verbas recebidas lhe possibilitaram, entre outras coisas, assegurar o
fornecimento de energia elétrica a 166 municípios do estado. Em 1968 afastou-se
da vida pública para integrar a direção da construtora Sousa Luna S.A. da qual
era sócio.
No pleito de novembro de 1970, elegeu-se suplente do senador
por Pernambuco Paulo Guerra, pela legenda da Aliança Renovadora Nacional
(Arena). Em agosto de 1977, após a morte do titular, assumiu sua cadeira no
Senado. Pouco depois de sua posse, manifestou-se contrário ao bipartidarismo,
por limitar a escolha dos ideais de cada político: “Se alguém discorda do
governo, mas se não é sistematicamente contra, não tem opção intermediária: ou
é oposição, ou se mantém subserviente.” Ademais, prometeu defender os projetos
que Paulo Guerra deixara em tramitação no Senado, a maior parte em defesa do
Nordeste, que incluíam a conclusão do projeto do porto de Suape, que
considerava essencial ao desenvolvimento de Pernambuco, e a solução para o
problema das periódicas enchentes do rio Capiberibe.
Em
novembro de 1978, concorreu a uma vaga na Assembléia Legislativa pernambucana,
pela legenda arenista, sendo bem sucedido. Deixou o Senado em janeiro de 1979,
ao final da legislatura, e no mês seguinte, assumiu o mandato de deputado
estadual. Após a extinção do bipartidarismo, em novembro desse mesmo ano, e a
posterior reorganização partidária, filiou-se ao Partido Democrático Social
(PDS), que deu continuidade à linha de apoio ao governo seguida pela extinta
Arena.
Reeleito deputado estadual pelo PDS em novembro de 1982,
iniciou novo mandato em fevereiro do ano seguinte. Deixou a Assembléia Legislativa
em janeiro de 1987, ao final da legislatura, sem ter tentado a reeleição no
pleito de novembro do ano anterior.
Afastado da vida pública, passou a dedicar-se exclusivamente
à engenharia como profissional autônomo.
Faleceu em julho de 2004.
Casou-se com Marina Clélia Valente Paraíso, com quem teve
dois filhos.
FONTES: INF. BIOG.; Jornal do Brasil (3/8/77); Visão (19/9/77).